domingo, 15 de setembro de 2013

Pedro Garcia Rosado leva bloggers a visitarem "o local do crime"

Ontem foi um dia muito diferente e divertido. A convite de Pedro Garcia Rosado e da TopSeller, eu e outros bloggers literários tivemos a possibilidade de fazer percurso de grande relevância do livro Morte na Arena. Como sabem, este é um livro cuja ação acontece na baixa lisboeta, por isso o autor incluiu muitos elementos reais na sua obra, para além de ter adaptado outros.

Opinião ao livro aqui.
O ponto de encontro foi o Largo Barão de Quintela, junto à estátua de Eça de Queiroz por razões ligadas à narrativa. Desde logo foi possível conhecer pessoas novas, associar caras a blogues, para além de trocar algumas palavras com o autor.

O grupo com o autor (faltam só os fotógrafos de serviço)

Depois de uma breve apresentação, passámos ao passeio que nos levou ali: visitar o local do crime e conhecer o trajecto feito pelas personagens de Morte na Arena. Partilho com vocês algumas das imagens dos locais mais relevantes, de forma a que, tal como eu, consigam vislumbrar com maior exactidão a ideia do autor para a sua obra.

A estátua de Eça de Queiroz foi o primeiro ponto a ser analisado. É nesta estátua que surge um vestígio de um dos crimes.

Já na Rua das Flores, conhecemos o local onde acontece o início da narrativa. Por se tratar de um local de crime, Pedro Garcia Rosado escolheu um prédio abandonado e, através da sua imaginação, transformou esta janela marcada com o número 48 na porta onde são descobertos quatro corpos e um braço.

Esta igreja da Rua das Chagas inspirou o autor. Nela existe uma das muitas entradas para uma realidade esquecida ou ignorada pelos lisboetas.

Durante todo o percurso, o grupo foi sensibilizado para a visão do autor para o subsolo presente na narrativa. Pedro Garcia Rosado apresentou os locais onde imagina as inúmeras entradas, assim como os pontos de referência usados na concepção da arena ou do reino do Diabo.

Parece um sinal comum, apesar de estar tapado. Contudo, o autor usou este mesmo objecto na sua obra como suporte para mais um dos muitos vestígios do crime. Talvez por isso esteja coberto com plástico preto...


O elevador de Santa Justa, mais um dos locais visitador e mais um dos sítios onde os investigadores criados pelo autor encontraram um vestígio.

Para terminar o passeio, fomos convidados a visitar o Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros, da Fundação Milleniumbcp. Lá, ficámos perante vestígios da presença romana e islâmica em Lisboa. Descemos ao subsolo e caminhamos perto de ruínas que não só nos transportaram para um outra época como nos fizeram imaginar uma nova Lisboa, subterrada e repleta de possibilidades. Peço desculpa por não partilhar nenhuma imagem desta parte, mas tal não é possível.

Este foi um encontro realmente especial. Foi um prazer conhecer Pedro Garcia Rosado e caminhar com ele pelos locais que o inspiraram. Ao longo do passeio foi impossível não imaginar momentos da obra a acontecerem exactamente naqueles locais.

Um forte agradecimento ao Pedro Garcia Rosado e à TopSeller por esta iniciativa. Original e muito bem conseguida.


P.S. - Um muito obrigada à minha fotógrafa de serviço (não, as fotos não são minhas). Uma das muitas carreiras que te passou ao lado.

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