Autor: Scott Westerfeld
Título Original: Touching Darkness (2005)
Tradução: Teresa Gouveia
Tradução: Teresa Gouveia
ISBN: 9789896680176
Editora: Vogais & Companhia (2010)
Sinopse:
A hora azul continua a ser um mistério para os cinco midnighters de Bixby, em Oklahoma. Algumas
semenas após os acontecimentos do primeiro volume, os jovens que têm a
capacidade de viver a 25ª hora do dia começam a perceber que correm mais riscos
do que aqueles que imaginavam ser possíveis. Para além de começarem a perceber
melhor como funciona aquele mundo oculto têm também maior noção do que está a
ser orquestrado pelas terríveis criaturas que nele habitam.
Desta vez, Jessica não é a única midnighter que tem a sua vida em jogo. Os cinco jovens percebem que
existe um forte motivo para terem capacidades tão diferentes e que, apesar de
estas afetarem profundamente as suas vidas no mundo humano, a verdade é que são
mais-valias preciosas para sobreviverem no tempo azul. Contudo, ainda têm de
perceber como trabalhar em conjunto
Opinião:
Em “Limiar das Trevas”, Scott Westerfeld desenvolve a trama
apresentada em “A Hora Secreta” e mostra que “Midnighters” é uma série que
garante a surpresa na leitura. Este volume apresente uma maior complexidade na
intriga, o que se torna envolvente.
Alguns conceitos são melhor desenvolvidos, e isso só faz com
que o mistério aumente. O autor pega em certos conceitos, nomeadamente a matemática
e as propriedade do metal para cativar o leitor através de uma trama que fica
gradualmente mais negra e mística.
Se no primeiro livro as personagens foram definidas segundo
alguns estereótipos, agora surgem com maior desenvolvimento e quebram com
alguns preconceitos. O leitor parece que fica mais próximo do que cada um
realmente é, percebe melhor de que forma é que as suas capacidades na hora azul
afeta a sua vida, quer seja na relação consigo próprio como no envolvimento com
os outros. O fato de o autor dar enfoque a todos faz com que o leitor
compreenda melhor as motivações de todos, sendo complicado ficar apenas de um
lado.
Contudo, o facto de os protagonistas serem todos
adolescentes pode fazer com que a leitura caía em certos lugares comuns. Existem
ligações amorosas, crises existenciais e decisões que refletem alguma
imaturidade, o que pode não agradar a todos, principalmente quem deseja algumas
reflexões mais adultas. Mas, ao mesmo tempo, isto só reflete a excelente
capacidade de Scott Westerfeld caracterizar as suas personagens.
Com uma escrita fácil de acompanhar e sequências muito bem
encadeadas, o ritmo da leitura é rápido. No final, fica a ideia que o autor está
a preparar algo muito maior para o próximo e último volume desta trilogia. Se
este volume foi melhor que o primeiro, o leitor pode apostar que o próximo irá
superar as expectativas.
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