quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Resultado passatempo especial Halloween: Princesa Mecânica

Em dia de Halloween, fico feliz por poder contemplar um de vocês com um livro fantástico repleto de seres do outro mundo. Como tal, venho anunciar o vencedor do passatempo especial realizado em parceria com a Planeta, onde estava em sorteio um exemplar do livro A Princesa Mecânica, de Cassandra Clare.


Este sorteio conta com 135 participações, sendo o vencedor escolhido através do random.org. Assim, o vencedor corresponde ao número...


..74! Que equivale à participação de:

Verónica (...) Silva, de Rio Maior

Muitos parabéns à vencedora! Já foi enviado um e-mail para confirmar os dados de envio deste prémio.

Aproveito ainda para desejar a todos um Halloween repleto de surpresas boas.

Hoje é dia de Halloween!

Os livros de feitiços já estão preparados para a noite mais assustadora do ano?

Aquisições de outubro (2)

Os Adivinhos, de Libba Bray




Sinopse: Evie O'Neill foi exilada da sua monótona e pacata cidade natal e enviada para as agitadas ruas de Nova Iorque - e fica radiante! Nova Iorque é a cidade dos bares clandestinos, das compras e dos cinemas! Pouco depois, Evie começa a andar com as glamorosas «Ziegfield Girls» e com atraentes carteiristas. O único problema é que Evie tem de viver com o seu tio Will, curador do Museu Americano de Folclore, Superstição e Ocultismo - também conhecido como «O Museu dos Arrepios», homem com uma pouso saudável obsessão pelo oculto.
Evie receia que ele descubra o seu segredo mais sombrio: um poder sobrenatural que até ao momento só lhe causou problemas. Porém, quando a polícia encontra uma rapariga morta que tem um estranho símbolo gravado na testa e Will é chamado ao local, Evie percebe que o seu dom pode ajudar a apanhar o assassino em série.
Quando Evie mergulha de cabeça numa dança com um assassino, outras histórias se desenrolam na cidade que nunca dorme. Um jovem chamado Memphis é apanhado entre dois mundos. Uma corista chamada Theta anda a fugir do seu passado. Um estudante chamado Jericho esconde um segredo chocante. E sem que ninguém saiba, algo sombrio e maligno despertou.

Ver opinião a este livro aqui.


Pede-me o Que Quiseres, de Megan Maxwell
Sinopse: Um romance atrevido e contemporâneo. Uma história de amor que oculta um perigoso segredo. Recheado de amor, luxúria e sexo.Após a morte do pai, o prestigiado empresário alemão Eric Zimmerman decide viajar até Espanha para supervisionar as filiais da empresa Müller. Nos escritórios centrais de Madrid conhece Judith, uma jovem inteligente e simpática, por quem se enamora de imediato. Judith sucumbe à atracção que o alemão exerce sobre ela e aceita tomar parte nos seus jogos sexuais, repletos de fantasias e erotismo.Com ele aprenderá que todos temos dentro um voyeur, e que as pessoas se dividem em submissos e dominantes… Mas o tempo passa, a relação intensifica-se e Eric começa a temer que o seu segredo seja descoberto, algo que poderia ditar o princípio do fim de uma relação.

Ver opinião a este livro aqui.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Livros para o Halloween 2013

É já amanhã que se comemora mais um Halloween!
Esta festividade cada vez mais celebrada em Portugal está hoje ligada à fantasia e brincadeira, mas nem sempre foi assim. A noite de 31 de outubro é muito especial, pois está ligada à comemoração da Samhaim , uma festa pagã de culto dos mortos.Como tal e dependendo de cada cultura, esta comemoração pode ser observada de diversos pontos de vista. Há quem considere esse mundo espiritual como perfeito, mas há quem o veja como assustador e perigoso. E é a ideia de medo que é hoje muito associada a esta festividade, sendo por isso habitual ver pessoas mascaradas de personagens assustadores, assistir a filmes de terror, ou ler livros mais perturbadores.
Por estarmos tão perto desta data, resolvi retomar uma iniciativa do ano passado. Revisitei a minha lista de livros lidos neste último ano e escolhi aqueles que são mais apropriados para esta época. Ora aqui estão eles:


Algo Maligno Vem Aí, de Ray Bradbury
Não são só os acontecimentos que causam arrepios no leitor, as próprias descrições conseguem perturbar. Toda a narrativa é passada num clima negro e de suspense, sendo que a fantasia e os medos reais concretos da generalidade da população estão interligados, gerando situações que ficam com o leitor mesmo quando este está afastado das páginas deste livro.

Os Adivinhos, de Libba Bray
Esta é uma leitura recente e que muito me impressionou. A euforia dos loucos anos 20 está intercalada com o misticismo e o oculto, dando origem a uma história de contrastes. Algumas das situações causam arrepios e criam imagens bem assustadores na mente ao mesmo tempo que a crueldade com objetivo bem definido incomoda. O mistério é constante e apela à imaginação.

O Livro Sem Nome, de Anónimo
O mistério assusta, e aqui tudo começa logo na capa. Este livro não tem nome e não se sabe por quem foi escrito. A sinopse em nada ajuda e nas primeiras páginas é apresentada uma situação que levanta grandes incógnitas. Uma trama muito diferente, bem conseguida e uma sociedade que revela ser mais do que aquilo que inicialmente parecia ser.
Ver opinião a este livro aqui.


O Palácio da Meia-Noite, de Carlos Ruiz Zafón
Todo o ambiente desta trama é tenso e grita perigo. Desde o início que se percebe que se está perante uma história de fantasmas, apeser de tal não ser anunciado, sendo uma descoberta perceber o que motivou esse tipo de atitivade. Contudo, é com interesse que se observa que o oculto é apenas um meio, sendo a ação humana a principal responsável de todo o sofrimento apresentado.
Ver opinião a este livro aqui.

Departamento 19, de Will Hill
Vampiros, lobisomens, o Frankstein  e outros seres que povoam a imaginação. Este livro reune diversas figuras das mais conhecidas histórias de terror numa história passada nos dias de hoje. O protagonista combate algumas destas ameaças ao mesmo tempo que trava amizade com outras. Um título mais leve e dedicado a um público jovem.
Ver opinião a este livro aqui.


E vocês? Qual foi o livro que leram este ano que melhor se adequa ao Halloween?

Novidade da Planeta para outubro (2)

Sob o Céu que Não Existe, de Verónica Rossi
Sinopse: O mundo mantinha-os separados, mas o destino reuniu-os. Aria viveu toda a vida no Casulo protegido de Reverie. Este era o seu mundo e nunca pensou sobre o que estaria para lá das fronteiras. Mas, quando a mãe desaparece, Aria vê-se confrontada a sair para o exterior para a procurar, e a sobrevivência no deserto o tempo suficiente para a encontrar parece impossível.  Então Aria encontra um estranho chamado Perry. Ele também está à procura de alguém. Mas é um Externo, um Selvagem, contudo é a única pessoa capaz de a manter viva na travessia do deserto. 



Novidade da Casa das Letras para novembro

A Misteriosa Mulher da Ópera, de Vários Autores

Sinopse: Um desafio. Sete autores. Catorze mãos. Sete personagens inesquecíveis. Uma única história. Uma trama arrebatadora que contém de tudo, desde crimes misteriosos, o fantasma de uma avó violinista, flûtes de champanhe, um gato persa chamado Psiché que por vezes se vê obrigado a fazer de pêndulo de Foucault, uma caixa de violino suspeita de assassinato, uma taberna onde se canta o fado em Xabregas, e amor, amor em catadupas, uma grande paixão, desencontros terríveis, equívocos inexplicáveis, reencontros inesperados. A aventura vai das avenidas de Paris, à Rua Heróis de Quionga, ao Teatro Nacional de São Carlos, ao cais de Xabregas e a um cacilheiro que parte para Veneza deixando um cadáver para trás.



Novidades da D. Quixote para novembro

O Boneco de Neve, de Jo Nesbø

Sinopse: Noite escura. Lá fora começa a nevar. A primeira neve do ano. No conforto da sua casa, Jonas acorda a meio da noite, chama pela mãe, mas o único rasto que encontra são as pegadas húmidas no chão das escadas. No jardim, a mesma figura solitária que vira durante o dia: o boneco de neve, agora banhado pelo luar, com os olhos negros fixos na janela do quarto. E no pescoço um agasalho: o cachecol cor de rosa que oferecera à mãe. Encarregado da investigação, o Inspetor Harry Hole está convencido de que existe uma ligação entre o estranho desaparecimento da mãe de Jonas e uma carta ameaçadora que recebeu alguns meses antes. Quando Harry e a sua equipa começam a analisar antigos casos por resolver, descobrem que, ao longo dos anos, no primeiro dia em que nevou, desapareceu um número alarmante de mulheres, com uma característica comum: eram todas casadas com filhos. E quando se vê confrontado com outro caso com as mesmas características, as suspeitas de Harry confirmam-se: não passa de um mero peão num jogo mortífero. Pela frente tem o primeiro assassino em série da Noruega, um assassino tão inteligente, que quase o leva à loucura.

A Irmã, de Sandór Márai
Sinopse: No auge da sua carreira como pianista, Z. apanha um comboio com destino a Florença, cidade onde, a convite do governo italiano, irá dar um concerto. Pouco antes de cruzar a fronteira, é acometido por uma indisposição, e, depois da sua atuação, acaba por ser internado num hospital florentino, sendo-lhe diagnosticada uma rara doença viral. Aí, enquanto paira entre a vida e a morte, Z. levará a cabo um diálogo intenso e crítico com o seu médico, uma indagação sem concessões sobre o precário equilíbrio entre o poder curativo da ciência e o espírito de luta do paciente. Uma noite, presa do delírio causado pela morfina, Z. escuta uma voz feminina, que lhe sussurra: «Não quero que morra.» E estas palavras terão nele um efeito medicinal, levando-o a repensar aspectos fundamentais da sua vida. Será aquela «força feminina», aquela energia que age mascarada, a lutar por ele, a trazê-lo de volta à vida. Escrito em 1946, no seguimento de As Velas Ardem até ao Fim, este romance é mais um claro exemplo da especial sensibilidade e talento do grande escritor húngaro para abordar as principais preocupações do ser humano, aquelas que transcendem as fronteiras históricas e geográficas. A paixão, o sofrimento, a doença, o êxtase provocado pela arte e o mistério da morte são alguns dos temas intemporais que Sándor Márai aborda de forma magistral ao longo destas páginas - a última obra que publicou no seu país, antes de partir para o exílio.


A Mancha Humana, de Philip Roth

Sinopse: Coleman Silk tem um segredo. Mas não se trata do segredo do caso que mantém, aos setenta e um anos, com uma mulher com metade da sua idade e um passado brutalmente devastado. Também não é o segredo do alegado racismo de Coleman, pretexto para a caça às bruxas desencadeada pela universidade e que lhe custou o emprego e, na sua opinião, lhe matou a mulher. O segredo de Coleman foi guardado durante cinquenta anos: oculto da mulher, dos seus quatro filhos, dos seus colegas e dos seus amigos, incluindo o escritor Nathan Zuckerman, que - após a morte suspeita de Coleman, com a amante, num desastre de automóvel - resolve compreender como é que aquele homem eminente e íntegro, apreciado como educador durante quase toda a sua vida, forjou a sua identidade e como essa vida tão cuidadosamente controlada acabou por ser deslindada. Situado na América dos anos 90, onde princípios morais contraditórios e divergências ideológicas são trazidos à luz do dia através da denúncia pública e de rituais de purificação, A Mancha Humana completa a eloquente trilogia de Philip Roth sobre vidas americanas do pós-guerra tão tragicamente determinadas pelo destino da nação como pela «mácula humana» que marca de modo tão indelével a natureza do homem.

Gente Feliz com Lágrimas, de João de Melo

Sinopse: Romance de uma família que se desfaz e refaz pelas paragens onde a levam os bons e maus augúrios que motivam a sua dispersão, Gente Feliz com Lágrimas é uma saga que irresistivelmente arrasta o leitor ao longo de cinco mundos, vividos e pensados através da obsessiva busca da felicidade que move os seus protagonistas. Concebida polifonicamente como a descrição dos vários modos de viver a amargura que medeia entre o abandono da terra e o retorno ao domínio do que é familiar, esta peregrinação possível em tempos de escassez de aventura é a definitiva lição de que o regresso se não limita a perfazer o círculo e constitui uma visão fascinante do Portugal que todos, de uma maneira ou de outra, conhecemos. Gente Feliz com Lágrimas, o romance de João de Melo distinguido com cinco importantes prémios literários, foi adaptado a televisão para a RTP, numa série de cinco episódios dirigida por José Medeiros, e ao teatro por João Brites para o grupo "O Bando".


