Autor: Raymond E. Feist e Janny Wurts
Tradução: José Remelhe e Rui Azevedo
ISBN: 9789896374945
Editora: Saída de Emergência (2013)
Sinopse:
Mara era apenas o membro mais novo de uma família nobre. Nunca esperou que a súbita e chocante morte do irmão e do pai pudessem trazer-lhe tamanha responsabilidade. Apesar do seu sofrimento, cabe-lhe a tarefa de vestir os mantos da liderança e enfrentar as dificuldades. Mas embora inexperiente na arte política, Mara terá de recorrer a toda a sua força e coragem, inteligência e astúcia, para sobreviver no Jogo do Conselho, recuperar a honra da Casa dos Acoma e assegurar o futuro da sua família. Rapidamente se apercebe de que a traição e os inimigos da família quase levaram a sua Casa à aniquilação completa. Todas as esperanças estão depositadas numa única mulher: uma rapariga que terá de crescer rapidamente e aprender um jogo perigoso, onde não há tempo para errar…
Opinião:
O Mago – A Filha do Império é o primeiro volume da saga do
Império de autoria de Raymond E. Feist e Janny Wurts.
Mara é a protagonista desta trama. Jovem nobre que cresceu
afastada dos assuntos políticos, torna-se subitamente responsável por governar
a Casa dos Acoma quando o pai e o irmão morrem. Apesar de viver esta mudança de vida com grande sofrimento,
Mara está disposta a tudo para vingar a morte da sua família e recuperar a
honra da sua Casa, mas essa não é uma tarefa fácil para uma jovem mulher num
mundo dominado por homens.
É com estranheza e até alguma lentidão que o leitor entra no
mundo de Kelewan. Este é um universo completamente novo e com inúmeras
influências do oriente medieval. Contudo, quando finalmente estes novos
conceitos e ideias são apreendidos, inicia-se uma leitura frenética e repleta
de surpresas.
Mara é uma protagonista cativante e dotada das
características necessárias para fazer girar uma trama em seu torno. Apesar da
sua tenra idade, possui uma atitude de líder que, aliada aos seus estratagemas inteligentes,
conquista a lealdade de aliados preciosos.
Os planos que são criados cativam a leitura, pois mudam por
completo o rumo dos acontecimentos e alteram constantemente a forma de o leitor
ver a narrativa. Mara coloca-se inúmeras vezes em risco, e é essa entrega que
faz com que tudo aconteça de forma mais intensa e imprevisível.
Existem certas circunstâncias que, inicialmente, podem
custar ao leitor entender, nomeadamente quando a protagonista parece
entregar-se a relações abusivas, mas a finalidade de tal, quando desvendada,
causa espanto e admiração.
É curioso ver as diferentes visões que o leitor possui desta
protagonista. A sua complexidade faz com que seja observada de diferentes modos
pelas personagens, sendo-lhe atribuídas as características de inteligente,
estratega, honrosa e manipuladora consoante os casos, mas quando Mara é
observada com maior intimidade, revela-se uma pessoa magoada, sofredora,
altruísta e bondosa.
Apesar de a trama ser passada num mundo ficcional, os elementos
fantásticos são escassos, surgindo mais na apresentação dos Cho-ja, uma espécie
nova inspirada nas abelhas e no surgimento fugaz de magos, em referência a
tramas anteriores de Feist.
A colaboração entre Feist e Wurts revelou-se uma boa
surpresa, repleta de intrigas e personagens equilibradas. Uma série que vai
agradar os fãs de George R. R. Martin, Robin Hobb e Patrick Rothfuss.
2 comentários:
Olá,
Já li boas referências a este livro e há quem o considere o melhor do Feist, acabei por compra-lo recentemente e conto ler em breve.
Penso ser um livro mais "politico" com jogos de corte, pelo menos é a ideia que tenho.
Gostei do teu comentário, mas o livro seguinte que vou ler é mesmo o da Jacqueline Carey :D
Bjs
Os jogos de poder estão muito interessantes. Vais gostar :)
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