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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Comprar o livro pela capa 2 – Millennium 2

Se o primeiro volume da trilogia Millennium, de Stieg Larsson, teve três capas até ao momento (ver aqui), o segundo já apresentou duas imagens:


A primeira volta a apresentar o formato "revista", com chamadas de capa referentes à trama. A imagem mais recente volta a ter os tons vermelhos, aproveita a fotografia da mulher, mas altera a direção,  a tatuagem do dragão e o grafismo, de modo a apresentar um aspeto mais simples e leve.

Qual é a vossa preferida?


Ver opinião a este livro aqui:  A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo (Millennium 2)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Comprar o livro pela capa 1 – Millennium 1


O que interessa é o conteúdo, mas a verdade é que a capa é das primeiras coisas que chama a atenção de quem procura um novo livro. Com o tempo, os gostos vão mudando e, como tal, as editoras sentem necessidade de refazer a imagem dos seus livros de modo a atrair mais compradores. Tendo isto em atenção, decidi abrir uma nova rubrica aqui no blog, o “Comprar o Livro pela Capa”, onde pretendo apresentar diferentes visuais de um mesmo livro publicado em Portugal.

Hoje, apresento-vos as três capas do primeiro volume da trilogia Millennium, “Os Homens que Odeiam as Mulheres”, de Stieg Larsson. Publicado pela editora Oceanos, do Grupo Leia, este livro já possuiu três visuais diferentes:



Relativamente à primeira imiagem, aprecio bastante a ideia de tornar a capa numa revista, afinal, é isso mesmo que é a Millennium, contudo não gosto muito da imagem que usaram como fundo. A segunda apresenta uma clara referência a Lisbeth Salander, continua a ter alguma referência à publicação editorial, mas desta vez com um aspeto mais simples. A terceira, obviamente, surgiu ao mesmo tempo que o filme norte-americano foi lançado, por isso apresenta o poster do mesmo, onde se pode ver Daniel Craig, que dá vida a Micael Blomkvist e Rooney Mara a Lisbeth.

Qual é a vossa preferida?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Opinião: A Rainha no Palácio das Correntes de Ar


Autor: Stieg Larsson 
Título Original: Luftslottet som sprängdes (2007)
Tradução: Mário Dias Correia
ISBN: 9789892305332 
Editora: Oceanos (2011)

Sinopse:

"A vingança é uma força poderosa"

No hospital com sérios ferimentos, Lisbeth Salander tem como vizinho de quarto um homem que a quer morta e está sob vigilância das autoridades, que não a deixam contactar com ninguém enquanto não ficar provado o seu papel numa série de assassinatos e roubos.
Ao mesmo tempo, os elementos da Säpo, polícia de segurança sueca, movem-se de forma secreta, com o objetivo de eliminar todos os que se atravessam no seu caminho.
Contudo, existe esperança na reposição da verdade. Mikael Blomkvist continua a acreditar na inocência da hacker e está a preparar um artigo sobre a terrível conspiração com o intuito de a silenciar para sempre.

Opinião:

"A Rainha no Palácio das Correntes de Ar" foi o último livro escrito e publicado por Stieg Larsson. Tal como foi escrito na opinião do primeiro volume da saga Millennium ("Os Homens Que Odeiam as Mulheres"), o jornalista e editor de revistas sueco idealizou a sua obra num total de 10 volumes, contudo, um ataque cardíaco fatal roubou-lhe a vida antes de cumprir esse objetivo.

Depois do final arrebatador do segundo volume, "A Rapariga Que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo",  é com entusiasmo que se começa a leitura deste volume. Contudo, o ritmo agora é lento, mais pausado e, por vezes, um pouco aborrecido ou difícil de apreender, afinal Lisbeth encontra-se hospitalizada e incapaz de ter contacto com o exterior e a trama acaba por incidir principalmente no funcionamento da Säpo e nas tentativas dos apoiantes de Lisbeth em contornar esse mesmo sistema.

O leitor facilmente percebe que existe uma gradação na intriga. Se no primeiro volume o conflito estava ligado a uma família e no segundo encontrava-se associado a um departamento policial, agora existe uma grande ligação à própria política sueca. Tudo isto sempre tendo o tema do papel da mulher nesta sociedade muito presente.