Navegação de Acaso, de Nuno Júdice
Sinopse: Nuno Júdice é hoje uma das vozes mais valorizadas e singulares da literatura contemporânea, pela sua permanente luta contra o indizível da palavra e da poesia. O mistério, a criação e a revelação do absoluto e do sagrado são explorados por Júdice nessa tão sua tentativa de modelar nas formas que a língua lhe colocou à disposição ou na «liberdade» que a linguagem lhe permite e «autoriza». Distinguido com os mais importantes prémios de poesia portugueses, entre eles, o Pen Clube (1985), Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus, (1990), e o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (1994). Em 2013 recebeu o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana.







Fado Alexandrino, de António Lobo Antunes

Sinopse: Narra o regresso e reencontro de quatro ex-combatentes da guerra colonial, o modo como a vida se lhes transtornou e se destruiu. A história prende a atenção pela narrativa articulada, por vezes irresistivelmente divertida, em que personagens e caracteres convincentes, bem desenhados, vivem uma intriga de acontecimentos múltiplos e surpreendentes peripécias de timbre trágico e cómico, do quotidiano banal ao sucesso mais insólito.










O Espião que Saiu do Frio, de John le Carré

Sinopse: O Espião que saiu do Frio é a história da perigosíssima missão de um agente que quer desesperadamente pôr termo à sua carreira de espião: sair do frio.
Neste reconhecido clássico do suspense, le Carré mudou as regras do jogo e viu-se catapultado para a fama mundial.
Este livro foi adaptado ao cinema, num filme muito premiado de Martin Ritt, com Richard Burton e Claire Bloom nos principais papéis.














terça-feira, 29 de outubro de 2013

Opinião: Pede-me O Que Quiseres

Título original: Pídeme lo que Quieras (2012)
Autor: Megan Maxwell
Tradução: Cristina Dionísio
ISBN:  9789896574475
Editora: Planeta (2013)

Sinopse: 

Um romance atrevido e contemporâneo. Uma história de amor que oculta um perigoso segredo. Recheado de amor, luxúria e sexo.Após a morte do pai, o prestigiado empresário alemão Eric Zimmerman decide viajar até Espanha para supervisionar as filiais da empresa Müller. Nos escritórios centrais de Madrid conhece Judith, uma jovem inteligente e simpática, por quem se enamora de imediato. Judith sucumbe à atracção que o alemão exerce sobre ela e aceita tomar parte nos seus jogos sexuais, repletos de fantasias e erotismo.Com ele aprenderá que todos temos dentro um voyeur, e que as pessoas se dividem em submissos e dominantes… Mas o tempo passa, a relação intensifica-se e Eric começa a temer que o seu segredo seja descoberto, algo que poderia ditar o princípio do fim de uma relação.

Opinião:

Pede-me o Que Quiseres é um romance erótico que tem como base uma série de ideias já vistas em outros títulos do género. A relação retratada surge num meio profissional, onde o dono de uma multinacional sente-se atraído por uma funcionária e começa a atraí-la para os seus jogos. Mais uma vez, ele é um homem controlador que pouco ou nada desvenda da sua vida pessoal. Ela é uma jovem comum que fica rendida a este homem e, apesar de nem sempre estar inteiramente de acordo com algumas ações, faz de tudo para o agradar.

As personagens principais apresentam personalidades opostas. Judith Flores tenta representar a típica jovem latina, cheia de vida e de espírito impulsivo. Ela proporciona alguns momentos interessantes, nomeadamente quando se opõe ao seu par. Infelizmente, ela é também facilmente manipulada o que faz com que muitas vezes aja contra aquilo que apregoa, para além de que muitas das suas atitudes correspondem a exageros estereotipados. Já Eric Zimmerman corresponde à ideia geral de um típico homem de negócios alemão. Frio, calculista e sem sentido de humor, acaba ainda por se revelar demasiado mimado e os seus amuos perante o que o afasta dos seus objetivos chegam mesmo a aborrecer e a criar situações pouco apreciadas.

Assim sendo, percebe-se que a principal atração entre estas duas figuras consiste na diferença. Se por um lado esta é uma ideia interessante, a verdade é que poderia ter sido explorada de uma forma mais convincente. É sempre Judith quem tem de ceder, e isso nem sempre parece corresponder aos seus ideais, o que transmite a ideia pouco agradável de que a mulher é que tem de mudar para o bom funcionamento da relação, em vez de este ser um trabalho em conjunto. Muitas vezes, Eric chega mesmo a ser demasiado autoritário, abusando do seu poder enquanto chefe para manipular Judith e criando situações incómodas e condenáveis. Afinal, nem sempre Judith se mostra de acordo com o que acaba por fazer, o que mais uma vez coloca em causa a emancipação da mulher e afasta o conceito de romantismo.

Pede-me o Que Quiseres acaba, no entanto, por explorar um outro lado da sexualidade, muito diferente de séries como As Cinquenta Sombras, de E. L. James, ou Crossfire, de Sylvia Day. A autora preferiu entrar no campo do voyeurismo e swing. As situações criadas neste campo acabam por estar bem conseguidas, sendo apenas de lamentar que o casal Judith e Eric não seja o mais arrebatador pelos motivos que já foram apresentados.

A linguagem utilizada por Megan Maxwell é simples, proporcionando uma leitura facilitada. Contudo, alguns dos diálogos parecem demasiado forçados, nomeadamente os que estão ligados à persongagem de Judith. O final surge de forma demasiado abrupta e pouco coerente. Fica a sensação de que esta história podia terminar num só livro, mas que a autora preferiu mudar o rumo dos acontecimento perto da conclusão de forma a dar continuidade a esta trama num outro volume.

A fórmula usada por Megan Maxwell está longe de ser original, mas ainda assim a autora consegue proporcionar uma leitura agradável, que não exige grande esforço e que se faz rapidamente. Pede-me o Que Quiseres não é a melhor história dentro do género, tem inumeras falhas, mas vai agradar a quem está rendido a esta renovada moda literária.

