Autor: Philippa Gregory
Título
Original: The Other
Queen (2008)
Tradução: Maria Beatriz Sequeira
Tradução: Maria Beatriz Sequeira
ISBN: 9789722627702
Editora: Civilização Editora (2009)
Editora: Civilização Editora (2009)
Sinopse:
De modo a controlar a influência da prima, Maria
Stuart, a Rainha dos Escoceses, a Rainha Isabel I de Inglaterra decide colocá-la
em prisão domiciliária. Assim, a bela Rainha Maria é deixada aos cuidados do conde
de Shrewsbury e da sua mulher, Bess de Hardwick. Contudo, o cativeiro não
impede a monarca dos Escoceses de engendrar planos com forças exteriores para
retomar o seu trono e para se vingar da prima.
Se, inicialmente, Bess ficou maravilhada com a possibilidade
de ter em sua casa tão nobre presença, com o tempo vai perceber que é a
anfitriã de um verdadeiro fardo que vai colocar em causa a fortuna que
conseguiu alcançar com tanto esforço e o casamento que foi realizado há menos
de um ano. Afinal, Maria é uma mulher de muitos encantos e vai utilizar todas
as suas armas de sedução para alcançar os seus objetivos. Estar presa não significa
ficar parada.
Opinião:
Philippa Gregory é reconhecida pelo seu talento em escrever
romances históricos, nomeadamente sobre a época Tudor. Em “A Outra Rainha” é
fornecido ao leitor uma visão sobre uma série de acontecimentos que costumam
ser apresentados no ponto de vista da corte inglesa.
Com capítulos pequenos que são relatados na primeira pessoa por
três personagens diferentes, Maria (Stuart), Bess (de Hardwick) e Jorge (o
conde de Shrewsbury), o leitor fica com acesso a diferentes prespectivas.
Enquanto Maria é uma mulher de grande orgulho e autoestima que luta até ao
último momento pela possibilidade de reaver o seu trono na Escócia e de retomar
o filho nos braços, Bess é uma interessante mulher empreendedora que nasceu no
seio da pobreza e que, graças à sua inteligência e ambição conseguiu
construir uma fortuna que procura manter a todo o custo. Já Jorge é um homem que
é movido pelo sentimento de honra, mesmo que tal o venha a prejudicar.
Apesar de inicialmente este parecer um conceito interessante, a verdade é que não é fácil entrar na narrativa. O começo é lento e pouco cativante, sendo a leitura motivada pelo pequeno tamanho dos capítulos. Quando as três personagens anteriormente referidas finalmente se encontram, a trama começa a ganhar maior interesse. Se, por um lado, a arrogância de Maria perante os seus anfitriões é incomodativa, a verdade é que a sua persistência, inteligência e técnicas de sedução são interessantes. Bess prometia ser uma das grandes forças desta obra, por ser uma mulher diferente das do seu tempo, mas as suas constantes alusões ao dinheiro, propriedades e casas torna os seus capítulos pouco estimulantes e cansativos. Apreciei os conflitos interiores de Jorge, que faz de tudo para garantir a palavra que deu à Rainha de Inglaterra ao mesmo tempo que se enamora da Rainha dos Escoceses.Contudo, é um homem demasiado ingénuo apesar da idade, e pouco dotado a nível intelectual.
Não é fácil estabelecer uma ligação emocional com estas
personagens, o que prejudica a leitura. O facto de a ação ser lenta e de a
escrita estar demasiado focada em reflexões pessoais também não ajuda. O maior
impulsionador é a intriga política subjacente a todos os acontecimentos
relatados, numa época em que se assiste a uma verdadeira luta entre
protestantes e católicos.
"A Outra Rainha" pode ser uma boa forma de conhecer melhor uma história que é pouco explorada da época Tudor. Não é um livro marcante nem é um dos melhores da autora.
3 comentários:
Da Phillipa Gregory só tentei ler "A Rainha Branca" e nem cheguei a meio do livro.
Olá,
Ainda não li nada desta escritora embora escreve dentro de um genero que gosto que é o Romance Histórico.
Tenho ouvido boas criticas aos seus livros mas parece que este volume não está ao nível rzrzrzr
Quais os que recomendas Cláudia ?
BJS
Olá!
Confesso que desta autora, para além do "A Outra Rainha", li apenas o "Duas Irmãs, um Rei", livro do qual gostei imenso, talvez por retratar a relação entre Henrique VIII e Ana Bolena.
Addle, o que te levou a desistir de "A Rainha Branca"?
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