quarta-feira, 30 de abril de 2014

Novidades da 1001 Mundos para maio

Caos Maravilhoso, de Kami Garcia e Margaret Stohl

Sinopse: Ethan Wate julgou estar a habituar-se às estranhas coisas impossíveis que se desenrolavam em Gatlin. Porém, agora que Ethan e Lena voltaram para casa, estranho e impossível assumiram novos significados. Enxames de gafanhotos, um recorde de calor e tempestades devastadoras arrasam Gatlin enquanto Ethan e Lena tentam perceber as consequências do Chamamento de Lena. Até a família de Lena é afetada - e as suas habilidades começam a falhar perigosamente. Com o tempo, uma questão torna-se clara: o que - ou quem - terá de ser sacrificado para salvar Gatlin?
Para Ethan, o caos é uma distração assustadora, mas bem-vinda. Ele está de novo a ser perseguido nos sonhos, mas desta vez não por Lena - e tudo o que o assombra segue-o para fora dos sonhos até à sua vida quotidiana. Ainda pior, Ethan está gradualmente a perder pedaços de si - esquecendo nomes, números de telefone, e até memórias. Não sabe porquê e na maioria dos dias, tem medo de perguntar.
Às vezes, não há apenas uma resposta ou uma escolha. Às vezes não há como voltar atrás. E desta vez não haverá um final feliz.

Neste novo romance, Ridley perdeu os poderes, Link é um Íncubo e as habilidades da família de Lena andam a falhar. Enxames de gafanhotos devoram todo o verde de Gatlin. Um calor sufocante deixa a relva castanha e os humores negros. Raios riscam o céu e tempestades assustam os animais. O equilíbrio foi destruído. Aparentemente, quando se Chamou, Lena pode ter sido dado o pontapé de saída para o Apocalipse.


Drácula, de Bram Stoker

Sinopse: Poucos leitores irão esquecer a atmosfera de pesadelo do sinistro castelo do conde Drácula, na Transilvânia, as deambulações dos mortos-vivos e a tensão de gelar o sangue antes do emocionante desfecho.
Drácula narra a luta de um grupo de homens e uma mulher - Dr. Seward, Dr. Van Helsing Jonathan Harker e a sua mulher Mina - para destruírem o vampiro, cujos sinistros caixões cheios de terra são descobertos por Harker numa capela em ruínas ao lado do hospício do Dr. Seward. Cruel e nobre, maldosa e fatalmente desejável para as mulheres, Drácula possui uma sede terrível de poder e, como o Dr. Jekyll, ou Moriarty de Conan Doyle, é um dos monstros imortais da ficção.
Quando o solicitador Jonathan Harker visita a Transilvânia para ajudar o conde Drácula com a compra de uma casa em Londres, faz descobertas terríveis sobre o seu cliente e o seu castelo. Pouco depois, uma série de incidentes perturbadores desenrola-se em Inglaterra: um navio não tripulado naufraga em Whitby; marcas de perfurações estranhas aparecem no pescoço de uma jovem mulher, e um louco internado num hospício delira sobre a chegada iminente do seu «mestre». Na batalha que se segue entre o sinistro conde Drácula e um grupo de adversários determinado, Bram Stoker criou uma obra-prima do terror, aprofundando as questões da identidade e sanidade humanas, e iluminando os cantos escuros da sexualidade e do desejo vitorianos.
Uma verdadeira obra-prima, Drácula transcendeu gerações, linguagem e cultura para tornar-se um dos romances mais populares alguma vez escritos. É por excelência uma história de suspense e horror, que ostenta um dos personagens mais terríveis que já nasceram na literatura: o conde Drácula, um espectro trágico e noturno que se alimenta do sangue dos vivos, e cujas paixões diabólicas depredam os inocentes, os desamparados, e os belos. Mas Drácula também se destaca como uma saga alegórica de um ser eternamente amaldiçoado cujas atrocidades noturnas refletem o lado sombrio da era extremamente moralista em que foi originalmente escrito - e os desejos corruptos que continuam a atormentar a condição humana moderna.

Novidades da Quinta Essência para maio

Amanhecer ao Luar,de Jude Deveraux

Sinopse: Com esta nova trilogia situada na bela povoação de Edilean, na Virgínia, Jude Deveraux conta-nos a história de três jovens mulheres, melhores amigas da faculdade, das suas vidas, dos seus amores e dos sonhos que pretendem realizar.
Por sugestão da sua grande amiga Kim, Jecca Layton deixa de lado o mundo da arte de Nova Iorque para passar o verão entregue à sua paixão, a pintura, enquanto desfruta da unida comunidade artística de Edilean.
O primo de Kim, Tristan Aldredge — o atraente e dedicado médico da povoação — sente há anos uma profunda atração pela «irmã» universitária da prima, embora até então só a tenha visto uma vez na vida; agora, Jecca sente-se cativada pelos encantos deste homem forte e sensível num verão de prazer sensual.
Porém, quando as nuvens negras anunciam o regresso de Jecca à «vida real» e à grande cidade, os amantes devem tomar uma decisão: poderão sobreviver à separação? E qual dos dois sacrificará parte dos seus sonhos para poderem continuar juntos?


Sedução Perigosa, de Jess Michael

Sinopse: Timida, obstinada e bela, Penelope está determinado a expor os casos licenciosos dos homens mais atrevidos da sociedade. Agora um deles - o libertino arrependido Jeremy Vaughn, duque de Kilgrath - foi escolhido para pôr fim à interferência da pudica senhora. O plano de Jeremy é diabolicamente inteligente: irá juntar-se à guerra de Penelope contra a imoralidade, lutando apaixonadamente ao seu lado, ao mesmo tempo que a enche de missivas eróticas anónimas destinadas a excitar mesmo a mais fria e mais relutante mulher. Irá derrubar as suas defesas e inflamar os seus desejos reprimidos por acompanhá-la (no interesse da sua «nobre campanha») aos palácios do prazer mais notórios de Londres. E irá visitar o boudoir dela - mascarado - durante a noite para a ensinar nas artes deliciosamente pecaminosas ela deseja abolir. Em seguida, irá expor a sua hipocrisia ao mundo.
Mas o esquema do belo duque está fadado ao fracasso pois a bela Penelope liberta-se de todas as inibições e cede livremente a todos os caprichos dele. Pois neste jogo sensual de corações, é o sedutor que se torna seduzido.



Aquisições de abril (2)

O Herói Desaparecido, de Rick Riordan

Sinopse: Jason tem um problema. Não se lembra de nada antes de acordar num autocarro escolar de mãos dadas com uma miúda. Aparentemente, é a namorada Piper, e o seu melhor amigo é um rapaz chamado Leo, e os três são alunos da Escola Wilderness, um internato para «crianças más». O que terá feito para acabar ali, Jason não tem a mais pequena ideia, excepto que tudo parece muito errado.
Piper tem um segredo. O pai está desaparecido há três dias, e os pesadelos vívidos revelam que corre um perigo terrível. Agora o namorado não a reconhece, e quando uma estranha tempestade e estranhas criaturas atacam durante uma viagem da escola, ela, Jason e Leo são levados para um lugar chamado Campo dos Mestiços. O que está a acontecer?
Leo tem jeito com ferramentas. A nova cabana no Campo dos Mestiços está cheia delas. Este lugar é selvagem, com treinos com armas, monstros e raparigas bonitas. O que o incomoda é a maldição de que todos falam quando desaparece um jovem. O mais estranho é que os companheiros insistem que são todos, incluindo Leo relacionados com um deus.

Ver opinião a este livro aqui.


