domingo, 13 de julho de 2014

Opinião: O Bruxo (Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel #5)

Autor: Michael Scott
Título Original: The Warlock (2011)
Tradução: Leonor Bizarro Marques
ISBN: 9789892327860
Editora: Asa (2014)

Sinopse:

Na quinta parte desta bem sucedida série, os gémeos da profecia foram separados, e o fim está a começar.

Alcatraz
Apesar de o seu aliado Dr. John Dee ter sido declarado utlaga, Maquiavel e Billy the Kid vão seguir os planos dos Anciães: tencionam soltar os monstros de Alcatraz na cidade de São Francisco, desencadeando o final da corrida dos humani.

Danu Talis
O Reino das Sombras em que Scatty e Joana d’Arc entraram é muito mais perigoso do que jamais podiam ter imaginado. E não desembarcaram ali por acaso: as guerreiras foram chamadas por uma razão. Tal como Saint-Germain, Palamedes e Shakespeare. O grupo foi convocado porque tem de viajar no tempo até Danu Talis no passado e destruí-lo. Pois a ilha de Danu Talis, conhecida nos mitos humani como a cidade perdida da Atlântida, deve cair para o mundo moderno poder existir.

São Francisco
O fim está a chegar. Josh Newman escolheu um lado, e não vai ficar com a irmã, Sophie, nem com o Alquimista, Nicholas Flamel. Vai lutar ao lado de Dee e da misteriosa Virginia Dare. A não ser que Sophie encontre o seu gémeo antes de a batalha começar, tudo está perdido - para sempre.

Opinião:

Finalmente! Três anos após a publicação de O Necromante, o quarto volume de Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel, heis que chega O Bruxo, o quinto e penúltimo livro desta saga inspirada em mitologia e lendas de todo o mundo. Fiquei muito feliz por ver que a coleção 1001 Mundos não tinha desistido de Michael Scott. Assim que este me livro me chegou às mãos tive que o começar a ler.

Os acontecimentos narrados neste livro acontecem em apenas um dia. Mas isso não quer dizer que exista pouca ação ou revelações. Pelo contrário! Existe muito a acontecer ao longo destas páginas, o enredo segue diferentes direções e o mais curioso, é que tal é feito tanto no presente como no passado. Os capítulos pequenos e o facto de todas as personagens estarem a viver situações intensas fazem com que leitura avance rapidamente e com poucas paragens. 

Todas as personagens parecem estar em movimento, deixando a ideia de que se encaminham para um grande confronto. Surge então uma sensação de que o autor está a iniciar a conclusão desta saga, o que é bastante agradável. Contudo, gostaria de ter visto algumas figuras mais convictas daquilo que estão a fazer, nomeadamente Nicholas e Perenelle Flamel. Este casal tão relevante no início parece estar cada vez mais apagado e as sua motivações não são sólidas, mas sim baseadas em instintos.

Os gémeos Josh e Sophie parecem cada vez mais relevantes para o futuro do planeta. Se é verdade que sempre existiu uma profecia que enaltecia a importância dos irmãos, agora, com a história a chegar ao seu clímax, esse papel torna-se mais evidente. É interessante também constatar o quanto eles os dois mudaram ao longo de uma semana, muito devido às provações que enfrentaram mas especialmente por causa de influências de outras personagens. Tornaram-se pessoas diferentes, opostos, e isso promete ainda dar que falar.

Neste volume, fiquei muito agradada com os vilões. John Dee e Virginia Dare representam a ideia do inimigo que pratica o mal por desejar o poder absoluto. Como tal, não olham a meios para atingirem os fins, estando por isso dispostos a causar destruição e morte para verem os seus objetivos alcançados. Já Nicolau Maquiavel e Billy the Kid são os vilões com objetivos egoístas mas que possuem sentimentos de compaixão e preocupam-se com a humanidade. O confronto entre estas duas partes dá origem a momentos bem conseguidos. 

A linguagem usada é direta e a narração faz-nos entrar com facilidade nas cenas de ação e ainda entender bem os sentimentos das personagens. Contudo, os diálogos apresentam falhas a nível de pontuação, o que faz com que possa existir uma certa confusão ao entender o que é narração e o que é diálogo, já que estes dois elementos podem surgir misturados.

O Bruxo cumpre o que lhe era esperado. É um livro que diverte, tal como os anteriores fizeram, mas que também dá indicações sobre como tudo pode terminar. O choque entre elementos de diferentes culturas e a forma como estes se ligam com coerência continua a ser o aspecto que mais me atrai. A conclusão deixou-me em suspenso e faz-me desejar que a publicação do derradeiro volume não demore. Acredito que este livro corresponde às expectativas dos fãs da saga.

Outras opiniões a livros de Michael Scott:

3 comentários:

Anónimo disse...

Acabei agora mesmo o livro, e tenho mais que dizer que fiquei surpreendido pela última revelação! Agora não acredito que tenho que esperar para ler o sexto livro que promete muitas reviravoltas!

Cláudia disse...

Eu também gostei muito dessa revelação. Leva a repensar toda a história! Agora é só esperar que o último livro não demore muito a chegar às livrarias portuguesas.

Anónimo disse...

Pois leva mesmo a repensar a história... Quem serão eles, ou ainda mais importante, serão a favor ou contra a humanidade?