terça-feira, 4 de setembro de 2018

Opinião: Uma Flor para Outra Flor (As Guerreiras Maxwell #4)

Título Original: Una flor para otra flor (2017)
Autor: Megan Maxwell
Tradução: Ana Maria Pinto da Silva
ISBN: 9789897770746
Editora: Planeta (2018)

Sinopse:

Estar apaixonado pela mulher que deseja esquecer não é algo que o jovem e impetuoso highlander Zac Philips aceite de bom grado. Há um tempo Zac pousou os olhos em Sandra, uma jovem de cabelo castanho que o cativou com o seu sorriso. Mas quando o pai de Sandra faleceu, os avós maternos obrigaram-na e à mãe a deixar as Highlands e a regressar a Carlisle, um lugar onde não conseguem ser felizes, sobretudo quando os avós estão empenhados em arranjar um marido à neta.

Disposto a salvar a amada, Zac foi até Carlisle, mas ao chegar deparou com Sandra rindo divertida com um dos ingleses. Assombrado e de coração partido, regressou às Highlands determinado a esquecê-la. Para ganhar tempo, Sandra ia afastando os pretendentes e aumentando a inimizade dos avós e, por fim, a culpa pela morte da avó.

Para complicar ainda mais a sua vida, aparece em cena Wilson Fleming, um ex-pretendente da mãe, que o abandonou por um highlander. O ódio consome-o e, para a ver sofrer, a melhor maneira é infernizar a vida da filha.

Opinião:

Ler um livro de Megan Maxwell é ter a certeza que vamos encontrar uma história divertida, sensual, romântica e com muitas reviravoltas. E esse regra mantém-se neste Uma Flor para Outra Flor, o quarto livro da saga "As Guerreiras Maxwell". Confesso que, quando iniciei esta leitura, tinha algum receio de me sentir perdida na história, uma vez que não li o terceiro volume. Felizmente nada disso aconteceu, pois os elementos anteriores foram explicados de forma a que esta aventura fosse entendida sem restar espaço para dúvidas.

Assim, conheci Sandra, uma jovem de rebelde e de personalidade forte. Tal como todas as protagonistas criadas por esta autora, Sandra é capaz de tudo para proteger os que ama, fazendo os possíveis para conciliar isso com a realização dos seus sonhos. Mesmo que não se aprecie ou compreenda todas as suas decisões, não se pode deixar de dar valor a isto. Acredito que o ponto forte da autora está mesmo na mensagem de força, coragem e empoderamento feminino que procura transmitir às suas leitoras.

Sandra, claro, tem um interesse amoroso que faz mover a narrativa. Neste caso trata-se de Zac, o irmão mais novo de Meghan, a protagonista da primeira obra da saga. Não fiquei grande fã desta personagem. Zac protagoniza momentos divertidos com Sandra, devido ao caricato da situação e dos choques que existem entre os dois, mas algumas atitudes mais machistas e conservadores foram apresentadas com maior rudeza do que seria esperado. Além, disso, o facto de manter ligação a outra mulher nunca pode ser vista com leveza, até porque parece que Sandra vê a outra como culpada dessa situação enquanto desculpa Zac. Na minha opinião, por maior antipatia que exista por essa mulher, é preciso ter noção de que foi ele que escolheu estar com ela, apesar de, na verdade, ter sentimentos por Sandra.

O desenrolar da narrativa é rápido e repleto de reviravoltas que ajudam a impulsionar a leitura. Megan Maxwell repete neste livro a fórmula com a qual tem feito sucesso, intercalando momentos de felicidade com contratempos até que, finalmente, se chega a uma conclusão. Não é um método que me atraia particularmente, mas admito que aqui funciona. É que existe sempre a sensação de que há sempre algo de novo a acontecer, um novo obstáculo a ser ultrapassado. Assim, surge um misto de frustração por o par romântico não conseguir ficar junto devido a questões que nos parecem ser facilmente resolvidas, mas também o desejo de continuar a ler para perceber como tudo irá ser resolvido.

Tal como já tinha acontecido anteriormente com esta saga, tenho de admitir que as incongruências históricas me provocam grande confusão. Esta é uma história de época, passada na Escócia, mas nem todos os elementos parecem ser representativos desse tempo ou local. As mulheres, fortes e guerreiras, remetem-nos para a atualidade. Os homens têm valores um pouco mais antiquados, quase a fazer lembrar os que os nossos avós e bisavós esperavam das suas mulheres. A sociedade tenta parecer feudal, mas acaba por se afastar um pouco desse conceito. Como tal, sinto que esta história tanto poderia passar-se nesse período como num outro qualquer mais recente.

Uma Flor para Outra Flor segue a linha dos outros romances da saga em que se enquadra. Tem como principal objetivo entreter, passar uma mensagem feminina de força e fazer sonhar. Perante isto, podemos então dizer que se trata de  um livro que cumpre com o que lhe era previsto. Quem procura romances históricos poderá encontrar falhas, por isso deverá ter em mente que se trata de uma aventura que não procura explorar uma época, mas sim contar uma história de amor. Com isto em mente, encontramos uma leitura divertida e leve.

Sem comentários: