sábado, 23 de novembro de 2013

Opinião: Maximum Ride - Salvar o Mundo (Maximum Ride #3)

Título original: Saving the World - And Other Extreme Sports (2007)
Autor: James Patterson
Tradutor: Rita Figueiredo
ISBN: 9789898626257
Editora: TopSeller (2013)

Sinopse:

Max e o seu bando estão destinados a grandes voos. Vivem em condições difíceis e não podem dar muito nas vistas. Afinal, seis miúdos com asas a atravessar os céus não passam despercebidos…
Nesta aventura o grupo vai ter de escapar ao terrível plano genocida criado por cientistas maléficos, os batas-brancas. E como se não bastasse, há um traidor entre eles. A união entre todos os elementos vai ser posta à prova enquanto enfrentam os inimigos mais poderosos de todos os tempos.
Será que um romance insuspeito, um blogue seguido por milhões de fãs e algumas revelações vão contribuir para que a missão de salvar o mundo seja realmente possível? Os leitores de James Patterson não vão descansar enquanto não tiverem a resposta certa. Mas cuidado: estas páginas são completamente viciantes.

Opinião:

Adrenalina, ação rápida, perigos e muitas aventuras. Salvar o Mundo retoma as características a que os dois primeiros volumes da série "Maximum Ride" já nos habituaram. Max e o seu grupo continuam a tentar perceber a razão de terem ADN de pássaro ao mesmo tempo que enfrentam uma organização que pretende mudar o mundo.

Desta vez, é dada a conhecer uma breve visão do lado do inimigo. Se nos livros anteriores não fica expressa com clareza o objetivo destes cientistas que alteram o código genético de crianças, com o fim a leitura não restam dúvidas dos seus planos e este é, sem dúvida, o ponto forte deste volume. É dada uma melhor visão da organização deste grupo e no seu modo de atuar, o que remete, claramente, para a força das grandes corporações nos mercados e finanças mundiais.

Os acontecimentos narrados continuam a colocar as personagens em perigo, mas desta vez existe uma clara divisão na leitura. Numa primeira fase não acontece nada de relevante. As personagens, por alguma razão, veem-se numa situação complicada, um dos membros do grupo de Max é tido como traidor, são feitas algumas revelações e tudo isso pode parecer emocionante, mas não a verdade é que não tem qualquer peso para o final do livro ou para a continuação desta série. Afinal, se esta primeira parte não existisse tudo o que vem a seguir poderia continuar a ter acontecido, o que faz pensar que o autor estava sem ideias concretas e tentou criar uma reviravolta aparente que apenas serviu para escrever mais uma série de páginas. Assim sendo, a primeira metade do livro é, sem dúvida, o ponto mais fraco pela sua irrelevância e pouco fundamento.

Já na segunda metade da leitura é quando tudo o que é interessante acontece. As personagens saem dos Estados Unidos da América e com isso é possível verificar que a conspiração é, realmente, a nível mundial. Aqui sim são feitas revelações com peso para a série, não só ao nível dos planos do inimigo, mas também quanto ao objetivo da criação destas crianças-pássaro e até mesmo quanto às origens de alguns dos elementos do grupo principal da narrativa. Algumas peças do mistério começaram a ligar e a fazer sentido.

É com curiosidade que se assiste ao poder na internet para a transmissão global de informação. O facto de o autor colocar uma das suas personagens como criador de um blogue onde tudo o que acontece à Max e ao se grupo é relatado faz pensar no poder desta forma de comunicação. É impossível não deixar de reparar na variedade de respostas que são obtidas, muito à semelhança do que acontece com estrelas da música ou do cinema. Existem visitantes que se demonstram solidários com esta causa e procuram formas de ajudar o grupo, sendo os mais equilibrados, assim como aqueles que os veem como ídolos e prestam uma total devoção, como ainda aqueles que anseiam ser um deles, sem pensar na dor que tal acarreta. 

O estilo de escrita utilizado por James Patterson segue o registo dos outros volumes e continua a soar a juventude. O autor compreende bem o público a que se dirige, o que o leva a fazer com que Max e o seu grupo utilizem expressões apropriadas às suas idades. Também a própria narração se adequa ao público, uma vez que não se prende em descrições detalhadas ou profundas reflexões, mas sim à apresentação de cenas de ação rápida. É curioso ver que os capítulos que têm Max como narrador apresentam o tipo de linguagem da personagem enquanto os restantes possuem um narrador ausente e objetivo.

Apesar de ser, na minha opinião, o volume mais fraco até ao momento, Maximum Ride - Salvar o Mundo é uma leitura rápida, muito graças aos capítulos curtos e repletos de ação que levam a ler mais um, e mais um, e mais um. Fica a vontade de ver como tudo se vai resolver assim como o autor irá desenvolver as relações entre as suas personagens nos próximos livros desta série destinada a um público mais jovem.

Outras opiniões a livros de James Patterson:
Maximum Ride - O Resgate de Angel (Maximum Ride #1)
Maximum Ride - Adeus à Escola (Maximum Ride #2)
Confissões de Uma Suspeita de Assassínio (Confissões #1)

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