A primeira metade do livro poderá consistir num obstáculo para alguns leitores, afinal surgem cada vez mais personagens cujos nomes podem não ser facilmente memorizados, para além que se sente que algo grandioso está para acontecer. Contudo, este momento tão aguardado demora a acontecer. O ritmo começa a ser recuperado quando, finalmente, os capítulos voltam a ser narrados sob o ponto de vista de Lisbeth.

O momento do tribunal é, sem dúvida, um dos mais deliciosos dos três volumes. A postura de Lisbeth e da defesa é surpreendente e a troca de argumentos está tão bem conseguida que dá vontade de ler e reler. A hacker volta a ser uma figura central de toda a trama, com desenvolvimentos interessantes mas sem nunca perder as peculiaridades que conquistaram os fãs da saga.

No final, percebe-se que, para o autor, este volume foi o fechar de um ciclo, uma vez que a trama inicial teve uma conclusão, existindo apenas algumas questões que podem sugerir uma continuação. Terminada a última página fica o desejo de descobrir o futuro que Stieg Larsson pretendia dar às suas personagens. Contudo, é certo que cativou uma legião de fãs através de personagens interessantes, intrigas envolventes e temáticas pertinentes que são muitas vezes tidas como tabu na sociedade ocidental.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Opinião: A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo (Millennium 2)


Autor: Stieg Larsson 
Título Original: Flickan Som Lekte Med Elden (2006)
Tradução: Mário Dias Correia
ISBN: 9789892303451
Editora: Oceanos (2011)


O final de “Os Homens Que Odeiam as Mulheres”, primeiro livro da série Millennium, deixou acontecimentos por explicar, e tais começam a ser desvendados em “A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo”, o segundo volume de autoria do falecido jornalista Sieg Larsson.

Sinopse:

“Não há inocentes. Há apenas diferentes graus de responsabilidade”.

Após uma grande desilusão, a estranha e cativante Lisbeth Salander parte numa viagem pelo estrangeiro, onde se envolve em inesperadas aventuras e onde inicia uma nova obsessão: a matemática. Paralelamente, Mikael Blomkvist tenta contactar, sem sucesso, a jovem hacker por quem sente uma genuína amizade. Contudo, quando vê que esta não quer ser encontrada, desiste e volta-se para o trabalho de jornalismo de investigação que desenvolve na revista Millennium.

Enquanto Lisbeth regressa à Suécia com uma nova identidade e aluga um luxuoso apartamento na zona mais nobre de Estocolmo, Mikael envolve-se no trabalho de um novo colaborador da publicação para a qual trabalha. O jornalista Dag Svensson apresenta um documento onde prova o envolvimento de figuras importantes numa rede de tráfico de mulheres para exploração sexual.

Porém, aquela que parecia ser uma notícia explosiva acaba por se revelar fatal para os que conhecem os seus dados, uma vez que Dag e a sua companheira surgem mortos. A investigação policial depressa encontra a sua principal suspeita: Lisbeth Salander.

Opinião:

Enquanto o primeiro volume da série estava relacionado com um caso que não envolvia diretamente os dois protagonistas, “A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e Um Fósforo” acaba por revelar um lado mais íntimo, uma vez que os acontecimentos relevantes acabam por estar ligados ao passado da icónica Lisbeth Salander. Assim, o leitor seduzido por esta personagem tem finalmente acesso a mais e importantes informações do seu passado, que permitem compreender alguns traços da sua personalidade assim como algumas das suas atitudes mais extremas. Para além disso, Lisbeth passa por uma série de mudanças pouco previsíveis.

Narrado de forma excecional e com uma trama envolvente, onde o mistério constante faz querer continuar a virar páginas até todos os factos estarem finalmente revelados, o autor surpreende ao fornecer maior profundida às suas personagens, ao mesmo tempo que apresenta um tema de reflexão forte, mais uma vez, associado à posição frágil da mulher numa sociedade onde existem supostos direitos igualitários.

Contudo, existem certos aspetos que podem não ser apreciados. Várias personagens novas com nomes semelhantes são introduzidas na narrativa, o que faz com que seja gerada alguma confusão ao longo da leitura. O facto de os acontecimentos que estão apresentados na sinopse na contracapa apenas surgirem a meio do livro, faz com que o leitor esteja sempre na expetativa, não sendo surpreendido, ao contrário do que parecia ser intenção do autor.

