segunda-feira, 30 de julho de 2012

Opinião: No Limiar das Trevas (Midnighters # 2)


Autor: Scott Westerfeld
Título Original: Touching Darkness (2005)
Tradução: Teresa Gouveia
ISBN: 9789896680176
Editora: Vogais & Companhia (2010)

Sinopse:

A hora azul continua a ser um mistério para os cinco midnighters de Bixby, em Oklahoma. Algumas semenas após os acontecimentos do primeiro volume, os jovens que têm a capacidade de viver a 25ª hora do dia começam a perceber que correm mais riscos do que aqueles que imaginavam ser possíveis. Para além de começarem a perceber melhor como funciona aquele mundo oculto têm também maior noção do que está a ser orquestrado pelas terríveis criaturas que nele habitam.

Desta vez, Jessica não é a única midnighter que tem a sua vida em jogo. Os cinco jovens percebem que existe um forte motivo para terem capacidades tão diferentes e que, apesar de estas afetarem profundamente as suas vidas no mundo humano, a verdade é que são mais-valias preciosas para sobreviverem no tempo azul. Contudo, ainda têm de perceber como trabalhar em conjunto

Opinião:

Em “Limiar das Trevas”, Scott Westerfeld desenvolve a trama apresentada em “A Hora Secreta” e mostra que “Midnighters” é uma série que garante a surpresa na leitura. Este volume apresente uma maior complexidade na intriga, o que se torna envolvente.

Alguns conceitos são melhor desenvolvidos, e isso só faz com que o mistério aumente. O autor pega em certos conceitos, nomeadamente a matemática e as propriedade do metal para cativar o leitor através de uma trama que fica gradualmente mais negra e mística.

Se no primeiro livro as personagens foram definidas segundo alguns estereótipos, agora surgem com maior desenvolvimento e quebram com alguns preconceitos. O leitor parece que fica mais próximo do que cada um realmente é, percebe melhor de que forma é que as suas capacidades na hora azul afeta a sua vida, quer seja na relação consigo próprio como no envolvimento com os outros. O fato de o autor dar enfoque a todos faz com que o leitor compreenda melhor as motivações de todos, sendo complicado ficar apenas de um lado.

Contudo, o facto de os protagonistas serem todos adolescentes pode fazer com que a leitura caía em certos lugares comuns. Existem ligações amorosas, crises existenciais e decisões que refletem alguma imaturidade, o que pode não agradar a todos, principalmente quem deseja algumas reflexões mais adultas. Mas, ao mesmo tempo, isto só reflete a excelente capacidade de Scott Westerfeld caracterizar as suas personagens.

Com uma escrita fácil de acompanhar e sequências muito bem encadeadas, o ritmo da leitura é rápido. No final, fica a ideia que o autor está a preparar algo muito maior para o próximo e último volume desta trilogia. Se este volume foi melhor que o primeiro, o leitor pode apostar que o próximo irá superar as expectativas.

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