Opinião: Magia ao Vento (Irmãs Drake #1)

Título original: Magic in the Wind (2005)
Autoria: Christine Feehan
Tradução: Nânci Marcelino

ISBN: 9789896373269
Editora: Edições Saída de Emergência (2011)

Sinopse:

“Magia ao Vento” é o primeiro livro da série Irmãs Drake, na qual Christine Feehan conta a história de sete mulheres que estão unidas pelo sangue e pela magia. Neste primeiro volume, a autora dá-nos a conhecer Sarah, a mais velha destas irmãs, que depois de uma longa ausência regressa a Sea Heaven, uma pacata vila costeira dos Estados Unidos da América. Este é um local pequeno, no qual todas as pessoas se conhecem umas às outras, por isso a chegada de Damon Wilder, não passa despercebida a ninguém. Damon é um homem de passado sofredor, que se refugia naquela vila com o objetivo de ter paz e tranquilidade. Contudo, quando se apercebe do rodopio que a aldeia vive com a chegada de Sarah, fica intrigado. Os dois acabam por se conhecer e sentem uma ligação imediata. Mas a paz da vila é perturbada quando o passado de Damon o encontra e volta a colocar em risco a sua vida.

Opinião:

Este é um livro muito pequeno que se lê num ápice, mais devido ao seu número de páginas do que graças ao interesse da narrativa.

A trama está construída de uma forma previsível, apesar das tentativas da autora para incutir algum mistério. É a tradicional fórmula de homem e mulher conhecem-se, apaixonam-se perdidamente, têm que superar obstáculo para concretizar o amor. Possui elementos interessantes, mas dado que se trata de um livro tão pequeno (157 páginas), carece de desenvolvimento, o que lhe fornece um caráter mais superficial.

As personagens acabam por sofrer com essa falta de espaço para um maior desenvolvimento e caracterização. Drake é o tradicional homem sensual e atormentado, que é capaz de dar a vida para proteger a amada. Sarah é uma mulher forte e independente, que julga nunca conseguir encontrar um grande amor. Quando os dois finalmente se encontram, a química é instantânea, e, a partir daí, o leitor adivinha o que está para acontecer. Esta é uma relação que parece surgir de um modo demasiado fácil, até porque se tratam de duas pessoas muito desiguais. Seria esperado um maior conflito inicial, mas tal não acontece.

A componente mágica da família Drake é, sem dúvida, o fator de maior interesse de todo o livro. É possível ter um leve vislumbre das outras seis irmãs, que são possuidores de personalidades e objetivos de vida muito distintos. Mas, apesar das diferenças, a união que existe entre estas sete mulheres é bastante forte. Todas elas são possuidores de uma capacidade sobrenatural diferente, e, nos poucos momentos em que tais são descritas, percebe-se que existe uma forte história familiar. Porém, este lado não é muito explorado no primeiro volume.

Focado no romance, “Magia ao Vento” parece surgir como uma breve introdução à série. Contudo, o pouco desenvolvimento que existe neste livro pode desmotivar os leitores. Para mim, foi uma leitura que se fez num dia, intercalada por outras mais pesadas. Gostaria de conhecer melhor a história da família Drake, mas tenho receio de que os livros que se seguem continuem a seguir a fórmula do primeiro volume. É uma coleção mais direcionada aos apreciadores de histórias de amor do que de fantasia.