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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Opinião: Invisível

Título Original: Invisible (2014)
Autor: James Patterson com David Ellis
Tradução: Rui Azeredo
ISBN: 9789898626462
Editora: TopSeller (2014)

Sinopse:

Sem deixar rasto. Sem qualquer motivo. Um serial killer imparável. Uma revelação desconcertante. Emma está obcecada com a investigação de uma série de incêndios que provocou a morte de pessoas e que à primeira vista parecem não ter qualquer ligação entre si. Todos dizem que foram acidentais, mas Emma insiste que foram provocados por um único serial killer. Mas há algo mais, e muito pessoal, que move Emma: uma das vítimas era sua irmã. Irmã gémea. Nem mesmo o seu ex-namorado, um antigo agente do FBI, consegue acreditar que dezenas de incêndios, raptos, mutilações e assassínios estejam todos relacionados. Mas Emma vai encontrar uma peça-chave que os ligará a todos.Novos crimes surgem a cada dia e todos parecem inexplicáveis. Sem motivos, sem armas do crime e sem suspeitos. E Emma não vai descansar enquanto não encontrar o assassino. Ou irá o assassino encontrá-la a ela primeiro? Pode realmente uma única pessoa ser responsável por estes crimes impensáveis?

Opinião:

Estava muito curiosa quanto a Invisível. Livro policial escrito por James Patterson e David Ellis, surgiu evolvido por uma certa euforia, o que me fez desejar pegar nele o mais rápido possível de forma a perceber a razão de tanto entusiasmo. E ainda bem que assim o fiz! Depressa dei por mim envolvida nesta história emocionante que me fez sentir fazer parte da investigação em curso.

Emmy Dockery, a protagonista, é uma personagem feminina bem construída e que deixa transmitir diferentes ideias. Ao início, esta investigadora do FBI surge magoada pela perda mas muito convicta das suas crenças, o que me levou a admirá-la. Com o desenrolar da trama, cheguei a vê-la como alguém completamente focado num objectivo, ao ponto de a achar obsessiva, o que me pareceu exagerado apesar de fazer sentido. Gostei da forma como ela tentava sobrepor a razão aos sentimentos e fiquei impressionada com a sua força.

O grupo que acompanha Emmy na investigação de um perigoso assassino em série que esteve perto de fazer o crime perfeito é interessante, apesar de ter gostado de ter visto alguns elementos mais explorados. De todos, destaco Harrison Bookman, mais conhecido por Books, devido à ligação que tem à protagonista mas também por causa da integridade, humanidade e profissionalismo que revela em cada momento. Por outro lado, Julius Dickinson é uma figura odiosa, mas é de louvar o facto de esse sentimento ter conseguido passar com tanta facilidade.

O grande vilão é o ponto mais forte desta narrativa. Digo isto não só devido à personalidade que lhe foi concedida e ao seu desenvolvimento, mas também devido aos crimes. A construção deste assassino e dos respectivos homicídios  é o que faz mover a trama. Gostei da personalidade dada e da forma como ela evoluiu, e fiquei muito impressionada com os assassinatos. Estas eram mortes medonhas e que realmente fazem pensar no crime perfeito. As explicações dadas fazem acreditar na veracidade dos relatos, o que chega a ser assustador.

Adorei a forma como esta história foi contada. Tudo acontece a um ritmo rápido e existem sempre novidades a aparecerem o que, aliado a capítulos curtos, faz com que a leitura seja frenética. A ação principal é relatada na primeira pessoa pela protagonista, o que me levou entender as suas motivações, frustrações e desejos. Contudo, também existem capítulos que deixam descobrir o lado do assassino, o que faz crescer o interesse pela história sem desvendar demasiado. O intercalar destas duas visões agarrou-me e proporcionou-me uma leitura cativante e mais rápida do que esperava.

O estilo de escrita é agradável e direcionada para a narração de acontecimentos. As descrições focam-se apenas no que é necessário para o desenrolar da ação, não havendo espaço para grandes paragens. Os diálogos são naturais, o que faz acreditar na sua realidade. Gostei especialmente da forma como as Sessões Graham foram escritas, uma vez que se tratam de discurso oral. Confesso ainda que fiquei muito orgulhosa por ter conseguido descobrir uma das maiores reviravoltas da trama.

Invisível é um policial que os fãs do género não vão querer perder e que faz perceber porque razão de James Patterson é o escritor mais vendido no mundo. Emocionante, imparável, cativante e dotado de reviravoltas coerentes e interessantes, este é um livro que eu gostei muito de ler e que recomendo.

Outras opiniões a livros de James Patterson:
Maximum Ride - O Resgate de Angel (Maximum Ride #1)
Maximum Ride - Adeus à Escola (Maximum Ride #2) 
Maximum Ride - Salvar o Mundo (Maximum Ride #3) 
Confissões de Uma Suspeita de Assassínio (Confissões #1)

sábado, 23 de novembro de 2013

Opinião: Maximum Ride - Salvar o Mundo (Maximum Ride #3)

Título original: Saving the World - And Other Extreme Sports (2007)
Autor: James Patterson
Tradutor: Rita Figueiredo
ISBN: 9789898626257
Editora: TopSeller (2013)

Sinopse:

Max e o seu bando estão destinados a grandes voos. Vivem em condições difíceis e não podem dar muito nas vistas. Afinal, seis miúdos com asas a atravessar os céus não passam despercebidos…
Nesta aventura o grupo vai ter de escapar ao terrível plano genocida criado por cientistas maléficos, os batas-brancas. E como se não bastasse, há um traidor entre eles. A união entre todos os elementos vai ser posta à prova enquanto enfrentam os inimigos mais poderosos de todos os tempos.
Será que um romance insuspeito, um blogue seguido por milhões de fãs e algumas revelações vão contribuir para que a missão de salvar o mundo seja realmente possível? Os leitores de James Patterson não vão descansar enquanto não tiverem a resposta certa. Mas cuidado: estas páginas são completamente viciantes.

Opinião:

Adrenalina, ação rápida, perigos e muitas aventuras. Salvar o Mundo retoma as características a que os dois primeiros volumes da série "Maximum Ride" já nos habituaram. Max e o seu grupo continuam a tentar perceber a razão de terem ADN de pássaro ao mesmo tempo que enfrentam uma organização que pretende mudar o mundo.

Desta vez, é dada a conhecer uma breve visão do lado do inimigo. Se nos livros anteriores não fica expressa com clareza o objetivo destes cientistas que alteram o código genético de crianças, com o fim a leitura não restam dúvidas dos seus planos e este é, sem dúvida, o ponto forte deste volume. É dada uma melhor visão da organização deste grupo e no seu modo de atuar, o que remete, claramente, para a força das grandes corporações nos mercados e finanças mundiais.

Os acontecimentos narrados continuam a colocar as personagens em perigo, mas desta vez existe uma clara divisão na leitura. Numa primeira fase não acontece nada de relevante. As personagens, por alguma razão, veem-se numa situação complicada, um dos membros do grupo de Max é tido como traidor, são feitas algumas revelações e tudo isso pode parecer emocionante, mas não a verdade é que não tem qualquer peso para o final do livro ou para a continuação desta série. Afinal, se esta primeira parte não existisse tudo o que vem a seguir poderia continuar a ter acontecido, o que faz pensar que o autor estava sem ideias concretas e tentou criar uma reviravolta aparente que apenas serviu para escrever mais uma série de páginas. Assim sendo, a primeira metade do livro é, sem dúvida, o ponto mais fraco pela sua irrelevância e pouco fundamento.

Já na segunda metade da leitura é quando tudo o que é interessante acontece. As personagens saem dos Estados Unidos da América e com isso é possível verificar que a conspiração é, realmente, a nível mundial. Aqui sim são feitas revelações com peso para a série, não só ao nível dos planos do inimigo, mas também quanto ao objetivo da criação destas crianças-pássaro e até mesmo quanto às origens de alguns dos elementos do grupo principal da narrativa. Algumas peças do mistério começaram a ligar e a fazer sentido.

É com curiosidade que se assiste ao poder na internet para a transmissão global de informação. O facto de o autor colocar uma das suas personagens como criador de um blogue onde tudo o que acontece à Max e ao se grupo é relatado faz pensar no poder desta forma de comunicação. É impossível não deixar de reparar na variedade de respostas que são obtidas, muito à semelhança do que acontece com estrelas da música ou do cinema. Existem visitantes que se demonstram solidários com esta causa e procuram formas de ajudar o grupo, sendo os mais equilibrados, assim como aqueles que os veem como ídolos e prestam uma total devoção, como ainda aqueles que anseiam ser um deles, sem pensar na dor que tal acarreta. 

O estilo de escrita utilizado por James Patterson segue o registo dos outros volumes e continua a soar a juventude. O autor compreende bem o público a que se dirige, o que o leva a fazer com que Max e o seu grupo utilizem expressões apropriadas às suas idades. Também a própria narração se adequa ao público, uma vez que não se prende em descrições detalhadas ou profundas reflexões, mas sim à apresentação de cenas de ação rápida. É curioso ver que os capítulos que têm Max como narrador apresentam o tipo de linguagem da personagem enquanto os restantes possuem um narrador ausente e objetivo.

Apesar de ser, na minha opinião, o volume mais fraco até ao momento, Maximum Ride - Salvar o Mundo é uma leitura rápida, muito graças aos capítulos curtos e repletos de ação que levam a ler mais um, e mais um, e mais um. Fica a vontade de ver como tudo se vai resolver assim como o autor irá desenvolver as relações entre as suas personagens nos próximos livros desta série destinada a um público mais jovem.

Outras opiniões a livros de James Patterson:
Maximum Ride - O Resgate de Angel (Maximum Ride #1)
Maximum Ride - Adeus à Escola (Maximum Ride #2)
Confissões de Uma Suspeita de Assassínio (Confissões #1)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Opinião: Confissões de Uma Suspeita de Assassínio (Confissões #1)

Título Original: Confessions of a Murder Suspect (2012)
Autor: James Patterson e Maxine Paetro
Tradução: António Costa Santos
ISBN: 9789898626134
Editora: TopSeller (2013)

Sinopse:

Malcolm e Maud Angel eram pais altamente exigentes. Quando são assassinados, a filha mais velha, de dezasseis anos, Tandy, torna-se a principal suspeita do crime. Nesse mesmo dia, ela decide descobrir quem é o verdadeiro assassino, ainda que seja ela própria ou um dos irmãos. Tandy é uma rapariga-prodígio, incrivelmente inteligente e com Conhecimentos fora do vulgar. E agora também é herdeira de uma grande fortuna… Ela guarda muitos segredos, que regressam para a atormentar. Sente-se perdida, vítima da educação recebida dos pais. Mas não seria capaz de os matar… ou seria?
Um thriller emocionante e de leitura compulsiva, onde todos os segredos de Tandy, até os mais obscuros, são revelados. Quem sabe aquilo de que ela é, realmente, capaz?

Opinião:

A TopSeller apresenta Confissões de uma Suspeita de Assassínio, o primeiro volume de uma série dedicada aos leitores jovens adultos, repleta de intriga e muito mistério. A saga “Confissões” resulta da sétima parceria entre James Patterson, um dos autores mais vendidos nos Estados Unidos da América, e Maxine Paetro.

Tady, ou Tandoori, é a protagonistas desta história que é contada na primeira pessoa. De forma direta e bastante pessoal, Tandy inicia o relato no dia em que os seus pais foram mortos dentro da sua própria casa. Desde cedo o leitor percebe que esta não é uma família comum. Para além de possuidores de uma grande fortuna, os Angel revelam-se dotados de capacidades excepcionais, o que aumenta a suspeita de que algo de muito estranho está a ser encoberto.

A polícia depressa coloca na lista dos principais suspeitos todos os que estavam na casa dos Angel no momento da morte. Assim, os três filhos mais novos de Malcolm e Maud começam a ser prontamente investigados, assim como Samantha, a assistente da família.

De início, o que mais pode chocar o leitor é a reacção destes filhos à morte dos pais. Todos parecem aceitar esse facto inesperado com algum estoicismo, o que causa estranheza e faz aumentar  a suspeita de que realmente um deles, se não todos, estão envolvidos no crime. Contudo, com o decorrer da leitura, é possível perceber a razão daquele comportamento.

Os jovens Angel não são normais. Dotados de grandes capacidades, quer físicas, mentais ou criativas, foram desde o nascimento treinados para a excelência. Aos poucos, a rotina familiar é desvendada, e apesar de ser difícil de aceitar, leva a compreender muito do que foi inicialmente apresentado.

É interessante ver como os autores levam a colocar todas as personagens sob suspeita. Até mesmo Tandy, a protagonista, não escapa a esta desconfiança. As personalidades duvidosas  e o facto de todos apresentarem motivos que podem motivar o crime faz aumentar a curiosidade e a emoção da leitura. O desenvolvimento da trama faz também com que seja possível assistir à descoberta de um novo lado da personalidade destes irmãos.

Esta é uma leitura descontraída, à semelhança do que acontece com a série Maximum Ride, também de James Patterson. A linguagem é direta e os capítulos pequenos, de duas a cinco páginas, promovem uma leitura rápida. É impossível ler apenas um capítulo. Há sempre algo a acontecer e a vontade de desvendar o enigma leva o leitor a ler mais um, e mais um e ainda outro.

Confissões de uma Suspeita de Assassínio revela-se uma leitura interessante, mas que deixa adivinhar que a continuação da saga promete muitos mais do que até aqui foi desvendado. Afinal, nem todos os mistérios foram resolvidos.

Nota:  The Private School Murders é o nome original do segundo volume desta saga, com publicação prevista ainda para outubro deste ano nos Estados Unidos da América.

sábado, 6 de julho de 2013

Opinião: Maximum Ride - Adeus à Escola (Maximum Ride #2)

Título original: School’s Out Forever (2006)
Autor: James Patterson
Tradução: António Costa Santos
ISBN:  9789898626080
Editora: TopSeller (2013)

Sinopse:

Passaram 24 horas desde que Max e o seu bando escaparam do Instituto, em Nova Iorque. Os seis amigos com poderes extraordinários — são 98% humanos e 2% pássaros — continuam a emocionante procura dos seus pais e da verdade sobre quem realmente são.
Embora perseguidos pelos medonhos Erasers, os seis amigos tentam levar uma vida normal, com a ajuda de uma agente do FBI. É assim que voltam a estudar e que Max se apaixona por um rapaz, tentando a todo o custo não desvendar os seus poderes…
Mas para este bando não existem dias normais. Max apercebe-se de que estão a ser alvo de uma emboscada e que terão de abandonar a escola. E a situação é ainda mais grave — ela e os cinco amigos devem, supostamente, salvar o mundo. Mas salvá-lo de quem? Quando? E como?

Opinião:

Maximum Ride está de volta. Adeus à Escola segue os acontecimentos que encerraram O Resgate a Angel, primeiro livro desta saga repleta de aventuras e acção. Depois de fugirem do Instituto, Em nova Iorque, Max e os seus companheiros continuam a procurar as suas originais e o sentido da sua existência.

Este volume mantém o registo rápido do livro anterior. A acção desenfreada e os capítulos pequenos levam o leitor a virar páginas num ápice. Apesar de destinada a um público mais jovem, a verdade é que não vai deixar de agradar aos mais adultos que apreciam histórias emocionantes que fazem lembrar os mais conhecidos heróis da banda-desenha norte americana.

A narração dos capítulos de Max volta a ser feita pela própria, o que confere uma maior proximidade entre o leitor e esta heroína. Desta vez, existe uma maior preocupação da protagonista em entender a dimensão do que lhe está a acontecer, para além de continuar a engendrar os melhores planos para proteger aquela que considera ser a sua família.

As diferentes personalidades das restantes personagens que compõe o grupo principal voltam a estar em destaque sendo Angel, mais uma vez, a mais intrigante. O elemento mais novo é também aquele que sugere um maior poder, e terminada esta leitura, fica a ideia de que Angel vai ser crucial para algo muito importante que vai acontecer. Quer seja para o bem ou para o mal.

