sábado, 13 de outubro de 2012

Opinião: Eu, Ela e os Vampiros



Autor: Carlos Rodrigues
ISBN: 9789896976507
Editora: Chiado Editora

Sinopse:

Parecia uma visita de estudo igual a tantas outras, mas a presença de uma força maligna fez despertar os poderes de Carlos e Diana. Agora, os dois jovens têm de enfrentar uma antiga batalha entre o Bem e o Mal, afinal os vampiros são uma realidade que ameaça a vida humana.

Com a ajuda de Diametri, os dois heróis treinam os seus novos poderes concebidos por anjos guardiões e tornam-se guerreiros num combate onde a vida como a conhecemos está em jogo. Afinal, um poderoso inimigo está perto de conseguir retomar a totalidade dos seus poderes depois de muitos anos de aprisionamento. Está nas mãos de Carlos e Diana impedir que o mal invada e corrompa o mundo.

Opinião:

Com forte inspiração na mitologia vampírica, Carlos Rodrigues transportou a luta entre o bem e o mal para a região norte de Portugal. Com dois protagonistas adolescentes, este é um livro aconselhado a um público mais jovem.

O autor transporta o leitor através de um estilo de escrita simples e fluido, sendo este o seu ponto forte. Não existem margens para dúvida acerca do que é pretendido transmitir e a narrativa é acompanhada com facilidade.

O início da leitura apresenta um ritmo muito rápido, não dando muito espaço ao leitor de conhecer as personagens. Os heróis deparam-se logo com o inimigo da trama e as explicações sobre este universo e sobre a história que envolve o enredo são muito escassas. Tudo parece ser aceite facilmente pelos dois heróis e os obstáculos parecem ser ultrapassados com demasiada facilidade, tendo em conta que se tratam de dois jovens em aprendizagem que lutam contra forças antigas e poderosas. A ação desenrola-se rapidamente, e o leitor não cria facilmente empatia com as personagens, sendo que só mais à frente na leitura é que tal pode vir a acontecer.

O leitor habituado a enredos que envolvem sociedades vampíricas pode não se sentir estimulado para esta leitura, uma vez que a componente fantástica desta obra poderia estar melhor explorada. Apesar de ser preciso ter em conta que este é o primeiro volume de uma saga, e que por isso funciona num nível introdutório, a verdade é que se sente falta de uma maior explicação sobre os fundamentos que regem as forças do bem e do mal, de modo a que estes tenham uma maior força na narrativa.

Existem certos momentos inseridos nas cenas familiares que surgem de forma inesperada e interessante. São bons modelos para os leitores jovens, e representam as desavenças e a proteção que existe no seio de uma família unida. A própria amizade entre as duas personagens principais está bem representada, sendo bastante inocente e genuína, típica da idade.

Este primeiro volume não marca particularmente, mas fica a crença que o autor, dotado de belas capacidades de escrita, é capaz de um maior desenvolvimento nos próximos livros desta saga, onde será interessante assistir ao crescimento das suas personagens.

1 comentário:

Inês Santos disse...

Eu acho que se a parte escrita e a linguagem estiverem bem, a parte do enredo fica para segundo plano mas tambem é importante.

Penso que é um livro de um autor português que talvez experimente.