Autor: Gayle Forman
Tradução: Rita Graña
ISBN: 9789722353939
Editora: Editorial Presença (2010)
Sinopse:
Naquela manhã de fevereiro, quando Mia, uma jovem de dezassete anos, acorda, as suas preocupações giram à volta de decisões normais para uma rapariga da sua idade: permanecer junto da família, do namorado e dos amigos ou deixar tudo e ir para Nova Iorque para se dedicar à sua verdadeira paixão, a música. É então que ela e a família resolvem ir dar um passeio de carro e, numa questão de segundos, um grave acidente rouba-lhe todas as escolhas. Nas vinte e quatro horas que se seguem e que talvez sejam as suas últimas, Mia relembra a sua vida, pesa o que é verdadeiramente importante e, confrontada com o que faz com que valha mesmo a pena viver, tem de tomar a decisão mais difícil de todas.
Naquela manhã de fevereiro, quando Mia, uma jovem de dezassete anos, acorda, as suas preocupações giram à volta de decisões normais para uma rapariga da sua idade: permanecer junto da família, do namorado e dos amigos ou deixar tudo e ir para Nova Iorque para se dedicar à sua verdadeira paixão, a música. É então que ela e a família resolvem ir dar um passeio de carro e, numa questão de segundos, um grave acidente rouba-lhe todas as escolhas. Nas vinte e quatro horas que se seguem e que talvez sejam as suas últimas, Mia relembra a sua vida, pesa o que é verdadeiramente importante e, confrontada com o que faz com que valha mesmo a pena viver, tem de tomar a decisão mais difícil de todas.
Opinião:
Já há muito que andava curiosa quanto a Se Eu Ficar, de Gayle Forman. Li imensas opiniões positivas acerca desta livro e pela sinopse percebi que a história tinha tudo para me marcar. Felizmente consegui iniciar esta leitura e percebi a razão de tantos elogios.
Esta é sem dúvida uma história que se destaca pela diferença. Trata de um assunto muito sensível e que nos faz tremer a todos: a morte daqueles que mais amamos. Gayle Forman procura explorar não só a dor da perda, mas também como ela muda e faz a questionar a nossa existência. Um tema difícil de confrontar, mas que aqui é feito de um modo simples e algo belo. Afinal, é impossível não encontrar beleza na pureza dos sentimentos que nos ligam uns aos outros.
Mia é a protagonista desta trama. A autora construiu-a de forma a ser fácil entendê-la. Afinal, quem é que nunca se sentiu um estranho no seio da própria família? Quem nunca questionou as suas diferenças? Quem nunca teve inseguranças? Assim é Mia, mas é também muito mais. É uma lutadora, e isso é visível não só na forma como confronta uma desgraça mas também na sua dedicação a um sonho e talento. Isso faz-nos admirá-la.
A provação que se coloca no seu caminho é das mais difíceis. Claro que desde o início sentimos que sabemos qual o caminho que Mia deve tomar, mas conforme a leitura vai avançando, começamos também a colocarmos-nos algumas questões. É impossível não imaginar como seria estar naquela situação e indagar sobre qual seria a nossa reacção. Um exercício de reflexão que nos é proposto pela autora de uma forma discreta mas inevitável. E é este o grande tema desta leitura: como lidar com a morte.
Para além de confrontarmos a situação actual de Mia, também viajamos com ela nas suas recordações. Este regresso ao passado sugere uma análise ao que foi vivido até então. Desta forma, ficamos a conhecer melhor Mia, a sua família e amigos. Como tal, também criamos ligações com alguns deles. Confesso que achei os pais de Mia adoráveis, apesar de serem pouco convencionais. Posso não ter ficado tão encantada com o irmão, mas o que nele me marcou foi a sua inocência. Gostei da dedicação e da ligação que a protagonista tinha com a sua melhor amiga e não deixei de ficar emocionada com a relação que ela tinha com o avô. Todas estas personagens pareceram-me reais, o que acrescentou valor à leitura.
Esta é sem dúvida uma história que se destaca pela diferença. Trata de um assunto muito sensível e que nos faz tremer a todos: a morte daqueles que mais amamos. Gayle Forman procura explorar não só a dor da perda, mas também como ela muda e faz a questionar a nossa existência. Um tema difícil de confrontar, mas que aqui é feito de um modo simples e algo belo. Afinal, é impossível não encontrar beleza na pureza dos sentimentos que nos ligam uns aos outros.