A Bibliotecária, de Logan Belle

Sinopse: Mais de um milhão de livros vendidos, sendo já um best-seller nos Estados Unidos
Austrália, Nova Zelândia e Canadá. A autora inspirou-se na vida da famosa pin-up Bettie Page, que fez capas de revista em todo mundo pela sua vida controversa principalmente da forma como abordava a sexualidade feminina.
A história tem como protagonista uma jovem que trabalhou arduamente para conseguir o seu emprego de sonho: ser bibliotecária da prestigiada Main Branch of the New York Public Library. Um dia em que vagueia pelos corredores da biblioteca descobre um casal a fazer amor o que desencadeia nela uma mistura confusa de repulsa pelo acto e desejo por ele que a começa a consumir. Sem saber o que fazer ou como agir, descobre por acaso o segredo num livro que revela a história de Bettie Page.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Opinião: God of War

Título Original: God of War (2010)
Autores: Matthew Stover e Robert E. Vardeman
Tradução: Maria João Trindade
ISBN: 9789896374990
Editora: Edições Saída de Emergência (2014)

Sinopse:

Como guerreiro feroz, Kratos é escravo dos deuses do Olimpo. Atormentado pelos pesadelos do seu passado e ansiando pela liberdade, o Fantasma de Esparta tudo faria para se livrar da sua dívida aos deuses. Está prestes a perder todas as esperanças quando os deuses lhe dão uma última tarefa para acabar com a sua escravidão: tem de destruir Ares, o Deus da Guerra.
Mas que hipóteses tem um mero mortal de vencer um deus? Armado com as mortíferas Lâminas do Caos, que lhe foram acorrentadas, orientado pela deusa Athena e guiado pela sua própria sede insaciável de vingança, Kratos procura a única relíquia suficientemente poderosa para matar Ares… uma demanda que o levará às profundezas do misterioso templo carregado pelo Titã Cronos!
Das obscuras profundezas do Hades à cidade de Atenas devastada pela guerra, até ao deserto perdido nos confins da capital grega, God of War oferece uma nova perspetiva brutal sobre o videojogo bestseller e sobre a lenda de Kratos.

Opinião: 

God of War é inspirado no jogo de vídeo homónimo, cuja primeira edição foi lançada em 2005. O sucesso originou uma série de jogos e ainda um livro, de autoria de Matthew Stover e Robert E. Vardeman. Confessou que nunca joguei "God of War", mas vi o meu pai fazê-lo e confesso que fiquei interessada na história. Por isso, foi com alguma expectativa que iniciei esta leitura.

A narrativa começa quando Kratos procura libertar-se do jugo dos deuses e esquecer recordações dolorosas. Existe desde o início uma vontade de conhecer o passado doloroso desta figura, e ao longo da leitura é possível perceber o que aconteceu. O mistério quebra-se mas a informação fundamente a revolta e a fúria de Kratos, apesar de carecer de uma maior exploração.

Os capítulos alternam entre a visão de Kratos e a visão de Atenas. Confesso que não fiquei muito agradada como os capítulos de Kratos são relatados. É certo que se trata de uma trama inspirada num jogo de vídeo, mas não gostei da sensação de estar a ler um relato de um jogo. Mesmo quando o passado é apresentado, Kratos não deixa de ser uma figura superficial e que não consegue criar um mínimo de empatia com o leitor. É o típico mauzão que procura vingança, sendo que muitas das suas acções parecem excessivas por não serem devidamente explicadas. Já as batalhas que trava fazem imaginar um ecrã com os típicos elementos de energia e de escolha de armas, o que não é propriamente agradável.

Já os capítulos que revelam a visão de Atenas são mais apelativos. É através da deusa da sabedoria que se assista à intriga propriamente dita, ficando a percepção de que Kratos não passa de um peão. Gostei da forma como esta deusa manipula o Fantasma de Esparta, e dos sentimentos contraditórios que sente por ele. Tornaram-na na personagem melhor conseguida do livro. O contacto de Atenas com os outros deuses é também muito interessante, já que é desta forma que ficamos a conhecê-los e percebemos que eles são mais mesquinhos e interesseiros do que pode parecer numa primeira análise.

A sequência de acontecimentos não revela grandes surpresas, parecendo mesmo que Kratos está apenas a passar níveis até finalmente conseguir chegar ao "Big Boss". Contudo, existem alguns elementos que estão bem descritos e que fazem o leitor imaginar cenários bastante interessantes. Por outro lado, existem descrições que causam estranheza, especialmente por não corresponderem ao tempo histórico em que a trama acontece. Ver Zeus dizer "ensinar o padre-nosso ao vigário" ou ver um espaço comparado a "um campo de futebol" faz pensar sobre a falta de cuidado dos autores no processo de escrita, já que naquele tempo não existiam nem vigários nem campos de futebol.

God of War fica aquém das expectativas. O enredo peca por parecer repetitivo e possuir muitos momentos aborrecidos, para além de que a personagem principal está longe de ser o aspecto mais forte do livro. A conclusão está interessante, mas não foi o suficiente para tornar esta leitura marcante.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Opinião: O Herói Desaparecido (Os Heróis do Olimpo #1)

Autor: Rick Riordan
Título Original: The Lost Hero (2010)
Tradução: Nuno Daun e Lorena
ISBN: 9789896574918
Editora: Planeta (2014)

Sinopse:

Jason tem um problema. Não se lembra de nada antes de acordar num autocarro escolar de mãos dadas com uma miúda. Aparentemente, é a namorada Piper, e o seu melhor amigo é um rapaz chamado Leo, e os três são alunos da Escola Wilderness, um internato para «crianças más». O que terá feito para acabar ali, Jason não tem a mais pequena ideia, excepto que tudo parece muito errado.
Piper tem um segredo. O pai está desaparecido há três dias, e os pesadelos vívidos revelam que corre um perigo terrível. Agora o namorado não a reconhece, e quando uma estranha tempestade e estranhas criaturas atacam durante uma viagem da escola, ela, Jason e Leo são levados para um lugar chamado Campo dos Mestiços. O que está a acontecer?
Leo tem jeito com ferramentas. A nova cabana no Campo dos Mestiços está cheia delas. Este lugar é selvagem, com treinos com armas, monstros e raparigas bonitas. O que o incomoda é a maldição de que todos falam quando desaparece um jovem. O mais estranho é que os companheiros insistem que são todos, incluindo Leo relacionados com um deus.

Opinião:

Rick Riordan é o autor da conhecida série de livros protagonizados por Percy Jackson, um semideus filho de Poseídon. Infelizmente não tive oportunidade de ler todos os livros dessa série composta por cinco volumes, tendo apenas ficado pelo segundo. Contudo, recordo que apesar do tom mais juvenil, fiquei cativada pela forma como o autor misturou a mitologia grega com  aspectos tão comuns dos dias de hoje. Foi por isso com expectativa que peguei em O Herói Desaparecido, o primeiro volume de uma nova série que se passa no mesmo mundo que Percy Jackson.

O início deste livro faz recordar a fórmula usada no início de Percy Jackson. Mais uma vez, voltamos a assistir a uma visita de estudo que é interrompida por um ataque de monstros. Alguém próximo do herói revela ser um sátiro responsável pela protecção de semideuses e é a partir daí que o herói percebe quem realmente é. Contudo, existem também algumas diferenças; apesar de o herói ser Jasão existem outras duas figuras de grande destaque, Piper e Leo, para além de que Jasão tem uma menor memória do seu passado. Logo aqui percebemos que estamos perante um mistério que vai condicionar a trama.

Mais uma vez, voltamos ao Campo de Mestiços e voltamos a deparar com algumas das personagens que ficaram conhecidas na série Percy Jackson, apesar de agora terem um papel menos relevante. Este facto fortalece a noção de proximidade do leitor com o livro. Eu confesso ser fã do Campo dos Mestiços, por isso foi com uma grande satisfação que lá regressei. Adoro a organização dos semideuses por diferentes cabanas, cada uma dedicada a um dos deuses do Olimpo. Gosto da forma como o autor consegue transmitir as características de cada deus através da descrição de uma casa, mas também através das personalidades dos seus filhos. É interessante ver como os semideuses se organizam dentro das suas casas e com os filhos de outros deuses. Gosto ainda do ambiente de campo de férias permanente, no qual existe um verdadeiro espírito de camaradagem e muitos desafios.

Eu já gostava da forma como o autor incorporava os elementos da mitologia grega em situações modernas e da caracterização das figuras mitológicas, mas este livro conseguiu deixar-me ainda mais entusiasmada quanto a este aspecto. Isto porque também surge mitologia romana! Ao início é algo que surge um pouco confuso, quase que parece um engano ou uma troca de palavras. Depois, percebe-se que afinal tudo foi propositado. O autor mostra de que forma as duas culturas se interligam e se separam, sugerindo uma nova perspectiva sobre acontecimentos passados e ainda oferecendo novas possibilidades para os próximos livros desta série. Gostaria de ter visto este lado mais explorado neste livro, contudo tal foi apenas apresentado. E é por querer ver onde tudo isto vai parar que estou mais ansiosa pelo próximo volume.

