Autor: Juliet Marillier
Título Original: Seer of Sevenwaters (2010)
Tradução: Catarina F. Almeida
ISBN: 9789896571993
Editora: Planeta (2011)
Título Original: Seer of Sevenwaters (2010)
Tradução: Catarina F. Almeida
ISBN: 9789896571993
Editora: Planeta (2011)
Sinopse:
Sibeal entregou-se desde cedo à vida espiritual. Desde nova
que sabia que a sua vocação era ser druidesa. Contudo, antes de cumprir os seus
votos, Ciarán, o seu mestre, convence-a a passar o verão em Inis Eala, ilha
onde estão a morar as suas irmãs com os seus maridos.
Apesar de contrariada, Sibeal acede ao pedido do mestre.
Contudo, pouco tempo depois de chegar dá-se um terrível naufrágio perto da
ilha. Apenas duas pessoas são resgatadas do mar, um homem e uma mulher. Graças
ao seu dom da Visão, a jovem cedo percebe que existe um terceiro sobrevivente,
e arrisca a própria vida para o recuperar.
Desde este incidente, que os habitantes de Inis Eala sentem
que algo de grave está para acontecer. A verdade vai ficar oculta por muito
tempo mas, à medida que é descoberta, faz com que protagonista faça uma viagem
interior e perceba quem realmente é e quais as suas intenções.
Opinião:
Juliet regressa a “Sevenwaters”, a série que a tornou numa
das escritoras de fantasia mais apreciadas. Contudo, este não é, de forma
alguma, o melhor livro da saga.
Em “A Vidente de Sevenwaters”, o leitor acompanha Sibeal,
uma jovem de 16 anos que tem a certeza de que vai dedicar a sua vida à
espiritualidade. Personagem pouco interessante, que não cria empatia e
demasiado previsível. O facto de a história ser narrada na primeira pessoa não entusiasma
a leitura. Juliet também deu voz a Felix, o homem resgatado pela candidata a
druidesa. Este, tal como a protagonista, também carece de profundidade e não
cativa com facilidade.
Como se não bastasse o facto de as personagens serem
desinteressantes, a narrativa demora a desenvolver. Nos primeiros dois terços
do livro, parece que nada de relevante acontece. Na última parte surge tudo ao
mesmo tempo, mas existe a sensação de que os obstáculos são ultrapassados de
uma forma demasiado fácil. A história é fechada com um final rápido, pouco
surpreendente e que deixa muito a desejar.
É curioso perceber que apesar de este se tratar de um livro
da série “Sevenwaters”, não existe qualquer ação no local que surge no título
do livro. Toda a narrativa é passada praticamente em Inis Eala, apesar de as
personagens serem descendentes da família que conquistou os leitores nos três
primeiros livros e, em certos momentos, referirem o local.
Contudo, é inegável de que a escrita de Juliet continua
muito particular, simples mas dotada de beleza. A autora continua a tentar
levar as suas personagens a crescerem através dos obstáculos, a atravessar as
trevas para encontrar a luz, tal como nos habituo nas suas histórias
anteriores.
Terminada a leitura, fica uma sensação de tristeza, afinal
Juliet já escreveu livros encantadores, capazes de fazer sonhar, suspirar e
ficar com o coração nas mãos. É inevitável pensar no que poderá ter acontecido
para que este não apresente a qualidade desejada. Quem a segue o seu trabalho
na internet sabe que quando escreveu este livro estava a lutar contra um
cancro, que venceu. Sabe-se ainda que não era de todo vontade da autora voltar
a Sevenwaters, mas tal teve de acontecer devido à pressão dos editores
norte-americanos.
Fica o desejo de que Juliet volte a escrever sobre o que
realmente deseja, de modo a que os leitores voltem a ter acesso às suas
histórias belas, nascidas de uma verdadeira inspiração. Este livro não me
convenceu, mas fico à espera do próximo trabalho da autora.
2 comentários:
Ois ;),
Como já comentamos é algo que já temia, penso que a editora Americana fez mal em pressionar a escritora a escrever mais livros sobre este universo, começa a perder a magia, dai só ter lido até ao herdeiro de sevenwaters :(
Mas pode ter sido uma fase menos má e que agora volte a melhorar, é caso para dizer volta Bridei estás perdoado :D
É triste ver que ela tem vontade de escrever outros livros e não o conseguir fazer por imposições editoriais. Mas estou como tu, sem perder a esperança!
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