Mia é a protagonista desta trama. A autora construiu-a de forma a ser fácil entendê-la. Afinal, quem é que nunca se sentiu um estranho no seio da própria família? Quem nunca questionou as suas diferenças? Quem nunca teve inseguranças? Assim é Mia, mas é também muito mais. É uma lutadora, e isso é visível não só na forma como confronta uma desgraça mas também na sua dedicação a um sonho e talento. Isso faz-nos admirá-la.
A provação que se coloca no seu caminho é das mais difíceis. Claro que desde o início sentimos que sabemos qual o caminho que Mia deve tomar, mas conforme a leitura vai avançando, começamos também a colocarmos-nos algumas questões. É impossível não imaginar como seria estar naquela situação e indagar sobre qual seria a nossa reacção. Um exercício de reflexão que nos é proposto pela autora de uma forma discreta mas inevitável. E é este o grande tema desta leitura: como lidar com a morte.
Para além de confrontarmos a situação actual de Mia, também viajamos com ela nas suas recordações. Este regresso ao passado sugere uma análise ao que foi vivido até então. Desta forma, ficamos a conhecer melhor Mia, a sua família e amigos. Como tal, também criamos ligações com alguns deles. Confesso que achei os pais de Mia adoráveis, apesar de serem pouco convencionais. Posso não ter ficado tão encantada com o irmão, mas o que nele me marcou foi a sua inocência. Gostei da dedicação e da ligação que a protagonista tinha com a sua melhor amiga e não deixei de ficar emocionada com a relação que ela tinha com o avô. Todas estas personagens pareceram-me reais, o que acrescentou valor à leitura.
Apesar de ser um livro de grande beleza, a verdade é que também tem falhas. Por diversos momentos senti que a trama era demasiado direccionada para leitores mais jovens. Não sei se tal acontece por a protagonista ser uma adolescente, mas achei que existia uma preocupação muitas vezes incómoda quanto ao seu namoro. Isso fez com que a dor e a perda perdessem uma certa força. Também não fiquei impressionada com Adam, o namorado de Mia. Pareceu-me muito distante e, como tal, não consegui entender os sentimentos que ligavam ambas personagens. Também alguns momentos me pareceram disparatados e produto da imaginação de um adolescente.
A linguagem utilizada é bastante acessível, uma vez que está ligada ao tom utilizado pelos adolescentes. A narrativa está mais ligada à apresentação de acontecimentos e a reflexões, não se prendendo tanto com descrições. Os diálogos pareceram-me coerentes e credíveis.
A conclusão parece abrupta e deixa muito em aberto. Percebo a intenção da autora, mas deixa uma sensação de vazio e até incompreensão, afinal fica muita coisa por explicar quanto a uma decisão crucial e que foi esperada ao longo de toda a leitura. Terminada esta leitura, surge vontade de saber mais sobre Mia. Felizmente tinha por perto o volume que se segue, Espera Por Mim, e consegui matar a curiosidade.
Se Eu Ficar não é um livro perfeito, mas marca. Possui uma história diferente de tudo o que li até aqui e que sei que recordarei com facilidade. Tem momentos de grande emoção, mas também outros que me trouxeram um sorriso. Aconselho esta leitura.
A linguagem utilizada é bastante acessível, uma vez que está ligada ao tom utilizado pelos adolescentes. A narrativa está mais ligada à apresentação de acontecimentos e a reflexões, não se prendendo tanto com descrições. Os diálogos pareceram-me coerentes e credíveis.
A conclusão parece abrupta e deixa muito em aberto. Percebo a intenção da autora, mas deixa uma sensação de vazio e até incompreensão, afinal fica muita coisa por explicar quanto a uma decisão crucial e que foi esperada ao longo de toda a leitura. Terminada esta leitura, surge vontade de saber mais sobre Mia. Felizmente tinha por perto o volume que se segue, Espera Por Mim, e consegui matar a curiosidade.
Se Eu Ficar não é um livro perfeito, mas marca. Possui uma história diferente de tudo o que li até aqui e que sei que recordarei com facilidade. Tem momentos de grande emoção, mas também outros que me trouxeram um sorriso. Aconselho esta leitura.
2 comentários:
Olá :)
Já li os dois livros.
É uma história fácil de recordar sim, mas pessoalmente não me agradou muito...
Boas leituras!
Olá Denise.
Os livros marcam-nos sempre de forma diferente, por isso é natural que seja difícil termos a mesma opinião. E isso é bom.
Um beijinho?
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