terça-feira, 3 de novembro de 2015

Opinião: Engame 2 - A Chave do Céu (Endgame #2)

Título Original: Sky Key - An Endgame Novel (2015)
Autor: James Frey e Nils Johnson-Shelton
Tradução: Maria João da Rocha Afonso
ISBN: 9789722356954
Editora: Editorial Presença (2015)

Sinopse:

 Endgame está aqui. O mundo começa a desmoronar-se, a desintegrar-se, a enlouquecer. Ainda assim, os Jogadores continuam a jogar. A Chave da Terra foi encontrada. Restam duas chaves – e nove Jogadores. Há que encontrar as chaves mas apenas um Jogador pode vencer. Aisling Kopp está em Queens, Nova Iorque e pensa ter encontrado uma forma de interromper o Jogo. Hilal ibn Isa al-Salt escapou por pouco a um ataque que o deixou terrivelmente desfigurado mas agora sabe algo que os outros Jogadores não sabem. Sarah Alopay encontrou a primeira chave, aliou-se a Jago e estão a vencer. Mas conseguir a Chave da Terra teve graves consequências para Sarah.A Chave do Céu – onde quer que esteja, o que quer que seja – é o que se segue. E os restantes nove Jogadores vão fazer de tudo para conseguir encontrá-la.

Restam nove Jogadores. Mas o Jogo mudou.
Agir, Lutar, Jogar.
Servem pelo menos um propósito.
Esquecer.
O Endgame é real.
O Endgame já começou.

Opinião:

O Jogo continua! Endgame 2 - A Chave do Céu é o segundo livro de uma trilogia que impressiona com uma história intensa e imparável e que ainda dá aos leitores a oportunidade de entrarem numa competição por um prémio monetário. Os autores, James Frey e Nils Johnson-Shelton, dão novas pistas ao mesmo tempo que mostram o que os jogadores que ainda estão vivos estão a fazer para garantir a sobrevivência das suas famílias... ou por outro qualquer objetivo.

Mais uma vez, a história é relatada pelos diferentes jogadores. Cada capítulo inicia com os nomes dos jogadores ou outras personagens relevantes que vão surgir, assim como o local onde estão. A partir daí, deparamo-nos com páginas onde são reveladas personalidades, motivos e ambições completamente distintos. Isto sempre acompanhando a cultura e ambiente dos locais onde eles se encontram.

Sendo este um jogo de vida ou de morte, Endgame evidencia o pior e o melhor de cada jogador. Como tal, volto a não ficar impressionada com Sarah e Jago, os dois aliados que parecem ter maior relevância nesta história. As personalidades deles parecem não corresponder ao duro treino que tiveram e à provação que estão a passar. Gostaria de ver mais dúvidas e manipulações. Contudo, uma profecia dá a entender que a relação entre eles os dois poderá ficar muito mais interessante no próximo livro.

Mas existem outros jogadores que me chamaram a atenção. Gosto muito de Shari, uma indiana que acaba por dar uma volta interessante ao jogo. O propósito dela para tal é legítimo, e a decisão extrema a que chega no final corresponde aos seus valores. Hial continua a ser uma das figuras que mais me intriga, e também ele começa a ver o jogo além dos seus limites. Já An Liu é uma figura que é fácil odiar, mas que é muito interessante para o desenrolar dos acontecimentos. Ele é um ser completamente desequilibrado que parece estar ligado ao caos.

A narrativa não tem nada de previsível e existe sempre algo inesperado a acontecer. O que quer dizer que nenhuma personagem está a salvo! Felizmente, desta vez os autores optaram por desvendar um pouco mais sobre os seres que iniciaram Endgame, e sobre como eles condicionam a vida na Terra. Uma ideia engraçadas e que vai agradar aos fãs de ficção científica.

Este é um livro repleto de cenas de ação, o que proporciona uma leitura rápida. Contudo, gostaria que esta edição tivesse uma nota inicial para relembrar os jogadores e os nomes das suas famílias, pois passado algum tempo da leitura do primeiro livro, estes conceitos já estão um pouco apagados, sendo por isso difícil recordar quando existe tanto a acontecer e pouca descrição.

Endgame 2 - A Chave do Céu mantém o ritmo rápido e continua a surpreender como o primeiro livro. A ação é o grande foco deste volume, sendo que o desenvolvimento das personagens passou um pouco para segundo plano. Podem existir algumas dificuldades ao início, devido ao exercício de recordação do livro anterior, mas assim que se entra no ritmo a leitura fica intensa até ao fim. Chegada à última página, fica a vontade de ler a conclusão desta trilogia. Afinal, o jogo parece não ser assim tão limitado quanto fazia parecer e existem muitos caminhos a seguir.

Opinião a outros livros de James Frey e Nils Johnson-Shelton:
Endgame - A Chamada (Endgame #1)

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