Autores: António Cardoso, João Paulo Vaz, José Cardoso, Luís Roberto Amabile, Manuel Alves, Rodrigo Silva, António de Macedo, Beatriz Pacheco Pereira, Filipe Homem, Ágata Simões, Afonso Cruz, Bruno Martins Soares, João Ventura, Isabel Cristina Pires, Madalena Santos, João Leal, Telmo Marçal
ISBN: 9789892317717
Editora: ASA (2012)
Opinião:
Antologia de Ficção Científica – Fantasporto
2012 que surgiu do concurso realizado no evento com o mesmo nome. Este é
um livro que reúne 17 contos de autores de três continentes que estão unidos
pela capacidade imaginativa e pela língua portuguesa. Com organização de
Rogério Ribeiro, o intuito desta publicação é transportar o leitor para um
futuro aberto em possibilidades.
O conto vencedor foi Uma Alforreca no Quintal,
de António Cardoso, que apresenta uma história bem simples, em que um homem
tipicamente português acorda e depara-se com uma estranha espécie de vida no
seu quintal, muito semelhante a uma alforreca (o título é praticamente uma
sinopse do texto). É, provavelmente, uma das tramas menos elaboradas da
antologia, sem reviravoltas e com uma escrita bem fácil de acompanhar, mas isso
não a torna particularmente marcante.
Existiram ainda menções honrosas para os autores
João Paulo Vaz, José Cardoso, Luís Roberto Amabile, Manuel Alves e Rodrigo
Silva.
João Paulo Vaz apresenta A inimaginável
materialização de Samira, no qual faz uma reflexão sobre a imaterialização
das relações, em sequência da crescente evolução tecnológica, um tema que já
foi apresentado por outras perspetivas.
José Cardoso, uma Expedição ao Futuro recheada de diálogos interessantes e humorísticos entre um homem instruído e um rapazinho das ruas de África.
Déjà-vu, por Luís Roberto Amabile, é uma bonita e melancólica história de amor que, infelizmente carece de maior desenvolvimento.
Zê, de Manuel Alves é, provavelmente, um dos contos mais interessantes desta antologia, que agarra o leitor desde o início e faz desejar conhecer melhor a sociedade apresentada.
Rodrigo Silva apresenta A Besta-Fera, um texto com uma reviravolta engraçada, apesar de previsível.
José Cardoso, uma Expedição ao Futuro recheada de diálogos interessantes e humorísticos entre um homem instruído e um rapazinho das ruas de África.
Déjà-vu, por Luís Roberto Amabile, é uma bonita e melancólica história de amor que, infelizmente carece de maior desenvolvimento.
Zê, de Manuel Alves é, provavelmente, um dos contos mais interessantes desta antologia, que agarra o leitor desde o início e faz desejar conhecer melhor a sociedade apresentada.
Rodrigo Silva apresenta A Besta-Fera, um texto com uma reviravolta engraçada, apesar de previsível.
Em O tempo tudo cura menos velhice e loucura,
António de Macedo, apresenta um homem que consegue voltar atrás no tempo. O
leitor reflete sobre as várias possibilidades da vida, num discurso com rasgos
de humor e um tipo de linguagem elaborada que pode não ser facilmente
percetível.
O Robot Auris, de Beatriz Pacheco
Pereira, apresenta uma máquina desenvolve sentimentos afetivos por quem o
rodeia, algo que seria impensável aquando da sua construção. Texto que relembra
Inteligência Artificial.
Filipe Homem Fonseca é o autor de O Festival,
um texto imaginativo e com uma trama que intricada que pode, por momentos,
confundir o leitor.
Ágata Simões volta a dar vida a uma das suas
personagens em Virgílio Bentley e o extraterrestre. Conto com um texto
humorístico, mas uma história sem grande originalidade.
Em As mãos e as veias, Afonso Cruz
aprofunda determinadas temáticas, apesar de parecer que se afasta um pouco do
intuito da antologia.
Tsubaki, de Bruno Martins Soares, é uma
história que, apesar de não ser original, revela ser uma leitura interessante.
João Ventura apresenta uma realidade muito
semelhante à nossa em Fogo!, não fosse o facto de este elemento ser
dotado de uma inteligência que desafia e destrói.
O início da leitura de O cão, de Isabel
Cristina Pires, não dá a entender onde a autora pretende chegar. O final não
convence plenamente, apesar de se entender que era pretendida uma reviravolta
que causasse espanto.
Madalena Santos tentou apresentar vários
conceitos em O Mistério dos Uivos. A universalidade da música, a
revolução das máquinas e a rejeição do próprio são descritos quase como um
resumo de uma história que poderia ser mais desenvolvida.
Acordar o Profeta, de João Leal, faz uma
mistura entre algumas conhecidas teorias da conspiração e o papel da religião
do mundo. Uma história que agarra e que revelar ser uma leitura agradável.
Com uma escrita particular e um humor cativante,
Telmo Marçal apresenta As Moças do Campo. Um texto interessante, mas
no qual a temática da antologia pode ser encontrada em pouco pormenores.
Com tanta variedade de temas e estilos de
escrita, é inevitável que o leitor encontre textos que aprecia em detrimento de
outros que não o cativam. Uma leitura que se intercala facilmente com outras
maiores e que apresenta alguns conceitos interessantes.
Sem comentários:
Enviar um comentário