E se existem pontos fortes que muito me agradaram, também existem outros que não corresponderam às minhas expectativas. Penso que a maior falha deste livro vai mesmo para a caracterização das três personagens principais. Jasão é o herói valoroso, humilde e fiel que se arrisca em detrimento de um bem maior. Piper é a menina bonita e apaixonada, que não acredita na sua própria beleza, que tem problemas de confiança apesar de ter imensas qualidades e que procura mostrar a todo o custo que é mais do que deixa transparecer. Já Leo é o amigo fiel, o típico elemento cómico de um grupo, sem noção concreta do perigo e, por isso, que acaba sempre por se envolver em situações caricatas. Estes três não me impressionaram, sendo que os vilões que enfrentam acabam por ser muito mais interessantes, nomeadamente Medeia e Hera (apesar de esta última ser dúbia).

O tom utilizado é juvenil, o que por vezes pode causar estranheza. O enredo acaba por não guardar grandes surpresas. O autor dá imensas pistas sobre o caminho para onde quer levar esta narrativa, o que faz com que tudo seja previsível e que grandes mistérios sejam desvendados muito antes de alguém realmente os revelar. Quero ainda deixar uma nota para o facto de o nome de Jasão estar traduzido no livro mas não na sinopse, o que causa estranheza. Este foi um dos poucos nomes traduzidos e, na minha opinião, tal faz sentido.

O Herói Desaparecido não é uma leitura exigente, mas sim um livro que entretém e que faz recordar mitologia. Os fãs de Percy Jackson vão ficar agrados com esta nova colecção que promete apresentar mais novidades para além de retomar heróis antigos. "Os Heróis do Olimpo" é uma nova série composta por cinco livros que pode ser lida até por quem nunca leu nada do autor. Eu vou ficar á espera do segundo volume.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Feliz Dia Internacional do Livro e dos Direitos de Autor!

Hoje é o dia de comemorarmos os livros, esses volumes que fornecem conhecimento, fazem viajar e viver tantas aventuras. Mas conhecem a origem desta celebração?

Surgiu na Catalunha, em Espanha, em 1926. A data escolhida inicialmente era o 5 de abril, pois era o dia de nascimento do escritor Miguel de Cervantes. Desta forma, o governo espanhol comemorava não só o escritor como também a Feira do Livro Espanhol. Só a parir de 1930 é que a data passou a ser o 23 de abril, o dia do falecimento do mesmo escritor.

Em 1995, a UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) insituiu o 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor. A razão da data não estava apenas associada ao facto de se assinaliar a morte de Miguel de Cervantes como ainda de outros autores, como William Shakspeare (apesar de não ser preciso), Vladimir Nabokov,  Garcilaso de la Vega e Josep Pla.

O objectivo da UNESCO é promover o prazer da leitura, a publicação de livros e a protecção dos direitos autorais. Assim sendo, de que forma estão a pensar celebrar o dia?

terça-feira, 22 de abril de 2014

Opinião: O Olho da Lua (A Saga de Bourbon Kid #2)

Autor: Anónimo
Título Original: The Eye of the Moon (2009)
Tradução: Leonor Bizarro Marques
ISBN: 9789895579044
Editora: Asa (2014)

Sinopse: 

Depois de dezoito anos de chacinas (e quantidades industriais de bourbon) é altura de Bourbon Kid parar com a matança. Porém, Peto, o monge de Hubal, regressa a Santa Mondega com o misterioso Olho da Lua, à procura do assassino encapuçado, e não está sozinho.
À medida que a Noite das Bruxas se aproxima, os heróis improváveis Dante e Kacey são mais uma vez sugados para o violento vórtice do mal, juntamente com bandos de vampiros (e um ou outro lobisomem). Acrescentem-lhe Sanchez (o barman indiscreto), os Serviços Secretos, Jessica (o anjo de morte) e um novo Senhor das Trevas e haverá novo banho de sangue não tarda.
Quando o golpe para liquidar o Kid falha, os que o querem ver morto descobrem que a situação sofreu uma reviravolta. O Kid tem a sua própria lista de alvos a abater e desta vez não vai poupar ninguém…
Esta sangrenta mas brilhante sequela de O Livro Sem Nome dá seguimento à saga com uma arrepiante história de massacres, carregada de humor negro, caos e gente doida.

Opinião:

O Olho da Lua retoma a acção pouco tempo após os acontecimentos relatados em O Livro Sem Nome. Os leitores que ficaram rendidos ao primeiro livro vão adorar o segundo, afinal, o tom misterioso, a violência, o ponto de vista de diversas personagens e a imprevisibilidade continuam presentes. Para além disso, o humor torna-se mais perceptível neste livro, o que poderá ser explicado pela aceitação da forma como o autor escolheu contar esta história, que ao início poderá ser um choque.

Contudo, trata-se de um humor negro. Este acontece em momentos que poderão ser tidos como sérios, tais como um confronto ou um diálogo decisivo. Pormenores, tais como frases ditas no momento certo, atitudes de personagens ou situações caricatas quebram o ambiente pesado e fazem o leitor esboçar um sorriso ou até mesmo soltar uma gargalhada. E esta foi a característica que mais me agradou em O Olho da Lua.

O objecto que dá o título ao livro já tinha sido mencionado em O Livro Sem Nome, por isso é fácil adivinhar o que motiva as personagens neste volume. O poder é o grande desejo da grande maioria das figuras, mas é interessante observar alguns desejos de "normalidade". E se no livro anterior a maior parte das personagens parecia ter um papel mais decorativo, agora tornam-se elementos que alteram os acontecimentos através das suas acções.

Foi bom ver o Bourbon Kid mais vezes. Se por um lado isso permitiu ficar a conhecer melhor esta figura enigmática, por outro, quebrou-se um pouco do seu encanto. Finalmente percebe-se a razão de ele ser quem é e a apresentação do seu passado é um dos momentos altos da leitura. O leitor vai fazer diversas ligações e perceber factos para além daqueles que são devidamente expostos.

É também interessante constatar que neste volume existe uma evolução da componente fantástica. Para além dos vampiros que já tinham sido apresentados em O Livro Sem Nome, surgem ainda lobisomens e múmias. Estes novos seres acrescentam valor ao livro, já que dão uma nova visão sobre esta sociedade que promete esconder muitos outros segredos e ainda aumentam a sensação de perigo.

O ritmo da narrativa é rápido e por vezes pode surgir a sensação de que não se está a conseguir acompanhar todas as situações. Também fica a sensação de que algumas ideias que já tinham surgido em O Livro Sem Nome foram repetidas. O final, contudo, é bastante intrigante e faz desejar pela leitura do terceiro volume desta série.

As descrições mantêm as características do primeiro livro. Muito gráficas, tornam simples a tarefa do leitor imaginar, principalmente no que toca às cenas de maior acção e violência. Muitas vezes, existe a sensação de que se está a assistir a um filme na nossa cabeça e percebe-se que este tipo de trama não só funciona bem no formato livro como ainda poderia ser bem explorada no cinema.

É preciso ter sentido de humor para ler O Olho da Lua e não ser demasiado sensível a descrições de violência, sangue e tripas. Esta é uma série diferente e que tem como principal função entreter, por isso é dessa forma que deve ser vista. Se gostaram de O Livro Sem Nome, então vão gostar deste.

Outros livros da Saga de Bourbon Kid:
O Livro Sem Nome (A Saga de Bourbon Kid #1)

Novidades da Coolbooks para abril

A Chama ao Vento, de Carla M. Soares

Sinopse: Um corpo anónimo é lançado à água num misterioso voo noturno sobre o Atlântico…
Vivem-se os anos mais negros da Segunda Guerra Mundial, e a vida brilha com a força e a fragilidade de uma chama ao vento. Na Lisboa de espiões e fugitivos dos anos 40, João Lopes apresenta à sua amiga Carmo um estrangeiro mais velho, homem de segredos e intenções obscuras que depressa a seduz, atraindo os dois jovens para uma teia de mistérios e paixões de consequências imprevistas.
Anos volvidos, Francisco, jornalista, homem inquieto, pouco sabe de si próprio e menos ainda de Carmo, a avó silenciosa que o criou, chama apagada de outros tempos. É João Lopes quem promete trazer-lhe a sua história inesperada, história da família e dos passados perdidos nos tempos revoltos da Segunda Grande Guerra e da Revolução de Abril. Para João, é uma história há muito devida. Para Francisco, o derrubar dos muros que ergueu em torno da memória e da própria vida.


