domingo, 16 de setembro de 2012

Opinião: Nudez Mortal (Série In Death #1)

Título original: Naked in Death (1995)
Autor: J. D. Robb (pseudónimo de Nora Roberts)
Tradutor: Susana Serrão
ISBN:  9789898032300
Editora: Saída de Emergência (2008)

Sinopse:

Eve Dallas é tenente da polícia de Nova York e persegue um assassino implacável. Em mais de dez anos de profissão, ela já viu tudo — e sabe que a sua sobrevivência depende do seu instinto. E é precisamente esse instinto que ela tem de ignorar quando se envolve
com Roarke, um bilionário irlandês, principal suspeito na investigação de Eve. Mas a paixão e a sedução têm as suas próprias regras e só depende de Eve arriscar-se ou não nos braços de um homem sobre o qual nada sabe, excepto que deseja loucamente a sua companhia... e tudo o que isso acarreta!


Opinião:

Esta não foi uma leitura que eu inicia-se com grandes expetativas, mas a verdade é que dei por mim agarrada à história. A trama é passado em Nova Iorque do século XXII, mas tal não é anunciado ao início. O leitor vai percebendo que existem algumas inovações tecnológicas incorporadas no quotidiano das personagens, e só mais para a frente é que tem certeza de que está a ler sobre um tempo futuro. Esta é uma época com algumas leis e normas diferentes das atuais, sendo a mais relevante para a história a legalização da prostituição.

Esta sociedade com um baixo nível de criminalidade fica em choque com o assassinato de um acompanhante de luxo, que, por acaso, é neta de um importante senador. O modo como tudo ocorre capta o interesse do leitor, que vai desejar passar as páginas rapidamente, até descobrir como tudo foi feito e quem é o autor do assassinato. Neste âmbito, surge Eve Dallas, a interessante protagonista.

Eve é a típica mulher dura e independente, portadora de um passado traumático. A sua determinação é louvável e os seus conflitos pessoais fazem com que seja fácil ao leitor estabelecer uma ligação com esta heroína. Mulher dedicada à profissão e pouco dada a romances, fica rendida ao principal suspeito da sua investigação, o bilionário Roarke. Esta já é uma personagem que pode custar mais a aceita. Isto porque se trata de um homem demasiado perfeito: demasiado galante, culto, bonito, sedutor e demasiado interessado em Eve. Esta pode parecer uma relação demasiado instantânea, até porque é difícil acreditar que a implacável Eve coloca-se a sua carreira em risco tão facilmente.

A história é contada na terceira pessoa, acompanhando, maioritariamente, os passos de Eve. Contudo, há momentos que o narrador passa para o ponto de vista de Roarke, e isso pode gerar alguma confusão sobre quem está a dizer ou a pensar o quê, uma vez esta alternância nem sempre está bem explícita.

Policial com forte componente romântica, é uma leitura que se faz num ápice e que proporciona momentos agradáveis. Apesar de ser o primeiro volume de uma série, a verdade é que pode ser visto como um livro único, uma vez que a trama principal fica encerrada, ficando apenas em aberto o que o futuro poderá trazer a algumas personagens.

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