Autor: J. K. Rowling
Tradutor: Isabel Fraga, Isabel Nunes e Manuela Madureira
ISBN: 9789722326803
Editora: Editorial Presença (2000)
Sinopse:
Harry Potter nem quer acreditar na sua sorte! Afinal não vai ter de aturar os Dursleys até ao início do seu quarto ano em Hogwarts. Graças à taça Mundial de Quidditch vai passar os últimos quinze dias de férias na companhia dos Weasleys e do seu amigo Ron. Mas a verdade é que nem tudo vai correr pelo melhor para o nosso herói. Quando Harry começa a sentir a sua cicatriz a doer terrivelmente, sabe que Lord Voldemort está de novo a rondá-lo e a ganhar poder. A marca da morte, que apareceu no céu, não pode significar outra coisa...
Entretanto, este é um ano muito especial para Hogwarts, pois é lá que se irá realizar o célebre Torneio dos Três Feiticeiros, no qual Harry vai desempenhar um papel decisivo e que quase lhe irá custar a vida! Pela segunda vez, Potter vê-se frente a frente com Voldemort, e ele sabe que o maior desejo do poderoso senhor das trevas é vê-lo morto...
Opinião:
Este é um dos meus livros preferidos da saga Harry Potter. As personagens, já adolescentes, passam por uma série de peripécias que cativam para uma leitura compulsiva.
Adorei a ideia da Taça Mundial de Quidditch, tão inspirada nos Mundiais de Futebol. Foi engraçado ver este desporto a uma escala superior, conhecer melhor os seus heróis assim como os efeitos dos fãs da modalidade. A ideia do estádio e das claques estão muitíssimo bem descritas e transportam-nos com facilidade para aquele ambiente festivo e febril.
Adorei o Torneio dos Três Feiticeiros! Que ideia fantástica de J. K. Rowling! A autora apresenta-nos, deste modo, outras duas escolas de feitiçaria e alguns dos seus alunos. Foi maravilhoso acompanhar o choque entre as três instituições de ensino assim como perceber a magnitude de entrar nesta importante competição. Ao ler, também queremos estar dentro desta competição onde a inteligência e valentia são colocadas à prova. Os desafios sucedem-se e fazem-nos não conseguir largar o livro até ao momento em que o vencedor é escolhido.
E quando o nome de Harry surgiu do Cálice de Fogo juntamente com o Cedric Diggory! Rapidamente o herói passou a pária e uma grande mudança aconteceu. Harry deixou de ser visto como o rapaz que sobreviveu e agora é tido pelos outros como um miúdo com grande necessidade de atenção. Nasce aqui a revolta e o lado negro da trama fica mais forte. Afinal, o protagonista tem agora de lutar por aceitação e pela superação dos desafios, ao mesmo tempo que sente que um grande perigo está a chegar.
Ao longo da narrativa é desenvolvido o conceito de Devorador da Morte e o terror suspenso aumenta de capítulo para capítulo. No fim, percebe-se que esta não é apenas uma saga de alegrias e vitórias, mas que muitas derrotas podem atravessar o caminho do nosso herói.
Claro que também existem momentos mais humorísticos e de puro deleite, muito graças a certas situações em que as personagens se colocam. Recordo o momento do baile, a paixão de Hagrid por Madame Maxime, os ciúmes de Ron por Hermione e Victor Krum (é aqui que se sente que existe algo mais entre estes dois) e o efeito que Fleus Delacour exerce por todos os rapazes.
Este volume apresenta um grande desenvolvimento a nível de escrita e de construção de enredo quando comparado com os anteriores. Harry Potter e o Cálice de Fogo prova que muito mais está para vir deste mundo que há muito seduziu. Um livro delicioso e que agrada a cada releitura. Já disse que o adorei?
Outros livros de J. K. Rowling:
Harry Potter e a Pedra Filosofal (#1)
Harry Potter e a Câmara dos Segredos (#2)
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (#3)
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