Disponível na Wook.pt.


Sudoeste, de Olinda p. Gil

Sinopse: O mesmo mar, a mesma casa. Talvez a mesma história e a mesma mulher que nela vive. Ou três histórias diferentes de três mulheres diferentes que viveram na mesma casa.
Sudoeste traz-nos três histórias distintas, como que variações de um mesmo tema.
Em todas elas está presente o mesmo ambiente marítimo, um envolvimento amoroso, uma personagem com «o chamamento do mundo». Todas as histórias se passam na mesma casa, na mesma quinta, na mesma praia, na mesma falésia. As próprias personagens vão tendo pequenas variações. Contudo, os contos são muito diferentes; cada um oferece-nos uma perspetiva distinta de como se pode viver o amor e o desejo de partir: do sentimento mais puro e simples à capacidade de começar tudo de novo.


Disponível na Wook.pt.



O Pianista e a Cantora, de Fernando Pessanha

Sinopse: «Toca-me, pianista, toca-me como se eu fosse o teu piano…»
O Pianista e a Cantora é um romance onde vários géneros literários confluem num universo onde a música, o erotismo, a História e as viagens andam de mãos dadas.
Trata-se da história da intensa relação entre um pianista talentoso e boémio e uma cantora sensual e misteriosa. Subjugado pelo encantamento da cantora, o pianista inicia uma viagem por Marrocos, na companhia da esposa. Porém, o inesperado convite para um trabalho trá-lo de volta a Portugal e à enigmática personagem. Num ambiente pautado pela existência de personagens estranhos e onde a arte e o sexo se apresentam como indissociáveis, o pianista apercebe-se de que a complexidade das relações humanas e sociais pode, por vezes, roçar o sobrenatural. Mais: acaba por concluir que é preferível algumas perguntas permanecerem sem resposta…



Disponível na Wook.pt.



segunda-feira, 21 de abril de 2014

Comprar o livro pela capa 62: Sozinhos na Ilha

Livro publicado pela Asa em Portugal, Sozinho na Ilha, de Tracey Garvis Graves, já apresentou duas imagens distintas.

Quando o livro foi publicado pela primeira vez, em 2013, apresentava esta capa. Um casal numa praia surge em grande plano, mas é o azul do mar e o verde de uma ilha distante que acabam por chamar a atenção.


Em 2014, a editora optou por uma mudança. Agora, uma figura feminina aparece em destaque no que sugere ser uma praia deserta. O tipo de letra utilizado é o mesmo da capa anterior, havendo apenas mudança de cor.

Apresentas as duas capas, peço a vossa opinião: qual é a mais apelativa?

Qual a melhor capa?
  
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Ver opinião a este livro aqui.

sábado, 19 de abril de 2014

Opinião: Lost Boys (Lost Boys #1)

Título original: The Lost Boys (2013)
Autor: Lilian Carmine
Adaptado da Tradução: Amanda Orlando
ISBN: 9789724622248
Editora: Casa das Letras (2014)

Sinopse:

Acabada de mudar de cidade, Joey Gray sente-se um pouco perdida, até que conhece um misterioso e atraente rapaz perto da sua nova casa. Mas Tristan Halloway não é o que aparenta ser à primeira vista. E há uma razão muito especial para ele andar a vaguear por entre as sepulturas do cemitério da cidade…
Mais do que uma história sobrenatural, Lost Boys fala sobre o amor absoluto, a música e a amizade. Conhece Joey Gray e os seus rapazes enquanto embarcam na maior aventura das suas vidas!

Opinião:

Gosto quando livros sobrenaturais e de fantasia me fazem desejar e acreditar que as ideias que apresentam poderiam ser reais. Tal não acontece com Lost Boys. Este é um livro que desde o início me desagradou e causou desconfiança, quer pela forma de abordagem dos temas, quer pelas personagens e pela linguagem utilizada. Aviso que a partir deste momento, a opinião poderá conter alguns spoilers, pois não encontrei melhor forma de vos explicar as razões do meu desagrado.

Joe Gray é a protagonista e toda a trama é narrada pela sua prespectiva. Jovem que vai viver para uma cidade nova, desde cedo tenta mostrar que tem todas as características de uma rapariga comum, no que parece ser uma clara tentativa de promover identificação com quem está a ler. Porém, esta identificação não acontece, uma vez que Joe parece uma personagem forçada e pouco coerente. Existem muitos pensamentos de Joe que acabam por não coincidir, o que faz pensar que ou ela é uma pessoa que muda rapidamente de opiniões ou que ela altera a sua forma de ser e estar para melhor se encaixar nas diferentes situações. Isso faz com que seja apresentada como inteligente, simpática, prestável, carismática, capaz de tocar vários instrumentos e ainda dar uma sova a rapazes mais fortes e mauzões. E apesar de ter tantas qualidades tem baixa autoestima. Uma miúda que é tão perfeita que chateia.

Como já era anunciado na sinopse e na capa do livro, esta é uma história de amor. Joe conhece o rapaz dos seus sonhos logo no início. Tristan é tudo o que ela sempre desejou. Um jovem fisicamente perfeito, com um sorriso de encantar e uma personalidade aborrecida que varia entre galã romântico e jovem revoltado. Sinceramente não consigo perceber o encanto que existe à volta deste miúdo. Ele ao início é tímido e acanhado e  tal percebesse, afinal tenta esconder que é um fantasma. Mais tarde, transforma-se no típico herói trágico repleto de valores que se sacrifica rapidamente pela amada. Ainda mais tarde, é um rapaz revoltado com a vida que comete erros pelo bem da amada. Pouco coerente e, apesar de tudo, bastante previsível. Para além do mais, existem vários erros relacionados com Tristan. Ele diz que morreu aos 17 anos, mas quando a lápide dele é apresentada aparecem as seguintes datas de nascimento e de morte: 1938-1950. Ora feitas as contas isso não dá 17, mas 12 anos. Então? Tristan tem 17 anos ou 12 anos? Este erro até pode ser uma distração da autora que fez mal as contas, mas será que a editora não reparou? Afinal este licro foi lido ou não antes de ser publicado? E não acaba aqui. Quando Joe mostra a Tristan um filme com efeitos especiais numa televisão o rapaz foge. Mas foge porquê? Quando ele nasceu já se comercializavam televisões por isso ele sabia o que aquilo era. Ele veio do início do século XX não da Idade Média! E também sabemos que não viveu debaixo de uma pedra pois morreu num acidente de automóvel. Já para não falar que muitas das atitudes dele nem sempre correspondem às que os jovens normais tinham nessa época, mas talvez a cavalheiros do século XIX. E quando ele diz que as raparigas da época dele eram mais acanhadas...eram eram... eram todas donzelas indefesas, querem ver! E isto são apenas alguns exemplos da pouca coerência de uma personagem!

Mas entretanto, Joe acaba por descobrir a verdade sobre Tristan. Numa noite no cemitério, ela fica a saber que ele é um fantasma (aposto que vocês não adivinhavam esta). Mas eis que acontece algo completamente estranho e mágico que o transforma num ser vivo. É revelado que tal acontece porque Joe lançou um feitiço poderoso de forma involuntária pois tem sangue de bruxa. Ora, se uma rapariga descobrisse que tem poderes desconhecidos o mais provável seria interrogar-se sobre a natureza deles, tentar perceber de onde vieram e quais os seus limites, certo? Pois Joe não. Ela praticamente nem liga a isso pois tem o seu Tristan ali em carne e osso e agora só quer ir para o colégio interno ao lado do rapaz que gosta, pois a mamã que aceitou ta situação muito bem está a tratar de tudo para os ajudar. Mas que raio? Existem aqui várias coisas erradas! Por um lado, a mãe de Joe parece-me demasiado permissiva, por outro a trama poderia ir por um caminho de autodescoberta mais interessante. Mas não. O que interessa é ver os dois pombinhos a irem para a escola juntos e a serem felizes.

Já colégio interno, parece que tudo aquilo que acontece é a realização dos desejos mais íntimos de uma adolescente recalcada e por isso é tão difícil acreditar. Ora então vejamos:
- Rapariga comum chega de novo mas causa logo boa impressão e mostra-se diferente de todos os outros graças à sua atitude forte - Feito;
- Rapariga comum impressiona líderes de claque jeitosas e torna-se melhor amiga da miúda mais gira, popular e rica que a idolatra - Feito;
- Rapariga comum fica a dormir num dormitório de rapazes e por acaso (mero acaso) no mesmo quarto que o seu amado - Feito;
- Rapariga comum torna-se na melhor amiga do grupo de rapazes mais giro, simpático e perfeito lá do sítio que a adoram e tudo e tudo e tudo- Feito;
- Rapariga comum é desejada por imensos rapazes giros apesar de não ter noção disso - Feito;
- Rapariga comum passa por transformação de visual e torna-se numa rapariga toda gira e sensual - Feito;
E a lista poderia continuar. Isto é tão aborrecido! Já para não falar que em em momento algum se fala sobre que aulas existem naquele colégio. A meio cheguei a interrogar-me se alguém ali andava sequer a estudar! Também só são apresentados uns dois professores, um de rompante, só para que surjam as partes em que Joe e Tristan se apresentam e o de música, que é uma atividade extracurricular. Em momento algum se fala em zeladores, senhores da limpeza, contínuos ou quem quer que seja que vigie todos aqueles adolescentes que fazem tudo o que bem entendem. Não consegui acreditar nem por um momento que aquela instituição de ensino realmente pudesse existir. Ainda para mais é descrita como um colégio de prestígio.

No colégio, os acontecimentos são narrados como a sucessão de estágios da relação de Joe com Tristan e os seus novos amigos. E o que é apresentado tem pouco interesse. Afinal, todos aqueles jovens têm entre 17 e 18 anos, mas na verdade parecem ter 12 anos (o que já coincide com a idade da lápide do Tristan, o que me deixa pensar se aquela inscrição não é verdadeira). Digo isto porque lido com jovens dessa faixa etária e o tipo de linguagem, preocupações e forma de estar deles em muito se assemelha a estas personagens. Já para não falar que as discussões e dramas que não fazem grande sentido e revelam a imaturidade de todos eles. Mas aquilo que mais me chocou foi a forma como o sexo é abordado. A certo ponto, uma figura interroga outra quanto à virgindade e a resposta é algo como: "não te preocupes que o meu ex já tratou disso", e ficam ambos muito satisfeitos. Mas a mensagem que a autora quer passar aos leitores é que antes de conheceres alguém que ames deves tratar da tua virgindade? É que sugere isso e não me caiu nada bem (ou talvez sou eu que sou mais conservadora que sempre pensei e peço desculpa por isso).

E existem muitos mais aspectos que não me agradaram. Para mim, não faz sentido que a Joe ter-se perdido durante tanto tempo no cemitério de uma cidade pequena, não faz sentido a mãe da Joe ter ido trabalhar para uma cidade pequena como advogada a receber um ordenado extremamente elevado e não faz sentido todas as personagens aceitarem tão bem a história de o Tristan ser um fantasma.  Para além disso, o estilo de escrita sugere inexperiência, o que me fez por várias vezes ter a sensação de estar a ler uma fanfic e não um livro original. Poderia dar muitos mais exemplos, mas vejo que o texto ja está longo. Mas  acreditem que eles existem.

Resumidamente,  Lost Boys não tem qualquer mensagem interessante, não causa qualquer reflexão, tão tem uma boa história, as personagens não convencem e tem uma escrita de principiante que parece não ter passado por um processo de revisão. Os conteúdos sobrenaturais são fracos e sugerem ter a mera função de adornar uma história de amor desinteressante. Não recomendo esta leitura e não fiquei com qualquer vontade de acompanhar a trilogia que este livro inicia.

Nota/Desabafo: Peço desculpa por ter escrito esta opinião num estilo muito diferente do que costumo usar e por ter apresentado vários spoilers, mas este livro deixou-me furiosa! E nem consigo acreditar como foi avaliado com tantos cincos no Goodreads!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Opinião: Corrida Perversa (Lizzy & Diesel #2)

Título original: Wicked Business (2011)
Autor: Janet Evanovich
Tradução: Dulce Afonso
ISBN: 9789898626332
Editora: TopSeller (2014)

Sinopse: 

A vida pacata de Lizzy Tucker está prestes a ser virada do avesso, quando Diesel, o seu espetacular e maravilhoso parceiro nas investigações do sobrenatural,  a desafia para salvar o mundo. Uma vez mais.Depois de terem encontrado a Pedra da Gula, a chef de pastelaria e o mais sexy caçador de recompensas do oculto de Boston continuam à procura das restantes seis pedras Saligia que, segundo as lendas, detêm o poder de cada um dos sete pecados mortais.
Quando Gilbert Reedy, professor da Universidade de Harvard, é misteriosamente assassinado e atirado da varanda do 4.º andar da sua casa, pistas ligam o homicídio a Wulf Grimoire, uma figura do lado negro com quem Lizzy e Diesel já se haviam cruzado. Wulf está determinado em reunir as sete pedras para, com o seu poder, dominar o mundo, e desconfia-se precisamente que Reedy foi morto às suas ordens por estar a investigar a Pedra da Luxúria.
Seguindo as pistas que constam de um críptico livro de sonetos do séc. XIX, Lizzy e Diesel partem à descoberta da Pedra, que se pensa estar investida do poder da luxúria, deixando atrás de si um rasto de sepulturas profanadas, distúrbios da ordem pública e o caos generalizado.

Opinião:

Corrida Perversa, o segundo livro da série Lizzy & Diesel de Janet Evanovich, mantém as características que tanto me agradaram em Gula Perversa, o primeiro volume: é uma leitura leve, fresca, de ritmo rápido, repleta de momentos de humor e com personagens que roçam a loucura.

É ao acompanhar Lizzy que voltamos a acompanhar esta trama. Continua a ser fácil gostar desta jovem pasteleira que tem um dom incomum. É muito divertido ver Lizzy a enfrentar os problemas do dia-a-dia e ainda a ajudar Diesel numa demanda que a levam a conhecer pessoas de personalidade duvidosa mas que acabam por fazer pensar que estas podem ser mais reais do que parecem. Neste volume, diverti-me a observar a forma como a protagonista lida com Diesel. Afinal, eles os dois estão sempre ao despique e, fico feliz por a autora não fazer esta relação cair em lugares comuns. Torna-a mais interessante.

Lizzy e Diesel continuam a sua busca pelas pedras que representam os sete pecados mortais. Neste volume, é a vez da pedra da luxuria. Ao início, estava um pouco reticente quanto à forma como a autora iria abordar este pecado, pois temia que caísse num lugar-comum. Contudo, fui surpreendida. A luxuria é vista num outro prisma apesar da vertente mais sensual estar referenciada.

Neste volume, gostei muito de conhecer melhor algumas das personagens secundárias, nomeadamente Glo, que cativa pela ingenuidade e pelas situações loucas em que se coloca, e até a louca Anarquia, por ser o agente de caos da narrativa. Os diálogos, porém, podem por vezes parecer demasiado simples e bruscos, mas isso poderá ser uma tentativa de a autora querer acentuar o lado cómico da trama.

A dualidade que existe na apresentação de Diesel e Wulf continua a ser muito marcante. Continua a haver a ideia de que o primeiro é como um anjo da guarda sensual e meio parvalhão enquanto o segundo parece um vampiro ambicioso e sedento de poder. Esta ideia é engraçada apesar de bastante básica. Contudo, confesso que no final fiquei com algumas dúvidas quanto à verdadeira natureza de Wulf, já que este teve algumas atitudes que, confesso, não foram totalmente do meu agrado e que pareceram pouco desafiadoras.

Corrida Perversa é um livro que é lido num instante. O ritmo é bastante rápido, há sempre algo a acontecer e o facto de a haver sempre algo divertido e incomum a acontecer ajuda a impulsionar a leitura. A trama, contudo, não guarda grandes segredos, já que é com alguma facilidade que se percebe o que vai acontecer. Os elementos fantásticos existem, mas neste volume pareceram-me menos evidentes.

Percebe-se que o intuito de Janet Evanovich não é passar uma mensagem ou apresentar uma obra que agrade aos críticos mais exigentes. Afinal, o livro não arrebata, não marca nem proporciona reflexões profundas. Trata-se de mais um volume de uma série que procura entreter e fazer o leitor soltar umas gargalhadas ao mesmo tempo que leva a pensar no que poderá acontecer a seguir. Recomendo a quem procura uma leitura com estas características e admito que tenho vontade de continuar a seguir esta série.

Outras opiniões a livros de Janet Evanovich:Perseguição Escaldante
Gula Perversa (Lizzy & Diesel #1)

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Opinião: Dias de Esplendor, Dias de Sofrimento

Autor: Juliet Grey
Título Original: Days of Splendor, Days of Sorrow (2012)
Tradução: Nuno Daun e Lorena
ISBN: 9789896574277
Editora: Planeta (2014)

Sinopse:

Paris 1774.
Na tenra idade de dezoito anos, Maria Antonieta ascende ao trono francês ao lado do marido, Luís XVI. Mas por detrás da extravagância da jovem rainha, com vestidos de seda elaborados e vertiginosos penteados, escondem-se medos profundos em relação ao seu futuro e ao da dinastia Bourbon.
Das dores do casamento à alegria de conceber uma criança, da paixão por um militar sueco, Axel von Fersen, ao devastador Caso do Colar de Diamantes, Maria Antonieta tenta elevar-se acima dos boatos e rivalidades do seu círculo. Mas a revolução floresce na América e uma ameaça muito maior paira junto dos portões dourados de Versalhes, que pode afastar a monarquia francesa para sempre.

Opinião:

Maria Antonieta é uma das figuras históricas que aprendemos desde cedo a detestar. É sempre apresentada como uma mulher fútil, de muitos vícios, que fazia gastos excessivos enquanto o povo de França passava fome, tendo sido por isso e por muito  mais morta. Contudo, Dias de Esplendor, Dias de Sofrimento de Juliet Grey mostra esta rainha poderá, afinal, ter sido usada como bode expiatório e, através de uma pesquisa detalhada, faz-nos acreditar nisso.

Apesar de ser o segundo livro de uma trilogia, a verdade é que pode ser muito bem lido sem recurso aos outros volumes. A acção começa no  momento em que Maria Antonieta sobe ao trono, aos 18 anos. A partir daí, a autora mostra-nos a vida desta rainha até ao momento em que a Revolução Francesa despoleta e, assim sendo, o leitor assiste realmente ao período de esplendo que Maria Antonieta viveu na corte francesa e também aos seus dias de sofrimento, sendo que estes, apesar de sempre presentes, são mais fortes nas últimas páginas do livro.

Ao início, não é fácil gostar de Maria Antonieta. O motivo para tal não se prende pelo facto de ser uma personagem mal construída, mas pelas ideias anteriores que já existem dela, assim como pela ingenuidade e infantilidade das suas atitudes e acções. Contudo, são essas mesmas características que nos fazem perceber que Maria Antonieta tem um bom coração, e que os seus comportamentos e escolhas muitas vezes chocam devido ao facto de ser uma jovem sem total consciência da realidade que existe fora da corte. A partir desse momento, os sentimentos do leitor pela rainha mudam e existe uma vontade crescente de a proteger.

A relação da rainha com Luís XVI está retratada de uma forma bastante curiosa. Antes de mais, percebe-se que se trata de um casal unido por um forte respeito e amizade. Os problemas que os atormentam acabam por atrasar o processo de amadurecimento da rainha, que acaba por se dedicar a actividades que podem não agradar ao leitor. A relação desta mulher com a família austríaca acabou por ser bem apresentada graças às cartas que são trocadas. De salientar ainda a forma como a autora abordou o conhecido Caso do Colar, que é apresentado desde o planeamento até às consequências provocadas e que apela à leitura.

Trama agradável e que fornece uma visão mais alargada desta figura histórica, a verdade é que possui diversos momentos que podem causar aborrecimento. Tal pode surgir devido à existência de inúmeras personagens com nomes difíceis de decorar e que podem ser confundidas quando não são devidamente distinguidas, ou pelos momentos mais parados e mortos que quebram o ritmo da leitura.

Quero ainda deixar uma nota para capa. Gostei que a editora fugisse da original e usasse um retrato de Maria Antonieta jovem, feito a pastel por Joseph Ducreux . Afinal, este livro começa o período da juventude até à maturidade desta rainha e esta imagem acaba por ligar muito bem com o que a autora pretende abordar.

Dias de Esplendor, Dias de Sofrimento é um livro que recomendo a quem tem interesse por esta época da monarquia francesa e também a quem acredita que cada história tem mais do que um lado. Terminada a leitura, senti que fiquei com uma visão mais abrangente sobre este período graças a uma viagem agradável pela escrita de Juliet Grey.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Aquisições de abril (1)

Convergente, de Veronica Roth
Sinopse:  A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída – dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples, livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas.Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama. Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem, lealdade, sacrifício e amor.Alternando as perspetivas de Tris e Quatro, "Convergente", encerra de forma poderosa a série que cativou milhões de leitores em todo o mundo, revelando por fim os segredos do universo Divergente.

Ver opinião a este livro aqui.


O Olho da Lua, de Anónmo
Sinopse: Depois de dezoito anos de chacinas (e quantidades industriais de bourbon) é altura de Bourbon Kid parar com a matança. Porém, Peto, o monge de Hubal, regressa a Santa Mondega com o misterioso Olho da Lua, à procura do assassino encapuçado, e não está sozinho.
À medida que a Noite das Bruxas se aproxima, os heróis improváveis Dante e Kacey são mais uma vez sugados para o violento vórtice do mal, juntamente com bandos de vampiros (e um ou outro lobisomem). Acrescentem-lhe Sanchez (o barman indiscreto), os Serviços Secretos, Jessica (o anjo de morte) e um novo Senhor das Trevas e haverá novo banho de sangue não tarda.
Quando o golpe para liquidar o Kid falha, os que o querem ver morto descobrem que a situação sofreu uma reviravolta. O Kid tem a sua própria lista de alvos a abater e desta vez não vai poupar ninguém…
Esta sangrenta mas brilhante sequela de O Livro Sem Nome dá seguimento à saga com uma arrepiante história de massacres, carregada de humor negro, caos e gente doida.


Ver opinião a este livro aqui.


O Artista da Morte, de Daniel Siva
Sinopse: Gabriel Allon foi em tempos um importante agente dos serviços secretos israelitas, mas agora só pensa em fugir do seu passado para viver uma vida tranquila como restaurador de arte. No entanto, o seu antigo mentor fá-lo regressar ao ativo para neutralizar Tariq, o terrorista palestiniano responsável pelo atentado que destruiu a família de Gabriel anos antes em Viena.Mas Gabriel não está sozinho: a sua parceira na missão é Jacqueline Delacroix, uma agente israelita oculta sob a sua própria máscara de modelo e com quem já trabalhara anteriormente. É então forçado a lidar com os seus fantasmas e, sobretudo, com a culpa que o atormenta desde que quebrou todas as regras e se envolveu com Jacqueline no decorrer de uma missão.Aquilo que começa como uma caça ao homem torna-se um duelo que atravessa o globo e é alimentado pela intriga política e por intensas paixões pessoais. Num mundo onde o sigilo e a duplicidade são absolutos, a vingança é um luxo sem preço e a maior das obras artes


Corrida Perversa, de Janet Evanovich
Sinopse: A vida pacata de Lizzy Tucker está prestes a ser virada do avesso, quando Diesel, o seu espetacular e maravilhoso parceiro nas investigações do sobrenatural,  a desafia para salvar o mundo. Uma vez mais.Depois de terem encontrado a Pedra da Gula, a chef de pastelaria e o mais sexy caçador de recompensas do oculto de Boston continuam à procura das restantes seis pedras Saligia que, segundo as lendas, detêm o poder de cada um dos sete pecados mortais.
Quando Gilbert Reedy, professor da Universidade de Harvard, é misteriosamente assassinado e atirado da varanda do 4.º andar da sua casa, pistas ligam o homicídio a Wulf Grimoire, uma figura do lado negro com quem Lizzy e Diesel já se haviam cruzado. Wulf está determinado em reunir as sete pedras para, com o seu poder, dominar o mundo, e desconfia-se precisamente que Reedy foi morto às suas ordens por estar a investigar a Pedra da Luxúria.
Seguindo as pistas que constam de um críptico livro de sonetos do séc. XIX, Lizzy e Diesel partem à descoberta da Pedra, que se pensa estar investida do poder da luxúria, deixando atrás de si um rasto de sepulturas profanadas, distúrbios da ordem pública e o caos generalizado.