Tal como o primeiro volume da série, este foi um livro que se tornou um vício e que apresentou um final surpreende que faz ter vontade de pegar logo no próximo. Lisbeth, com todo a sua rispidez e fragilidade, é sem dúvida uma personagem que dá vontade de continuar a acompanhar.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Opinião: Os Homens que Odeiam as Mulheres (Millennium 1)


Autor: Stieg Larsson
Título Original: Män Som Hatar Kvinnor (2005)
Tradução: Mário Dias Correia
ISBN: 9789896660734
Editora: Oceanos (2008)

Os três livros da incompleta saga Millenium são um verdadeiro fenómeno mundial, mas tal apenas aconteceu após a morte do autor. Stieg Larsson, jornalista e editor de revistas sueco idealizou a sua obra num total de 10 volumes, contudo, um ataque cardíaco fatal roubou-lhe a vida antes de cumprir esse objetivo.

Sinopse:

Os Homens que Odeiam as Mulheres é o primeiro livro publicado. Nele, o autor apresenta duas das personagens mais interessantes da literatura policial: Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander.

A trama inicia-se quando Mikael Blomkvist é julgado pelo crime de difamação de um financeiro poderoso e condenado a três meses de prisão. Sendo um dos diretores da revista Millennium, o jornalista deseja afastar-se das suas funções de modo a não prejudicar a publicação para a qual trabalha. Mas esse período de pausa está longe de ser o que era esperado. Henrik Vanger, que já foi um dos mais importantes industriais da Suécia, contacta o jornalista para uma missão secreta. Sob a fachada de estar a escrever a história da peculiar família Vanger, Mikael deverá descobrir à sobrinha-neta de Henrik, que desapareceu misteriosamente há 40 anos.

Paralelamente, Lisbeth Salander, uma jovem de 24 anos que é especialista em investigação pessoal enfrenta um novo problema na sua complicada vida. Considerada inapta e um perigo para a sociedade, Lisbeth vê a sua pouca liberdade ainda mais restringida, quando o seu tutor sofre de uma hemorragia cerebral. O seu caso é transferido para um novo responsável que vê nela uma rapariga indefesa que pode ser usada a seu bel-prazer. Contudo, depressa se aperceberá que está enganado.

Os caminhos de Mikael e Lisbeth cruzam-se durante a investigação encomendada por Vager , e juntos percebem que estão perante uma história mais obscura do que alguma vez poderiam ter imaginado.

Opinião:

Esta coleção é obrigatória para todos os que apreciam um policial. E até para aqueles que não gostam assim tanto. Os Homens que Odeiam as Mulheres está longe de ser considerado um livro com momentos aborrecidos. O ritmo rápido da ação garra desde a primeira página e faz querer desejar saber cada vez mais, tornando-se um verdadeiro vício.

Com um estilo de escrita claro e fácil de acompanhar, Larsson apresenta diálogos realistas e as descrições detalhadas que nos fazem sentir a tensão do desenrolar dos acontecimentos

E se o enredo é uma grande força de Larsson, as suas personagens não lhe ficam nada atrás. Lisbeth, com toda a sua atitude reprovadora, cativa desde o primeiro momento. Todos a veem dentro do estereótipo maníaco-agressivo, mas a verdade é que se trata de uma mulher que luta pelos seus direitos e valores, que é honesta e que, apesar de apresentar uma frágil, mostra que é possível alcançar o que desejamos se fizermos por isso. Mikael representa o jornalista correto que procura desmascarar as falhas na sociedade, mesmo que para tal coloque a sua reputação em risco. Encantador e profissional, é um homem completamente embrenhado nos seus princípios, capaz de tudo para ajudar os inocentes.

Ao mesmo tempo que presenteia o leitor com um bom entretenimento, o autor chama a atenção para o papel da mulher e para as situações de corrupção nos órgãos políticos e empresariais. Passando-se na Suécia, considerado um dos países com maior qualidade de vida do mundo, faz-nos refletir sobre os podres da nossa sociedade.  

Uma leitura que dá imenso prazer e que, findo o livro, faz desejar pegar logo no segundo volume da coleção.