O autor deixa mais dicas sobre a verdade que está por trás da criação destas crianças mutantes o que impele para a leitura do próximo volume. Para além disso, dá ainda uma outra dimensão ao “lado do mal”, muito baseado no consumo em massa e na globalização.

Maximum Ride – Adeus à Escola é uma obra fresca, jovem, repleta de energia e pouco exigente que proporciona momentos de bom entretenimento. Quem ficou fã do primeiro volume vai com certeza apreciar este.


Outras opiniões a livros de James Patterson:
Maximum Ride - O Resgate de Angel (Maximum Ride #1)

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Opinião: Maximum Ride – O Resgate de Angel (Maximum Ride #1)

Título original: Maximum Ride – The Angel Experiment (2005)

Autor: James Patterson
Tradutor: António Costa Santos
ISBN: 9789898626004
Editora: Topseller (2012)

Sinopse:

ALERTA! Um grupo de seis jovens com poderes extraordinários está em FUGA. O seu líder é Maximum Ride, ou Max. Retirados dos seus pais à nascença, os seis estavam presos num laboratório secreto, onde foram alterados geneticamente para se tornarem 98% humanos e 2% pássaros. Agora eles conseguem voar e escaparam da sua prisão. Mas desconhecem as razões para tudo o que lhes foi feito, e não sabem quanto tempo de vida lhes resta. No seu encalce estão os Erasers, seres diabólicos criados no mesmo laboratório, que apanham Angel, a miúda mais nova e especial do grupo de Max.
Conseguirá Max resgatar Angel e descobrir a verdade sobre si e os seus amigos? PREPARA-TE: Este livro é o início da mais fantástica e emocionante aventura da tua vida.

Opinião:


James Patterson, o autor com mais livros vendidos no mundo atualmente, surge  pela primeira vez no mercado português.  Maximum Ride, saga destinada a um público jovem, está a conquistar fãs graças às aventuras rápidas e entusiasmantes e ainda aos elementos fantásticos.

Maximum Ride – O Resgate de Angel, é o primeiro de uma série de oito livros. Neste volume, o leitor conhece um grupo de 6 jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos, que possuem apenas 98% de ADN humano. Os restantes 2% referem-se ao código genético de aves. Como isto aconteceu? Eles não sabem. Apenas se lembram de terem crescido dentro de um laboratório, onde foram submetidos a experiências ao longo da vida. Contudo, este grupo consegue escapar, e agora procura perceber qual é a sua origem e o intuito da sua criação, ao mesmo tempo que fogem dos temíveis, Erasers, seres humanos com ADN de lobo.

O início da leitura poderá ser considerado um pouco abrupto. O grupo está em fuga, e, como tal, não há tempo para explicações. O leitor assiste logo a um momento de muita ação, ao mesmo tempo que vai percebendo o porquê de aquilo estar a acontecer.

Max, a líder do grupo principal, conta esta história na primeira pessoa e fala diretamente ao leitor, através de uma linguagem jovem e simples. Destemida e maternal com os seus amigos, revela momentos de grande maturidade, mas, noutros, mostra que ainda é uma criança e, como tal, ainda possui sérias fraquezas.

Todos os elementos do grupo possuem asas e são capazes de voar, porém, têm personalidades distintas e outros dons particulares. A clandestinidade em que vivem e o facto de, com o tempo, irem descobrindo cada vez mais poderes, fazem lembrar os heróis de algumas bandas desenhadas norte-americanas.

O enredo pode ter algumas falhas e ter pouca profundidade, mas a verdade é que o leitor acaba por se sentir agarrado ao livro. Os capítulos pequenos, de duas a quatro páginas fazem com que esta seja uma história que é lida rapidamente e o crescente de elementos aumenta igualmente o seu interesse.

Para o leitor mais jovem, está é uma aventura que vai ser devorada num ápice. O leitor mais maduro poderá ficar reticente com o desenrolar demasiado rápido dos acontecimentos, irá sentir necessidade de obter mais informação, estranhar o comportamento de personagens de idade tão nova, e vai ficar um pouco de pé atrás com algumas características da escrita. Contudo, no fim, vai perceber que esta foi uma leitura fresca, simples de seguir e que proporciona um bom entretenimento.