Ver opinião a este livro aqui.


Lost Boys, de Lilian Carmine
Sinopse: Acabada de mudar de cidade, Joey Gray sente-se um pouco perdida, até que conhece um misterioso e atraente rapaz perto da sua nova casa. Mas Tristan Halloway não é o que aparenta ser à primeira vista. E há uma razão muito especial para ele andar a vaguear por entre as sepulturas do cemitério da cidade…
Mais do que uma história sobrenatural, Lost Boys fala sobre o amor absoluto, a música e a amizade. Conhece Joey Gray e os seus rapazes enquanto embarcam na maior aventura das suas vidas!


Ver opinião a este livro aqui.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Opinião: O Vampiro Lestat - volume 2 (Crónicas dos Vampiros #2) )

Título original: The Vampire Lestat (1976)
Autoria: Anne Rice
Tradução: Sophie Vinga
ISBN: 5601072618060
Editora: Publicações Europa-América (2010)

Sinopse:

Na sequela de Entrevista com o Vampiro, Lestat é um excêntrico e sedutor vampiro que, ao longo de várias eras, procura as suas origens e quer desvendar o segredo da sua obscura imortalidade. Essa vertiginosa viagem leva-o da Inglaterra dos druidas aos lupanares de Paris do século XVIII e à Nova Orleães finissecular.
Avesso ao código de honra dos vampiros, que lhes impõe o silêncio sobre a sua condição, Lestat revela-se na esperança de que os imortais se unam para descobrirem o mistério da sua existência. E é então que Lestat, o caçador, se transforma numa presa.

Opinião:
O segundo volume de O Vampiro Lestat, continua a dar a conhecer de perto a história de uma das personagens mais marcantes de Anne Rice. Depois do conflito mortífero entre Lestat e os vampiros mais antigos e conservadores, grandes decisões são tomadas, e o belo vampiro parte numa viagem que o vai levar a conhecer outros vampiros de grande relevo que vão influenciar o seu comportamento e modificar a visão sobre a sua condição.

Enquanto o primeiro volume foi pautado pela descoberta da natureza vampírica, este é marcado pela procura da origem vampírica. Lestat parte numa busca por seres mais antigos que dêem sentido à sua existência, numa fase em que a imortalidade deixa de parecer uma bênção para se revelar uma maldição.

Novas personagens são reveladas e trilhos antigos são percorridos, de forma a fornecer uma explicação à existência dos vampiros. Lestat viaja por diversos locais, nomeadamente pelo continente europeu, asiático e africano, ao mesmo tempo que desvenda segredos da mitologia egípcia, celta e grega, que estão intimamente ligados à sua demanda.

O leitor fica a conhecer o génesis vampírico e a evolução de uma espécie ao longo dos tempos, assim como as suas alterações culturais, uma vez que os vampiros são fortemente influenciados pelo local e tempo em que são criados. O seu modo de vida em sociedade, deixa transparecer as questões religiosas e filosóficas do seu tempo, revelando diversas visões sobre a sua espécie.

“O que eu não compreendo em ti é isto. Tu agarras-te às tuas velhas crenças do bem com uma tenacidade que é virtualmente inabalável. No entanto, és muito bom a ser o que és! Caças as tuas vítimas como um anjo negro. Matas implacavelmente. Quando queres, banqueteias-te durante toda a noite com as tuas vítimas.”

A questão do bem e do mal continua a ter uma reflexão bastante forte e, ao contrário do que Entrevista com o Vampiro deixou transparecer, Lestat sempre sentiu um forte amor pelos humanos e por isso, vive atormentado por questões de vida e morte. Mais uma vez, o fascínio vampírico é mencionado, assim como a maldição desta condição:

“No entanto, os homens amam-nos quando acabam por nos conhecer (…) Encantam-se com a possibilidade da imortalidade, com a possibilidade de um grandioso e belo ser poder ser absolutamente mau, de ele poder sentir e saber todas as coisas e escolher livremente alimentar o seu negro apetite. Parece tudo tão simples. (…) Mas, se lhes for dado o Dom das Trevas, apenas um numa multidão não será tão infeliz como tu és.”

Anne Rice apresenta ainda os motivos que levaram Lestat a Nova Orleães, onde conheceu Louis, narrados em A Entrevista com o Vampiro. Faz também uma analogia entre a visão dos dois vampiros sobre os acontecimentos retratados no primeiro livro das Crónicas dos Vampiros, mais uma forte prova da grande complexidade do enredo criado pela autora.

Esta é uma viagem até à década de 1980, quando Lestat despertou do seu sono profundo e, numa tentativa de provocar os da sua espécie e de fazer “algo acontecer”, inicia uma carreira musical onde os mais profundos segredos que lhe foram confiados são revelados. Anne Rice deixa a história em aberto e os leitores ávidos de uma continuação, pois a música vampírica não só cativou os humanos quando modificou a ordem dos vampiros.

“Essa tua música dava para acordar os mortos.”

Lestat não adivinharia o quanto esta frase era verdadeira. Fica a sede de continuação, em A Rainha dos Malditos.


Outras opiniões a livros de Anne Rice:
Entrevista com o Vampiro (Crónicas dos Vampiros #1)
O Vampiro Lestat, volume 1 (Crónicas dos Vampiros #2)  
O Tempo do Anjo (Os Cânticos do Serafim #1)
O Anjo das Trevas (Os Cânticos do Serafim #2)

sábado, 12 de abril de 2014

Fnac publica revista para apaixonados por livros


A FNAC anunciou esta quarta-feira o lançamento da «Estante», uma revista para apaixonados por livros. A publicação contará com artigos de fundo, entrevistas e temas da atualidade.

A revista está dividida em quatro secções: a vírgula (introdução, breves, etc), os parênteses (grande entrevista e temas de fundo), a reticência (novidades do mundo dos livros) e o ponto de interrogação (secção infantil).

O número 1 da «Estante» tem como tema de capa a comemoração dos 800 anos da Língua Portuguesa e a figura escolhida para a primeira grande entrevista de fundo é José Tolentino Mendonça, numa edição que assinala ainda os 40 anos do 25 de Abril. O primeiro número contará ainda com a colaboração de Valter Hugo Mãe, que assina o editorial inaugural do projeto.

A revista terá uma periodicidade trimestral e estará disponível em todas as lojas FNAC e também em www.fnac.pt. A nova publicação será apresentada na quinta-feira, às 18:30, na FNAC do Chiado, em Lisboa.

Informação retirada de Diário Digital.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Comprar o livro pela capa 61: Afonso, O Conquistador

Livro que relata a vida de D. Afonso Henriques, Afonso, O Conquistador, de Maria Helena Ventura, é publicado pelas Edições Saída de Emergência e apresenta três capas diferentes.

A primeira edição surgiu em 2007. A capa apresenta em destaque um cavaleiro de olhos ocultos pelas sombras e numa atitude pacífica, apesar de segurar uma espada. O amarelo e o azul chamam a atenção e o fundo esbate-se em tons neutros.

Em 2009 apareceu a edição de bolso deste livro. A imagem é essencialmente a mesma, contudo é possível observar algumas diferenças. As cores parecem mais esbatidas e a imagem está colocada ao contrário. O tipo de letra utilizado é o mesmo.


Com a chegada da Coleção "A História de Portugal em Romances", em 2014, a editora recuperou este livro e deu-lhe uma nova capa. Mais uma vez surge em destaque um cavaleiro, mas desta vez a sugerir um confronto. O vermelho do escudo contrasta com o azul do céu e as o tipo de letra foi alterado, de forma a incluir as cinco Quinas dentro do "O", símbolo dos cinco reis mouros vencidos por D. Afonso Henriques na batalha de Ourique.

Apresentas as três capas, peço a vossa opinião: qual é a mais apelativa?

Qual a melhor capa?
  
