Título Original: Acacia – The Sacred Band (2011)
Autor: David Anthony Durham
Tradução: João Pinto
ISBN: 9789896376710
Editora: Edições Saída de Emergência (2014)
Sinopse:
Três irmãos ainda sobrevivem, líderes que traçam um novo caminho para o Mundo Conhecido. Estarão à altura dos desafios que se lhes deparam? A Rainha Corinn domina o mundo com o seu conhecimento profundo dos feitiços encontrados em A Canção de Elenet. O seu irmão mais novo, Dariel, torna-se numa figura mítica nas Outras Terras, enquanto a sua irmã, Mena, viaja até ao Norte Distante para defrontar uma invasão desencadeada por uma raça violenta decidida a conquistar o Mundo Conhecido. Os seus percursos individuais acabam por convergir em batalhas tumultuosas e os desafios que terão que enfrentar podem alterar a terra em que vivem para sempre…
Opinião:
A saga "Acácia" está perto do fim. A União Sagrada é a primeira metade do último livro de David Anthony Durham sobre esta história que tanto me está a cativar e continua a surpreender. Afinal, quando achava que já tinha uma ideia bem fundamentada sobre este mundo, eis que surgem novas informações que alteram a minha percepção sobre o que aconteceu e o que pode ainda vir aí.
O relato deste livro é iniciado no seguimento do que foi apresentado no livro anterior, O Povo das Crianças Divinas. Continuamos a acompanhar o ponto de vista de diferentes personagens, sendo dado maior destaque aos três irmãos Akaran, Corinn, Mena e Dariel. Contudo, existem outras figuras cujos relatos são bastante relevantes para percebermos a complexidade deste mundo, uma vez que nos são apresentadas diferentes lados de uma intriga e de uma guerra que está no seu prestes a acontecer.
Neste volume, Corinn, Mena e Dariel mantêm-se afastados. Continuo a achar Corinn uma das figuras mais interessantes desta saga, apesar de não concordar com o caminho que seguiu e com os seus ideais. Porém, ela intriga-me pela poder que detém e pela personalidade que tanto sugere uma rainha poderosa como uma mulher insegura. Adoro os capítulos de Dariel, mais pelo que lhe está acontecer do que pela sua personagem. Neste livro, fiquei muito admirada com algumas revelações que lhe foram feitas assim como pela importância crescente do seu papel para o desenrolar dos acontecimentos. Mena já foi uma das minhas personagens preferidas, mas agora o seu lugar foi tomado por outras. Isto pode ter acontecido por a achar demasiado perfeita, o que faz com que ela acabe por ser previsível. Contudo, envolve-se em situações bastante emocionantes.
Surgem novos elementos que são um verdadeiro deleite para os leitores que ficaram fãs desta série com os livros anteriores. Não quero falar demasiado sobre eles pois estaria a revelar surpresas e a estragar a vossa experiência de leitura. Porém, posso dizer que fazem pensar sobre consequências de acções e sobre os efeitos colaterais do uso de forças ou poderes que não são completamente compreendidas. Para além disso, este livro volta a tocar no tema família e faz pensar se a história dos nossos antepassados nos define ou se devemos confiar cegamente naqueles com quem temos ligação de sangue.
É interessante verificar que para a trama avançar é necessário compreender o passado. Como tal, são feitas algumas revelações muito interessantes. As lendas acabam por revelar-se mais do que aquilo que sugerem e a história que até então era conhecida apresenta erros. Como tal, a ideia que tínhamos sobre certos aspectos deste mundo são alterados, a Canção de Elenet ganha um novo significado, a nossa percepção sobre os Santoth é alterada e o bem e o mal passam a estar cada vez mais indistintos.
Apesar de esta ser uma leitura que muito me agradou, devo confessar que nem sempre foi fácil de fazer. Afinal, já passou algum tempo desde que li o volume anterior desta saga e desde então muitos outros livros foram lidos. Como tal, não foi fácil recordar todas as personagens e locais mencionados. Houve momentos em que tive de parar para perceber quem eram aquelas pessoas ou a razão de certo local ser tão relevante. O livro tem um mapa que pode ajudar em alguns momentos, mas há locais que não estão assinalados. Também teria sido bom haver um anexo com os nomes das personagens para facilitar a leitura.
Terminada a leitura, surge uma certa frustração. Para além de finalmente ter conseguido encontrar o meu ritmo de leitura ao conseguir todas as ligações que estavam um pouco esquecidas, devo ainda dizer que o final apresenta um momento muito emocionante. Agora, resta-me esperar pelo derradeiro volume desta saga para ficar a conhecer o desfecho desta saga. Estou ansiosa!
Outras opiniões a livros de David Anthony Durham:
Acácia - Ventos do Norte (#1)
Acácia - Presságios de Inverno (#2)
Acácia - Outras Terras (#3)
Acácia - O Povo das Crianças Divinas (#4)
2 comentários:
Já li os outros 4 volumes da saga a e estou a adorar ... espero que este seja tão bom como os outros apesar de ser dum tradutor diferente ...
e não sei mas espero que não seja o ultimo da saga :( ...
para mim melhor que a saga da guerra dos tronos ... talvez por não ter tantas personagens iniciais se torne mais fácil a leitura
António, se gostou dos outros quatro então também vai gostar deste :) Não é o último da saga, mas o penúltimo.
O faacto de ter menos personagens iniciais facilita a leitura, realmente. Espero que consiga ler este volume rapidamente.
Cumprimentos
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