Juliet Marillier na Fnac do Colombo no dia 7 de novembro

(Clicar na imagem para ver maior)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Novidades da Alfaguara para outubro

Estrada para Los Angeles, de John Fante
Sinopse: Aos 18 anos, Arturo Bandini vive com a mãe e a irmã em San Pedro, o porto de Los Angeles. Obrigado, pela morte do pai e pela grande crise de 1929, a trabalhar em empregos duros e mal pagos, tem nas revistas pornográficas o seu único alívio, um hábito muito censurado pela beatice da mãe e da irmã. As suas outras leituras consistem nos livros que procura na biblioteca, obras de grandes autores como Nietzsche e Schopenhauer, que Arturo mal compreende mas que gosta de se gabar de ter lido. Lê-as, ao mesmo tempo que emprega um vocabulário forçadamente erudito, na esperança de cumprir o sonho de ser escritor. Arturo Bandini, um italo-americano a tentar vingar na vida em plena Grande Recessão, é uma personagem intrigante, bizarra e absolutamente única, que John Fante nos deu o privilégio de seguir numa saga em quatro volumes. A estrada para Los Angeles, o primeiro romance de Fante, descreve os rituais de iniciação de Bandini na vida adulta, para a qual está gritantemente impreparado.


Histórias de loucura normal, de Charles Bukowski
Sinopse: Com Bukowski, não há meio-termo: ou se ama ou se odeia. Estas histórias, inspiradas na sua própria vida, são tão selvagens e inusitadas quanto as histórias dos seus romances. Bukowski foi uma lenda no seu tempo. Louco, recluso, amante. Afável e mesquinho. Lúcido e insano. Sempre inesperado. Estas histórias excepcionais vêm directas do âmago de uma vida, a que viveu, marcada pela violência e pela depravação. Histórias de liberdade, tão profanas quanto sagradas. Da prostituição à música clássica, Bukowski faz, nestas Histórias de Loucura Normal, um retrato irado, apesar de terno, bem-humorado e inquietante, da vida marginal de Los Angeles, uma realidade obscura e perigosa que emoldurou a vida de um dos maiores autores de culto do século xx. Histórias, afinal, da loucura que espreita dentro de cada um de nós, que faz do corpo uma marioneta e que não desaparece senão com a morte. «Um agitador profissional… representante da marginalidade de Los Angeles…


Opinião: O Anjo das Trevas (Os Cânticos do Serafim #2)

Título original: Of Love and Evil (2010)

Autor: Anne Rice
Tradução: Paula Antunes
ISBN: 9789721061798
Editora: Publicações Europa-América (2012)

Sinopse:

«Sonhei com anjos. Vi-os e ouvi-os numa enorme e interminável noite galáctica. Vi as luzes que simbolizavam estes anjos, voando aqui e ali, em laivos de um brilho irresistível […] Senti amor em redor de mim neste vasto e contínuo domínio de som e luz […] E algo semelhante a tristeza apoderou-se de mim e confundiu toda a minha essência com as vozes que cantavam, porque as vozes cantavam sobre mim.»
Assim começa o novo romance assombroso de Anne Rice, um thriller sobre anjos e assassinos, que nos conduz novamente aos mundos obscuros e perigosos de tempos passados. Anne Rice leva-nos para outros domínios, desta vez para o mundo de Roma no século XV, uma cidade de cúpulas e jardins suspensos, torres altas e cruzes por debaixo de nuvens sempre em mudança; colinas familiares e pinheiros altos… de Miguel Ângelo e Rafael, da Sagrada Inquisição e de Leão X, segundo filho de um Medici, dissertando sobre o trono papal… E nesta época, neste século, Toby O’Dare, antigo assassino por ordem do governo, é convocado pelo anjo Malquias para resolver um terrível crime de envenenamento e para procurar a verdade sobre a aparição de um espírito irrequieto — um diabólico dybbuk. O’Dare em breve se vê envolvido no seio de conspirações negras e contra-conspirações, rodeadas por uma ameaça sombria e ainda mais perigosa, porque o véu do terror eclesiástico a cobre.
Enquanto embarca numa viagem de expiação, O’Dare é ligado ao seu próprio passado, com assuntos claros e obscuros, ferozes e ternos, com a promessa de salvação, e com uma visão mais profunda e rica do amor.

Opinião:


O Anjo das Trevas é o segundo volume da saga Os Cânticos de Serafim. Escrito durante uma fase em que Anne Rice regressava à fé cristã, este livro volta a explorar temas relacionados com a religião e redenção.

Neste volume, o leitor volta a acompanhar Toby O’Dare, um assassino a solo que se arrepende dos atos do passado. Conduzido por um serafim, Malquias, Toby tem a sua oportunidade de alcançar o perdão, mas, para tal, precisa de voltar ao passado para corrigir alguns erros através da sua fé ao mesmo tempo que inicia uma jornada de autoconhecimento e arrependimento.

O leitor fica a conhecer melhor o passado do protagonista, ao mesmo tempo que compreende melhor as suas motivações em diferentes fases da sua vida. Tal como aconteceu no volume anterior, as viagens no tempo, ou no tempo do anjo, voltam a ser fundamentais para a obra, já que estas levam Toby a enfrentar situações de grande complexidade.

Em Itália, o ponto de maior interesse consistiu quando o herói é tentado pela dúvida quanto à sua fé. Contudo este é um desafio ultrapassado com maior facilidade do que seria esperado, tal como acontece com praticamente todos os outros obstáculos que tem de atravessar.

No final, a autora volta a explorar a ideia de perdão e, nesse momento, pode-se estabelecer um paralelismo entre o herói e a autora, já que também ela afastou-se da religião durante muito tempo, regressando mais tarde no papel de devota (porém, Anne Rice anunciou há dois anos a rejeição do cristianismo, mas não de Cristo).

O estilo de escrita quase lírico ao qual a autora nos habitou mantém-se, contudo esta pode ser considerada uma trama menos surpreendente que as anteriores. Afinal, trata-se de um volume de proporções muito menores, o que faz com que a trama seja desenvolvida rapidamente, sem grandes reviravoltas ou desenvolvimentos.

Os fãs das obras anteriores de Anne Rice vão sentir que faltam ingredientes fundamentais a esta obra, o que faz com que não seja um dos melhores livros da autora. Esta é uma narrativa fortemente dedicada à religião e, por isso, poderá agradar apenas a quem está familiarizado com os conceitos apresentados. Uma leitura interessante para quem leu o primeiro volume da saga, mas que pode ser considerado aquém das Crónicas Vampíricas ou das Bruxas de Mayfair.