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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Opinião: Convergente (Divergente #3)

Autor: Veronica Roth
Título Original: Allegiant (2013)
Tradução: Alcinda Marinho
ISBN: 9789720043832
Editora: Porto Editora (2014)

Sinopse: 

A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída – dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples, livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas.Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama. Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem, lealdade, sacrifício e amor.Alternando as perspetivas de Tris e Quatro, "Convergente", encerra de forma poderosa a série que cativou milhões de leitores em todo o mundo, revelando por fim os segredos do universo Divergente.

Opinião:

Conclusão da trilogia "Divergente", foi com curiosidade que iniciei a leitura de Convergente.A acção deste livro é iniciada no momento em que Insurgente, o segundo volume, terminou, o que deixa no leitor a sensação de que não deixou escapar nada da história. Neste volume, logo se percebe uma grande novidade: se os dois anteriores foram totalmente relatados na primeira pessoa por Tris, este também apresentada capítulos que incidem em Tobias (Quatro). Este facto é de grande relevância já que não só dá a conhecer mais intimamente outra personagem como ainda fornece uma visão mais alargada dos acontecimentos.

Logo no início fiquei com a sensação de que nos primeiros livros a autora deu-nos a conhecer apenas um aquário. Em Convergente é apresentado o oceano. As personagens que acompanhámos até aqui estavam confinadas a um espaço limitado e eram muitas as dúvidas sobre o que acontecia para lá dos limites da cidade que habitavam. Sendo este mistério desvendado, percebe-se que se está perante um mundo muito maior e mais complexo do que aquilo que inicialmente se imaginava e isso é um choque para as personagens e para os leitores. É preciso assimilar mais informação e é através dela que a razão de a sociedade de Tris ser como é. Isso está muito bem conseguido.

A relação das personagens com esta nova realidade é também interessante. Pode-se observar diferentes tipos de reacções, mas o mais interessante é que o crescimento de todas elas é bastante evidente. Tris continua a ser a jovem corajosa e apaixonada que conhecemos no primeiro volume, mas está mais dura e desconfiada, o que é resultado do tudo o que viveu. Tobias, que no início parecia um jovem imbatível e muito sagaz, acaba por se revelar mais inseguro do que sugeria. E é ainda de salientar que muitas das figuras que eram tidas como "boas" e "más" acabam por se revelar mais do que isso, o que confere um aspecto mais humano a cada uma.

Uma das minhas grandes críticas aos livros anteriores desta trilogia, consistia no grande foco que era dado à história de amor entre Tris e Tobias, que eu considerava superficial, em detrimento das grandes modificações que estavam a acontecer naquela sociedade. Neste volume, tal foi ultrapassado. O romance de Tris e Tobias, apesar de ainda levemente imaturo, parece-me mais forte e consistente e foi bastante bom ver que este assunto não foi tratado como um ponto fundamental da trama. Sim, é importante, mas tudo o que estava a acontecer era ainda mais.

A acção, contudo, não apresentou sempre o mesmo ritmo. Ao início é frenética e é quase difícil largar o livro graças às novidades e aos acontecimentos que não param de suceder. Depois, assiste-se a uma paragem, um abrandamento, que pode ser justificado por alguma passividade ou introspecção das personagens, mas que pode acabar por dar origem a momentos menos apelativos. Já perto do final tudo parece voltar a acontecer rapidamente e num ápice estamos a ler a última página do livro.

O final é surpreendente. Confesso que fiquei bastante agradada com este desfecho, pois vai ao encontro das mensagens que foram sendo enviadas ao longo de toda a trilogia. Assiste-se a redenção, sacrifício e perdão, o que acaba por dar mais força a tudo o que aconteceu anteriormente. Apesar de eu ter ficado bastante satisfeita, aviso que os leitores que preferem histórias com finais felizes e perfeitos poderão ficar desiludidos.

Convergente é o livro da trilogia que mais apreciei. Os segredos que até então existiram foram desvendados de uma forma plausível, as personagens apresentaram evolução e o desfecho conseguiu surpreender e agradar. Veronica Roth conseguiu ainda manter-se fiel à mensagem que sempre tentou transmitir e deu provas de que a redenção e o sacrifício são essenciais para a mudança.

Outras opiniões a livros de Veronica Roth:
Divergente (Divergente #1)
Insurgente (Divergente #2)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Novidades das Edições Saída de Emergência para abril

Sublime Sedução, de Karen Marie Moning

Sinopse: Arrebatador e sedutor, este romance da nova série Fever leva o leitor a embrenhar-se nas aventuras de MacKayla Lane, a vidente de sidhe que se vê obrigada a afrontar uma Dublin infestada de Fae.
Quando Mac recebe uma página arrancada do diário da irmã morta, fica aturdida com as palavras de Alina. E sabe agora que o assassino da sua irmã está por perto. Mas o mal está mais perto ainda. A vidente de sidhe anda à caça: de respostas, de vingança. E de um antigo livro da mais negra magia, tão maléfico que corrompe quem quer que toque nele.
A demanda de Mac pelo Sinsar Dubh leva-a a percorrer as ruas escuras e ameaçadoras de Dublin com um suspeitoso polícia no seu encalço. Forçada a uma perigosa aliança triangular com V’lane, um letal Príncipe Fae, e Jericho Barrons, homem de mortais segredos, Mac não tardará a ver-se enredada numa batalha pelo seu corpo, mente e alma.



Nunca Seduzas um Escocês, de Maya Banks

Sinopse: Eveline Armstrong é amada e protegida ferozmente pelo seu poderoso clã, mas é considerada “demente” por quem não pertence ao seu meio. Bonita, sobrenatural, com um olhar intenso, ela nunca falou. Ninguém, nem mesmo a sua família, sabe que ela não ouve. Eveline aprendeu sozinha a ler lábios e, feliz por viver com a sua família, nunca se importou que o mundo a visse como louca. Contudo, quando um casamento arranjado com um clã rival torna Graeme Montgomery seu marido, ela aceita cumprir o seu dever – sem estar preparada para os prazeres que se avizinhavam. Graeme é um guerreiro robusto com uma voz tão grave e poderosa que ela consegue ouvi-la, e umas mãos e beijos tão ternos e habilidosos que despertam as paixões mais profundas em Eveline.
Graeme está intrigado com a sua noiva, cujos lábios silenciosos são como um fruto maduro de tentação e cujos olhos vivos e sagazes conseguem ver a sua alma. Assim que a intimidade entre ambos se aprofunda, ele descobre o segredo dela. E quando a rivalidade entre clãs ameaça a mulher que ele começara a apreciar, o guerreiro escocês moverá céu e terra para a salvar. Eveline despertou o seu coração para a melodia encantadora de um amor raro e mágico.



Revelada, de P.C. Cast e Kristin Cast

Sinopse: A Casa da Noite aguarda-te. Um local cheio de perigos e segredos onde os jovens marcados têm dois destinos: ou se transformam em vampyros ou morrem destroçados.
Aproxima-se o grande final da série Casa da Noite. Após os acontecimentos do último volume, Neferet está mais perigosa do que nunca e a sua sede por vingança irá lançar o caos e a destruição entre os humanos. Zoey e os seus amigos têm que enfrentar, mais uma vez, a violência dos seus inimigos e salvar a Casa da Noite do pior. Conseguirá Zoey travar as ações de Neferet a tempo e evitar uma guerra em grande escala? O equilíbrio entre a Luz e as Trevas está seriamente comprometido e sacrifícios terríveis terão de ser feitos para preservar o mundo dos vampyros.
Neste penúltimo volume da Casa da Noite, a eterna luta entre o Bem e o Mal chegará a um novo patamar e nada voltará a ser o mesmo.



Mulher Solteira Procura Vingança, de Tracy Bloom

Sinopse: Suzie Miller, uma conselheira sentimental desiludida, nem quer acreditar quando o novo namorado acaba com ela por sms. E logo a seguir a terem feito sexo… Duas vezes! Decide então que chegou a hora de fazer cada um dos seus ex-namorados sentirem a dor que ela sentiu quando foi abandonada sem qualquer pudor. Os seus métodos são algo insólitos, mas esses homens merecem a humilhação em grande escala.
Eufórica por finalmente se ter insurgido, começa também a sugerir formas escandalosas para as suas leitoras lidarem com os pesadelos das suas relações. De repente, toda a gente quer conselhos da Suzie. Enfim satisfeita por estar solteira e a desfrutar da sua promissora carreira, parece que a felicidade está mesmo ao virar da esquina. Até que um homem se intromete no seu caminho…