Autor: Audrey Niffenegger
Título
Original: The Time
Traveler’s Wife (2003)
Tradução: Fernanda Pinto Rodrigues
Tradução: Fernanda Pinto Rodrigues
ISBN: 9789722332743
Editora: Editorial Presença (2004)
Editora: Editorial Presença (2004)
Audrey Niffenegger, artista plástica e professora de
escrita criativa e técnicas de impressão e de encadernação de luxo, nos Estados
Unidos da América, apresenta “A Mulher do Viajante no Tempo”, o seu primeiro
romance.
Sinopse:
Esta é a história de um amor que nasce entre Claire e
Henry. Porém, está longe de ter os contornos tradicionais do romance. É que
Claire conheceu Henry quando tinha seis anos, mas a primeira vez que Henry
falou com a amada, ela tinha vinte e oito anos. Estranho? Até poderia ser, não
fosse o facto de Henry ser um viajante do tempo. O que pode parecer ser uma
habilidade extraordinária revela-se uma verdadeira maldição, afinal, ele não
consegue controlar quando viaja e qual o destino que vai alcançar, o que faz com
que a sua vida não apresente uma linha cronológica regular e com que o perigo
de se deparar com uma situação fatal seja um receio de constante.
Devido a esta estranha condição da qual guarda
segredo, Henry acaba por viver relações fugazes e por nunca se sentir um homem
plenamente realizado. Contudo, quando uma estranha mulher lhe surge e diz saber
quem ele é e quais são as suas capacidades, surge a esperança de uma vida mais
estável, algo que nunca tinha acreditado ser possível.
Opinião:
Opinião:
“A Mulher do Viajante no Tempo” apresenta uma trama
que rapidamente poderia ser considerada confusa devido aos constantes saltos temporais.
Todavia, a autora surpreende pela capacidade de criar um enredo consistente que
fornece uma linha de acontecimentos lógica quando o esperado seria que esta
fosse confusa e pouco credível. O leitor viaja entre passado, presente e futuro
sem considerar que a sequência de eventos está desordenada.
Escrito com mestria e dotado de mistério que agarra a
leitura, este livro retrata uma bela história de amor, longe de ser considerada
enfadonha ou cliché. Henry e Claire são duas personagens consistentes e reais,
detentoras de características fortes. Apesar dos sentimentos que os unem,
existe um questionamento relativo ao sucesso da relação, pois nem por um
instante eles consideram que tudo é um dado adquirido.
Nota-se ainda a preocupação da autora em expressar as
diversas fases de um relacionamento, pois enquanto numa fase inicial tudo
parece ser simples e movido quase por impulso, à medida que o tempo passa começam
a surgir as dúvidas e as angústias inerentes ao reconhecimento de que nunca
poderão ter uma vida estável e segura.
As personagens vivem um romance real, enfrentam
alegrias, tristezas e problemas, o que provoca empatia. Contudo, tal como a
própria vida, nem todo acontece como é desejado, e isso pode desagradar quem
está à espera de encontrar uma história de amor com um tradicional “e viveram
felizes para sempre”.
Um livro que surpreende pela positiva e que revela
ser uma leitura emocionante, que agarra desde a primeira página.
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