Outras opiniões a livros de Anne Rice:
Entrevista com o Vampiro (Crónicas dos Vampiros #1)
O Vampiro Lestat, volume 1 (Crónicas dos Vampiros #2)  
O Tempo do Anjo (Os Cânticos do Serafim #1)

domingo, 27 de outubro de 2013

Opinião: A Guerra Diurna (Ciclo a Noite dos Demónios #3)

Título Original: The Daylight War (2013)
Autor: Peter V. Brett
Tradução: Renato Carreira
ISBN: 9789892324494
Editora: Asa (2013)

Sinopse:

Na noite da Lua Nova, os demónios erguem-se em força, procurando as mortes dos dois homens com potencial para se tornarem o lendário Libertador, o homem que, segundo a profecia, reunirá o que resta da humanidade num esforço derradeiro para destruir os nuclitas de uma vez por todas.
Arlen Fardos foi outrora um homem comum, mas tornou-se algo mais: o Homem Pintado, tatuado com guardas místicas tão poderosas que o colocam à altura de qualquer demónio. Arlen nega constantemente ser o Libertador, mas, quanto mais se esforça por se integrar com a gente comum, mais fervorosa se torna a crença destes. Muitos aceitariam segui-lo, mas o caminho de Arlen ameaça conduzir a um local sombrio a que apenas ele poderá deslocar-se e de onde poderá ser impossível regressar.
A única esperança de manter Arlen no mundo dos homens ou de o acompanhar reside em Renna Curtidor, uma jovem corajosa que arrisca perder-se no poder da magia demoníaca.
Ahmann Jardir transformou as tribos guerreiras do deserto de Krasia num exército destruidor de demónios e proclamou-se Shar’Dama Ka, o Libertador. Tem na sua posse armas ancestrais, uma lança e uma coroa, que consubstanciam a sua pretensão e vastas extensões das terras verdes se curvam já ao seu poderio.
Mas Jardir não subiu ao poder sozinho. A sua ascensão foi programada pela sua Primeira Esposa, Inevera, uma sacerdotisa ardilosa e poderosa cuja formidável magia de ossos de demónio lhe permite vislumbrar o futuro. Os motivos de Inevera e o seu passado encontram-se envoltos em mistério e nem Jardir confia nela por completo.
Outrora, Arlen e Jardir foram próximos como irmãos. Agora, tornaram-se os maiores rivais. Enquanto os inimigos da humanidade se erguem, os únicos dois homens capazes de os derrotarem encontram-se divididos pelos mais mortais de todos os demónios: aqueles que se escondem no coração humano.

Opinião:

Peter V. Brett prova que a espera de cerca de três anos por A Guerra Diurna valeu a pena. O terceiro volume do Ciclo a Noite dos Demónios mantém os ingredientes dos dois livros anteriores e ainda assim consegue surpreender.

Este livro começa com capítulos dedicados a uma das personagens mais misteriosas e intrigantes: Inevera. Esta figura tão forte passa então a ser observada de um novo ponto de vista, já que a sua infância e formação são exploradas de uma forma bastante cativante. É com interesse que se ficam a conhecer as suas relações familiares mas sobretudo os segredos da educação das Dama'ting. Os momentos dedicados ao treino de Inevera são completamente aliciantes e tornam a leitura compulsiva. É então possível conhecer as motivações desta mulher e, de certa forma, compreendê-la. Depois destes capítulos, Inevera revela-se uma personagem mais forte, já que não é contemplada em toda a sua plenitude.

Para além de ser possível ficar a conhecer mais profundamente Inevera e as circunstâncias que a levaram a desenvolver tal personalidade, é também descoberta uma nova vertente cultural e social da Krasia. A hierarquia desta sociedade fortemente inspirada na cultura islâmica continua a fascinar, nomeadamente nas evoluções apresentadas ao longo deste volume. É com interesse que se vê o desenvolvimento do papel da mulher como o de poucos homens pertencentes a uma casta mais baixa.

Neste volume, os momentos dedicados a Ahmann Jardir são mais escassos, mas suficientes. Em contrapartida, Arlen ganha uma certa relevância, nomeadamente devido às novas capacidades que desenvolve e à evolução da sua relação com Renna. E se o primeiro parece concentrado na formação de um domínio superior, o segundo está focado na libertação e salvação de populações. Dois objectivos distintos, mas que são apresentados por ambas as partes como necessários para o combate contra os nuclitas. É interessante ver como figuras preponderantes de culturas que chocam apresentam soluções díspares para solucionar o mesmo problema.

Leesha toma uma série de decisões que podem desagradar, apesar de continuar a ser uma das personagens mais amadas. Por isso mesmo, é com solidariedade que se assiste à sua dor em certas circunstâncias e, a certo momento, percebe-se que o papel desta personagem poderá ganhar uma relevância diferente daquela que teve até ao momento. Roger, por seu lado, acaba por se encontrar uma situação que proporciona momentos que tanto são de divertidos como de tensão. O violinista fica no centro de um verdadeiro choque de culturas, o que salienta as diferenças entre as sociedades criadas por Peter V. Brett e levam a inevitáveis comparações entre os confrontos entre cristãos e muçulmanos durante a Idade Média.

A Guerra Diurna apresenta ainda os primeiros capítulos dedicados aos demónios do Núcleo. Finalmente é possível ficar a conhecer os pensamentos de alguns destes seres que durante dois volumes foram apresentados como donos de um instinto puramente animal. Afinal, os nuclitas também são dotados de razão e é possível ficar a perceber que também vivem numa sociedade hierarquizada, semelhante a uma monarquia. A curiosidade sobre estes seres aumenta à medida que os seus planos são levemente divulgados e fica a vontade de conhecer melhor o mundo em que habitam.

Os combates apresentados são bastante intensos e o confronto directo com príncipes nuclitas resulta no momento alto destes momentos de ação. Porém, o confronto mais entusiasmante ficou guardado para o fim e o seu desfecho faz ansiar pela chegada rápida do próximo volume desta saga. Peter V. Brett soube como deixar os seus leitores surpreendidos e ao mesmo tempo frustrados por não poderem continuar a acompanhar as aventuras destas personagens tão cativantes.

Apesar do seu grande volume, A Guerra Diurna é um livro que é devorado com avidez graças a personagens bem construídas e credíveis e a um enredo aliciante. Um volume que não defrauda os anteriores e que explora um mundo que consegue continuar a surpreender. Fica a vontade de perceber que mais estará Peter V. Brett a tramar. Recomendo.

