segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Opinião: Pede-me O Que Quiseres Agora e Sempre (Pede-me O Que Quiseres #2)

Título Original: Pídeme lo que quieras, ahora y siempre (2013)
Autor: Megan Maxwell
Tradução: Cristina Silva
ISBN: 9789896574826
Editora: Planeta (2014)

Sinopse:

Intensa história de amor, povoada de fantasias sexuais, tensão e erotismo, onde os protagonistas tratam por tu a paixão. Após provocar o seu despedimento na empresa Müller, Judith está disposta a afastar-se para sempre de Eric Zimmerman, e decide refugiar-se na casa do pai em Jerez.Angustiado pela partida de Judith, Eric segue-lhe o rasto. O desejo continua latente entre ambos e as fantasias sexuais estão mais vivas do que nunca, mas desta vez é Judith quem impõe as condições, que ele aceita em nome do amor que professa.Tudo parece voltar à normalidade, até que um telefonema inesperado os obriga a interromper a reconciliação e deslocarem-se a Munique. Longe do seu ambiente, numa cidade hostil e com o aparecimento do sobrinho de Eric, um contratempo com o qual não contava, a jovem terá de decidir se lhe deve dar uma nova oportunidade ou, pelo contrário, começar um novo futuro sem ele.

Opinião: 

Pede-me O Que Quiseres Agora e Sempre, segundo volume da trilogia "Pede-me O Que Quiseres", de Megan Maxwell, inicia a narrativa no exacto momento em que o primeiro livro termina. Desta forma, o leitor sente que não perdeu qualquer momento da história, mas sim está a acompanhar todos os momentos do romance que existe entre Judith e Eric.

Este livro mantém as características do primeiro volume, não fornecendo qualquer elemento de choque ou surpresa. Mais uma vez a relação de Judith e Eric é o foco principal da história e, por isso mesmo, a história está recheada de momentos de grande erotismo mas também de fortes confrontos que ocorrem devido ao choque de personalidades destas duas figuras. Afinal, Judith continua a ser uma mulher latina de espírito impulsivo e Eric é o homem frio da Alemanha.

Nota-se uma certa evolução das personagens que formam o casal romântico, uma vez que parecem estar a adaptar-se uma à outra. Algumas das atitudes de Eric continuam a causar algum desconforto, muito devido ao seu carácter autoritário, mas é perceptível uma maior contenção. Também Judith parece ter deixado de ser tão submissa e finalmente ter começado a lutar pelos seus interesses, o que me parece ser um melhor exemplo do que aquele que deu no primeiro livro da trilogia.  E se alguns diálogos continuam a parecer forçados, existe ainda um outro factor que me incomoda e persiste: os estereótipos ligados à nacionalidade. Eric e Judith estão sempre a justificar as atitudes um do outro como sendo "latinas" ou "alemãs" e isso parece-me limitador e até preconceituoso.

Para além das voltas que este romance dá e que acabam por estimular a leitura, existe ainda um outro factor que gera interesse. A relação de Judith com Flynn, o sobrinho do amado, é muito interessante. Afinal, o pequeno é possessivo, tem uma personalidade forte e é uma criança difícil de conquistar. É com curiosidade que se assiste ao confronto inicial entre Judith e Flynn e à forma como a protagonista tenta marcar o seu lugar na casa de Eric ao mesmo tempo que procura a aceitação do pequeno. A paciência e compreensão acabam por ser as melhores armas de Judith e este relacionamento acaba por servir de exemplo para a vida real.

A leitura é rápida e descomplicada, muito devido à linguagem e à simplicidade da trama. A história segue uma linha que está longe de ser original e acaba por ser bastante previsível. Afinal, tal como já aconteceu no primeiro volume, existem inúmeras zangas e provas de amor que pouco fazem avançar a narrativa e que fazem adivinhar facilmente os intuitos da autora. Mais uma vez, fica a ideia de que a história que Megan Maxwell quer contar poderia funcionar perfeitamente num só livro.

Este é um volume que acaba por corresponder às expectativas, já que segue de forma fiel as ideias que foram transmitidas no primeiro livro. Quem ficou cativado por Megan Maxwell vai com certeza apreciar esta leitura, mas quem não ficou impressionado não vai encontrar nada de novo ou de entusiasmante. No final, a autora dá pistas de como vai encerrar a história de amor entre Judith e Eric, ficando a ideia de que pretende permanecer fiel a tudo o que até agora apresentou. Agora é uma questão de esperar a publicação do livro que concluí a trilogia para confirmar esta sensação.

Outras opiniões a livros de Megan Maxwell:
Pede-me O Que Quiseres (#1)

Sem comentários: