Autor: Brandon Sanderson
Título Original: Mistborn - The Hero of Ages (2008)
Tradução: Jorge Candeias
ISBN: 9789896378400
Editora: Edições Saída de Emergência (2015)
Sinopse:
Para pôr fim ao Império Final e restaurar a harmonia e a liberdade, Vin matou o Senhor Soberano. Mas, infelizmente, isso não significou que o equilíbrio fosse restituído às terras de Luthadel. A sombra simplesmente tomou outras formas, e a Humanidade parece amaldiçoada para sempre.
O poder divino escondido no mítico Poço da Ascensão foi libertado após Elend e Vin terem sido ludibriados. As correntes que aprisionavam essa força destrutiva foram quebradas e as brumas, agora mais do que nunca, envolvem o mundo, assassinando pessoas na escuridão. Cinzas caem constantemente do céu e terramotos brutais abalam o mundo. O espírito maléfico libertado infiltra-se subtilmente no exército do Imperador Elend e os seus oponentes. Cabe à alomante Vin e a Elend descobrir uma forma de o destruir e assim salvar o mundo. Que escolhas irão ser ambos forçados a tomar para sobreviver?
Opinião:
Fiquei fã da saga "Mistborn - Nascida das Brumas" desde o início do primeiro volume, e é com muita expectativa que aguardo a conclusão desta obra de Brandon Sanderson. Contudo, também sinto já uma certa nostalgia, pois não quero deixar de me fascinar com este mundo de cinza e brumas, algo que acontece sempre que me entrego à leitura desta grande aventura.
O Herói das Eras é a primeira metade do volume que conclui a história de Vin e dos seus companheiros. É verdade que é um pouco frustrante começara ler este livro tendo a noção de que tudo vai ficar a meio e que depois será necessário esperar pelo próximo, mas assim que comecei a ler esqueci isso e deixei-me levar. Acho impressionante a forma como o autor dividiu esta história. De livro para livro existe um período de tempo de um ano que passou. Isto revela que mesmo os melhores desfechos acarretam consequências que nem sempre são favoráveis ou esperadas.
Vin continua a ser a figura central da narrativa. E como ela é fascinante! Adoro a forma como ela tenta aparentar que é mais rude do que realmente, pois acaba por revelar uma sensibilidade única. É este seu lado mais empático que a faz criar ligações com seres que, à primeira vista, carecem de identidades, valores ou sentimentos que se possam assemelhar aos da humanidade. E é graças a esta sua capacidade que são feitas descobertas incríveis e que realmente surpreendem.
É com interesse que se verifica as mudanças por que todas as personagens já sofreram ao longo destes livros. Gostei da forma como Elend recuperou algumas características que apresentou no primeiro livro e as juntou ao crescimento que obteve durante o segundo. Isto faz dele um líder carismático, mas também alguém que tem dúvidas pessoais que também nos levam a pensar sobre quem ele se poderá vir a tornar. Sazed, uma das minhas figuras preferidas de sempre, está agora mais apagado. Percebo o motivo para tal e espero, sinceramente, que ele encontre outra forma de evolução. Também Brisa perde alguma relevância, mas Susto, por seu lado, ganho um novo papel. Adorei acompanhar os capítulos dedicados a este rapaz se tornou numa figura inesperada.
Apesar de todas as personagens estarem muito bem construídas, admito que, desta vez, as figuras que mais me cativaram acabaram por ser os kandra, os colossos e os inquisidores. Quanto mais sei sobre eles, mais quero saber e mais os acho fascinantes! Não quero revelar muito sobre estes três grupos, por isso vou ser parca nas palavras, pois não há nada como cada um os ir desvendado por si. Posso dizer que o papel de cada um destes lados me deixa em suspenso quanto ao que podem fazer no desenrolar dos acontecimentos.
É impressionante verificar que existe muito mais para desvendar acerca deste universo, e o melhor é perceber que o autor já tinha imensas explicações e conceitos preparados para este momento final. As descobertas que são feitas a nível de forças que dominam ou afectam o mundo e a humanidade e as repercussões de poderes que pareciam não ser tão complexos do que aquilo que revelam ser são verdadeiramente maravilhosas. Fiquei deliciada com este lado fantasioso que está construído de forma sublime.
O encadeamento da acção está muito bem conseguido e em momento algum me senti aborrecida. Estava sempre com vontade de voltar à leitura, na ansiedade de saber o que ainda ia acontecer. Afinal, Brandon Sanderson já mostrou anteriormente que apesar de sugerir estar a ir para um lado, acaba por mudar tudo e levar-nos numa direcção inesperada. Por isso mesmo, sinto que todas as personagens estão constantemente em perigo e temo por elas. Existem alguns momentos de ação na narrativa, e todos eles possuem descrições que cativam, mas aquilo que me chama mais à atenção continua a ser a intriga e o desvendar de mistérios.
E quando a leitura chegou ao fim, a frustração de este livro não continuar devido à divisão regressou. E o pior é que a editora soube mesmo onde fazer o corte, já que este acontece num momento que nunca imaginei que pudesse acontecer. Agora, são muitas as teorias que passam pela minha cabeça, mas a vontade é mesmo em continuar a ler e ter o último livro o mais rápido possível! Custa? Sim, custa porque esta é uma obra muito muito boa! E é isso mesmo que faz a espera valer a pena. Já o disse na minha opinião a O Império Final, repeti em O Poço da Ascensão, mas não me importo de voltar a recomendar: apostem em Brandon Sanderson!
Outras opiniões a livros de Brandon Sanderson:
O Império Final (Saga Mistborn - Nascida nas Brumas #1)
O Poço da Ascensão (Saga Mistborn - Nascida nas Brumas #2)
2 comentários:
O Império Final por enquanto é o meu livro favorito de fantasia. Estou muito ansioso para a publicação aqui no Brasil do terceiro livro da saga. Tomara que não demore muito !
oi Maurilei! Realmente esta é uma saga maravilhosa. Espero que aí não demorem a publicar o próximo volume e que por aqui também não seja preciso esperar muito mais pela segunda parte deste livro.
Beijinho
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