Nota: Esta série terá cinco volumes. O quarto, The Skull Throne, tem publicação prevista para 2015. The Core deverá ser o título do livro que encerra esta história, não tendo ainda data de previsão de publicação.

sábado, 26 de outubro de 2013

Novidades da TopSeller para novembro

O Golpe, de Janet Evanovich
Sinopse: Kate O’Hare é uma das melhores agentes do FBI. Nick Fox é um vigarista genial, presente na lista dos Dez Mais Procurados do FBI. Ela raramente falhou um caso — a exceção é Nick, que sempre escapou à sua vigilância enquanto aplicava inacreditáveis golpes de alto risco a milionários. Eles sentem-se atraídos um pelo outro: ela é teimosa e exigente, ele é charmoso e imaginativo.
Juntos, e com uma equipa de vigaristas amadores reunida por Nick, vão montar um golpe genial para capturar um investidor corrupto que fugiu com 500 milhões de dólares e que se esconde numa das 17 mil ilhas da Indonésia.
Entre uma forte atração mútua, problemas de liderança e choques de personalidade, será que esta dupla improvável irá ser bem-sucedida?



O Juramento da Rainha, de C. W. Gortner
Sinopse: Mergulhada num conflito mortal para manter o trono, está determinada a casar-se com o único homem que ama, mas que lhe é proibido: Fernando, príncipe de Aragão. Quando decidem unir os reinos de ambos sob o lema «uma só coroa, um só país, uma só fé», Isabel e Fernando deparam-se com uma Espanha empobrecida e cercada por inimigos.
Com um grande interesse pela descoberta do desconhecido, deixa-se apaixonar pela visão de um enigmático navegador chamado Colombo. Mas quando os mouros do reino de Granada declaram guerra, tem lugar uma violenta e terrível batalha contra um antigo adversário, que irá testar toda a determinação, a coragem e a crença tenaz que Isabel tem no seu destino.



Liberta-me, de J. Kenner
Sinopse: Nikki Fairchild tem 24 anos e parte do Texas para Los Angeles. Bela, inteligent e criativa, ambiciona montar o seu próprio negócio na área da tecnologia. Damien Stark tem 30 anos e é uma antiga estrela do mundo do ténis.
Atualmente é um empresário rico, poderoso e bem-sucedido, com negócios em todas as áreas. Sensual, ousado, e controlador, Damien é desejado por todas as mulheres que o rodeiam. Os caminhos de ambos cruzam-se, dando lugar a um romance arrebatador, revestido de uma carga emocional e erótica tão poderosa que os consome. Mas tanto Damien como Nikki possuem segredos que temem partilhar. Poderão os fantasmas do passado forçar a sua separação?
A história de uma paixão obsessiva entre um homem que não conhece a palavra «não», e de uma mulher que sabe dizer «sim», num tom excitante e com todos os detalhes.



Qual é o livro? #13


"Elena vive...de novo."

Regras da rubrica aqui.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Opinião: Os Apóstolos da Fénix

Título original: The Phoenix Apostles (2011)
Autor: Lynn Sholes e Joe Moore
Tradução: Isabel Sequeira
ISBN:  9789721061897

Editora: Publicações Europa-América (2011)

Sinopse:

A jornalista Seneca Hunt está a assistir à abertura do túmulo de Montez na Cidade do México quando a equipa de escavação, chefiada pelo seu noivo, descobre que os restos mortais do imperador desapareceram. Poucos minutos depois, todos os que ali estão são mortos - com excepção de Seneca, que escapa à carnificina por um triz.
Decidida a descobrir quem está por detrás das mortes, Seneca junta-se ao romancista Matt Everhart. Juntos, eles fazem a arrepiante descoberta que alguém está a roubar restos mortais dos mais famosos assassinos em massa da história - enquanto seguem um trilho letal que vai recuar até à morte de Jesus Cristo.

Opinião:

Autores de policias com livros publicados em 24 línguas, Lynn Sholes e Joe Moore apresentam o primeiro livro de uma saga que junta o thriller com o mistério do sobrenatural. Os Apóstolos da Fénix é protagonizado por Seneca Hunt, uma jornalista que se depara no meio de uma conspiração antiga.

Esta é uma trama cativante que vai buscar inspiração à religião, mitologia e história. A ação é constante e faz com que a leitura avance a um bom ritmo, sem espaço para momentos aborrecidos. O leitor viaja entre a América e a Europa, fica a conhecer algumas teorias da conspiração atuais, assim como algumas personagens que marcaram o seu tempo pela crueldade dos seus atos.

As personagens estão bem conseguidas, mas o destaque não vai para Seneca, a protagonista da obra, mas sim para Billy Groves, um cowboy atormentado e possuidor de uma boa história de vida e redenção, que poderia ter sido melhor explorado. As descrições dos espaços está bem conseguida, na medida em que o leitor consegue sentir o frio e escuridão das catacumbas de Paris, até ao calor abrasador da Isla de Sangre.

Contudo, tudo parece ser demasiado fácil para os heróis, enquanto ações simples tomadas pelos vilões nunca são bem sucedidas, o que faz com que tudo corra para um inevitável desfecho. Teria sido agradável ter assistido a um maior grau de dificuldade na tarefa dos heróis, assim como teria sido mais emocionante ver nos vilões obstáculos mais realistas.

A mistura entre policial e sobrenatural foi bem conseguida e torna-se no factor mais cativante da obra. Os autores entrelaçam conceitos do Cristianismo e da mitologia dos Astecas com temores bem atuais relacionados com a mortalidade e o fim do mundo tal como o conhecemos. Esta junção está bem conseguida e é refrescante.

Os Apóstolos da Fénix é uma leitura bem agradável que agarra e faz crescer a curiosidade sobre estes dois autores.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Opinião: O Hobbit

Título original: The Hobbit (1937)
Autor: J. R. R. Tolkien  
Tradução: Tito Lyon de Castro
ISBN:  9789721043053
Editora: Publicações Europa América (2007)

Sinopse:

O Hobbit é a história das aventuras de um grupo de anões que vão à procura de um tesouro guardado por um terrível dragão.
São relutantemente acompanhados por Bilbo Baggins, um hobbit apreciador do conforto e vida calma. Encontros com elfos, gnomos e aranhas gigantes, conversas com o dragão, Smaug, o Magnífico, e a presença involuntária na Batalha dos Cinco Exércitos são algumas das experiências por que Bilbo passará. O Hobbit é não só uma história maravilhosa como o prelúdio a O Senhor dos Anéis.

Opinião:


Quando se fala em J. R. R. Tolkien é inevitável relembrar o incrível e envolvente mundo exposto nas suas obras. Os fãs do autor decerto se sentem fascinados pela complexidade da história envolvente e pela definição das muitas raças existentes, contudo, é interessante ver como tudo isto começou com uma ideia tão simples.
“Num buraco do chão vivia um hobbit”, começa Tolkien, preparado para nos iniciar neste universo, arquétipo de muitos outros autores que viriam depois dele. Esse hobbit não era um sábio, um guerreiro ou um feiticeiro, era pura e simplesmente um hobbit, um dos seres mais simples da Terra Média. Bilbo Baggins é o nome deste ser habituado ao conforto do seu lar. Desde cedo é criada simpatia por esta personagem tão relevante e marcante na fantasia épica.

Certo dia, Bilbo recebe um estranho visitante. Gandalf, o feiticeiro cinzento perturba a vida tranquila do hobbit, e, com ele chegam treze anões que anseiam recuperar o lar dos seus antepassados. É impossível não ficar cativado com o sábio feiticeiro que se revela um líder perspicaz e um guia subtil, ou com o grupo de anões que, apesar das personalidades diversas, proporciona tanto momentos descontraídos como outros mais temerosos.

Bilbo nem quer acreditar no que a sorte ou o azar lhe levou à porta de casa. E se no início os instintos dos da sua espécie o dizem para expulsar aquela estranha gente da sua vida, com o tempo acaba por descobrir uma estranha necessidade de partir numa aventura e conhecer novas terras e pessoas. Quando dá por si, Bilbo está a viajar para fora do seu amado Shire em estranhas companhias. Pelo caminho, os valores deste hobbit são colocados à prova, quer seja na resistência física ou no combate a trolls, gnomos e até um terrível dragão que guarda um enorme tesouro.

Terminada esta aventura, não há como não ficar rendido a Tolkien. Em O Hobbit, o autor apresenta uma história adequada para todas as idades. Afinal, se uma análise superficial mostra uma trama simples, direcionada para um público jovem e baseada na sequência de peripécias, um leitor mais atento apercebe-se de algumas mensagens subtis e cativantes deixadas pelo autor.

Tolkien mostra que o ser mais simples é capaz de fazer toda a diferença. Daí escolher o hobbit para seu protagonista. Deste modo, quem ultrapassa as grandes adversidades não é o grande feiticeiro ou o guerreiro mais forte, mas sim o mais humilde dos seres, dotado de toda a sua bondade e coragem. Igualmente, o autor revela que todos possuem bem e mal dentro de si, e que a verdadeira provação está em escolher qual usar em cada momento. O respeito pelo passado e pelo meio ambiente estão também em evidência, nomeadamente na personificação destes conceitos em figuras concretas.

É ainda de enaltecer a presença de ilustrações realizadas pelo próprio autor. Estas não só nos aproximam mais da sua visão como fornecem uma maior beleza à edição.

O Hobbit torna-se um volume obrigatório na biblioteca de cada leitor. É um livro encantador que revela novos aspectos a cada releitura.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Novidade da Asa para novembro

Luz e Sombra, de Leigh Bardugo

Sinopse: Rodeada por inimigos, a outrora grande nação de Ravka foi dividida em duas pelo Sulco de Sombra, uma faixa de escuridão quase impenetrável cheia de monstros que se alimentam de carne humana. Agora, o seu destino pode depender de uma só refugiada.
Alina Starkov nunca foi boa em nada. Órfã de guerra, tem uma única certeza: o apoio do seu melhor amigo, Maly, e a sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa do regimento militar, numa das expedições que tem de fazer ao Sulco de Sombra, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros volcra e ficar brutalmente ferido. O seu instinto leva-a a protegê-lo , e ela revela um poder adormecido que lhe salva a vida, um poder que poderia ser a chave para libertar o seu país devastado pela guerra. Arrancada de tudo aquilo que conhece, Alina é levada para a corte real para ser treinada como um membro dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina no seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir o Sulco de Sombra.
No entanto, nada naquele mundo pródigo é o que parece. Com a escuridão a aproximar-se e todo um reino dependente da sua energia indomável, Alina terá de enfrentar os segredos dos Grisha... e os segredos do seu coração.




Novidades da Planeta para novembro (2)

S.E.C.R.E.T. Partilhado, de L. Marie Adeline

Sinopse: ainda sem sinopse em português (Cassie Robichaud has come a long way from the invisible, insecure woman she was a year ago. As she takes her place as a guide for Secret - an underground society dedicated to helping women realize their wildest, most intimate sexual fantasies - Cassie tries to put the bittersweet memories of the man who was almost hers behind her.)








A Caminhar para o Desastre, de Jamie McGuire

Sinopse: Travis Maddox perdeu a mãe quando ainda era criança.  O conselho que ela lhe deu na hora da despedida foi: «Ama  intensamente… Luta ainda mais intensamente…» Travis Mad Dog Maddox é um lutador clandestino, oriundo de uma  família de vários irmãos, mais velhos e duros.  Mau rapaz por definição, todas as noites leva para casa uma rapariga  diferente. Até conhecer Abby Abernathy…  Mal-afamado em todo o campus devido às suas relações com as mulheres,  não é de surpreender que Abby rejeite os avanços de Travis; o máximo que aceita  é ser sua amiga. No entanto, Travis está decidido a lutar pelo seu coração…




Novidades da Quinta Essência para novembro

Acasos do Amor, de Juliette Fay

Sinopse: A recém-divorciada Dana Stellgarten sempre foi delicada – até mesmo para com os operadores de telemarketing – mas agora está a esgotar-se-lhe a paciência. O dinheiro começa a faltar, os filhos ressentem-se da partida do pai e a sua sobrinha, uma adolescente gótica, acabou de lhe aparecer à porta. Quando Dana entra no turbilhão de um romance pós-divórcio e a abelha-mestra da cidade se torna sua amiga, descobre que a tensão entre manter-se fiel a si própria e gostarem dela não acaba na fase do ensino básico… e que, por vezes, precisamos de um verdadeiro amigo para nos ajudar a acolher a maturidade com toda a sua complexidade cheia de falhas.




Segredos do Teu Olhar, de Patricia Scanlan

Sinopse: A conclusão da trilogia começada com Tudo se Perdoa por Amor e Felizes para Sempre. Quando o amor esmorece, a vida conjugal pode ser um inferno. Com um bebé não planeado a caminho, uma filha recém-casada cujo casamento já está em apuros, uma adolescente que não quer comer e a esconderem segredos um do outro, Barry e Aimee vivem momentos difíceis. Quando o amor surge, as ex-mulheres podem causar uma série de problemas. E Marianna vai causar todos os problemas que puder para que o ex-marido não a substitua por outra. Famílias em crise, paixão, tragédia e os poderes curativos do amor – o brilhante e terno novo romance de Patricia Scanlan não o vai deixar indiferente.



Novidades da Saída de Emergência para novembro

After Earth - A Fera Perfeita, de Michael Jan Friedman e Peter David

Sinopse. Após o êxodo da Terra, os humanos sobreviventes instalaram-se num planeta remoto, Nova Prime. Quando uma força alienígena, conhecida por Skrel, desceu dos céus, o Corpo Unificado de Patrulheiros, uma elite defensiva, resistiu corajosamente. Decorreram séculos sem que houvesse mais ataques, e muitos colonos convenceram-se de que os recursos aplicados na manutenção da força militar seriam mais bem gastos noutras áreas. Mal sabiam o que estava para se abater sobre Nova Prime – algo sedento de sangue. 
Conner Raige, último representante de uma linhagem de guerreiros valorosos, é um dos mais promissores cadetes dos Patrulheiros. Os antepassados de Conner estiveram na linha da frente da vitória da humanidade sobre os Skrel. Mas quando estoira uma guerra mortífera, Conner tem de enfrentar uma fera completamente diferente – porque, desta vez, os Skrel trouxeram uma arma secreta: ferozes máquinas assassinas concebidas para eliminar a humanidade de Nova Prime… e do universo.


Os Diários Secretos do Vaticano, de John Thavis

Sinopse: Durante mais de vinte e cinco anos, John Thavis desempenhou um dos postos jornalísticos mais fascinantes do mundo: relatar os labores internos do Vaticano. O seu contacto diário com o poder, a política e as personalidades na sede do Catolicismo Romano deu-lhe uma perspetiva de bastidores única sobre uma instituição que é de longe menos monolítica e unificada do que parece à primeira vista. Thavis mostra a Cidade do Vaticano como um lugar onde os cardeais da Cúria travam guerras particulares, os escândalos ameaçam minar a autoridade papal, e a reverência pelo passado é continuadamente invalidada pelas considerações práticas da vida moderna. 
Thavis leva os leitores de uma torre sineira no alto da Basílica de São Pedro até às profundezas da politiquice que rodeia a eleição de um novo papa e os sempre crescentes escândalos de abuso sexual em todo o mundo. Perspicaz, escrito com agudeza e humor, Os Diários do Vaticano é um livro atrativo não apenas para os Católicos, mas também para quaisquer leitores que se interessem pela diplomacia e pelo papel da religião num mundo cada vez mais secularizado.


Contos de Algernon Blackwood, de Algernon Blackwood

Sinopse: Há escritores que ultrapassam todas as barreiras do tempo. Há obras que ditaram o caminho da escrita criativa de uma forma irreversível. Algernon Blackwood é um desses escritores.
Por vezes bizarro, perturbador, assustador, e sublime, apresentamos nesta obra uma seleção dos melhores contos incomparáveis do mestre ilusionista Algernon Blackwood. 
Evocando as forças misteriosas da Natureza, toda a escrita de Blackwood percorre a nebulosa fronteira entre a fantasia, o surpreendente, a admiração e o horror. Nesta antologia, Blackwood mostra a melhor faceta do seu trabalho, incluindo «Os Salgueiros» que Lovecraft apontou como sendo «o melhor weird tale em toda a literatura», «O Wendigo», «Luzes Antigas», «A Outra Ala» e «O Homem à Escuta».


Frutos Proibidos, de Sylvia Day

Sinopse: Existem guardiões imortais que protegem os nossos sonhos. Sem sabermos, todos somos presas de obscuros inimigos que se alimentam dos nossos receios mais profundos. O capitão Aidan Cross é um desses guardiões e chega no crepúsculo, entre o sono e a consciência, para satisfazer os desejos mais secretos de Lyssa Bates. 
Quando se encontram nos sonhos, ela sente que nunca experienciou tal êxtase, rendida ao homem cujos enigmáticos olhos azuis prometem tentações e prazeres. Mas este estranho, este amante e sedutor imortal, não passa de um fantasma nas suas fantasias noturnas… até ao momento em que aparece à sua porta, em carne e osso. 
Lyssa nada mais deseja do que entregar-se a ele, mas um grave perigo rodeia o capitão Aidan Cross. Ele encontra-se numa missão secreta e a paixão carnal que os consume a ambos poderá ter pesadas consequências para o mundo dos sonhos… e, mais grave, para o mundo real.





Comprar o livro pela capa 51: A Filha da Profecia

A Filha da Profecia (ver opinião aqui) é o último livro da trilogia Sevenwaters, de Juliet Marillier. Este volume já apresentou três capas em Portugal, duas da Bertrand Editora e uma do Círculo de Leitores..

Esta foi a primeira imagem de A Filha da Profecia em Portugal. Apresentada pela Bertrand Editora, esta capa possui uma manipulação da obra The Tempest, de J.W. Waterhouse. Os tons frios da obra original foram substituídos por cores quentes, como o amarelo e laranja. A moldura em cinzento destaca a imagem central e combina com o tom escolhido para o título.


O grupo Círculo de Leitores apresentou uma nova edição deste livro. A capa tem em destaque uma mulher, e a cores escolhidas são escuras, tendo como base o preto e o verde. O nome da autora aparece destacado numa faixa laranja (peço desculpa pela fraca qualidade da imagem, mas foi a única que encontrei).


Em 2009, a Bertrand Editora decidiu dar uma nova imagem a esta trilogia. Assim, a capa de A Filha da Profecia apresenta novos elementos na composição da moldura, tem um novo tipo de letra e expõe a imagem de base usada anteriormente com maior pormenor da figura feminina. Os tons utilizados continuam a ser os amarelos, laranjas e vermelhos. 

Apresentadas todas as capas, é a altura de escolher aquela que preferiam ver nas vossas estantes.

Qual a melhor capa?
  
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