terça-feira, 27 de novembro de 2012

Entrevista a Vasco Ricardo

Nasceu em França, mas Portugal é o país do seu coração. Vasco Ricardo garante que desde cedo que sente uma enorme vontade de escrever, e esse amor já deu diversos frutos. Escritor dedicado, possui um blog (http://vascoricardo.blog.com) onde publica novidades relacionadas com o seu trabalho que merece ser acompanhado.
Um agradecimento ao Vasco pela simpatia que demonstrou ao longo da elaboração desta entrevista.

Uma Bibliotea em Construção (U.B.C.) - Quando começaste a escrever com o intuito de publicar? Qual foi o motivo?
Vasco Ricardo (V.R.) - Acho que quando comecei a escrever histórias mais longas, e de uma forma mais séria, a vontade de publicar sempre esteve presente, por vezes de um jeito mais óbvio, noutras nem tanto. Haverá algo mais enriquecedor para uma pessoa do que agradar aos outros através daquilo que criamos? Penso que não.

U.B.C. - Qual é a maior dificuldade que encontras na escrita?
V.R. - Tudo aquilo que não está relacionado com a escrita propriamente dita. Rever, publicar, procurar, prever reacções.

U.B.C. - E qual é o maior prazer?
V.R. - Tudo o que envolve o processo da escrita.

U.B.C. - Quais são as tuas características enquanto autor?
V.R. - Aquilo que escrevo tem sido ou thriller ou algo muito próximo disso. Tento fazer descrições de toda a cena, sem contudo me estender em demasia. Gosto de manter a acção interessante. Gosto de simplicidade na escrita, de não dar em excesso mas sem deixar algo por dizer. Tenho sempre mensagens a transmitir no meio de um enredo corrido.

U.B.C. - Podes revelar-nos como está a ser a tua experiência no mundo editorial?
A minha experiência é curta e pouco interessante. Os contactos foram sempre efectuados através de e-mail até ter optado pela Pastelaria Studios Editora. Com eles tenho mantido uma óptima relação. Ambos temos cumprido os nossos papéis e tudo tem corrido bem.

(2012)
U.B.C. - Qual foi a sensação de ter, pela primeira vez, um exemplar de A Trama da Estrela nas mãos?
V.R. - Não tentando ser demasiadamente ingrato ou, de alguma forma, insensível, senti-me bem, mas não eufórico. Faz parte de mim esta maneira algo fria de absorver o momento. Nunca estou excessivamente feliz, nem excessivamente triste. Reajo a estas situações com calma e ponderação. Afinal de contas, nada alcancei até à data.

U.B.C. - Como é lidar com as críticas?
V.R. - São críticas. Boas ou más devem ser ouvidas, assimiladas e registadas como tal. Apenas isso. Uma boa crítica não faz de mim melhor, da mesma forma que uma crítica negativa não faz de mim pior. Sou o que sou, faço o que faço, tentando sempre ser cada vez melhor (também com ajuda dessa tais opiniões).

U.B.C. - No teu blog, é possível ver diversas fotos que leitores te enviaram do teu livro. Como é receber estas imagens?
Sim, são uma doçura estes leitores. A verdade é que são uns bondosos por procederem de tal forma. Também gosto de me manter próximo deles, seja no facebook ou noutro meio qualquer. É maravilhoso saber que se dão ao trabalho de pegar na máquina ou no telemóvel, fotografar o livro e ter a delicadeza de o partilhar comigo.

U.B.C. - A internet é uma boa ajuda na divulgação do teu trabalho? De que forma?
V.R. - Sem dúvida. É um óptimo instrumento para quem não tem uma máquina de marketing montada como sucede com os grandes grupos editoriais. Tanto no blog como através do facebook, costumo mostrar todas as novidades relativamente aos livros, como críticas, entrevistas, opiniões, lançamentos e por aí fora.

(2012)
U.B.C. - Está quase a chegar ao mercado um novo livro teu, O Diplomata. Que nos podes dizer dele?
V.R. - Sim, será lançado no início do mês de Dezembro e estará, juntamente com a A Trama da Estrela, presente numa série de livrarias que atempadamente comunicarei no blog e no facebook. É um livro intenso, não só devido à acção como também a uma forte carga psicológica. É um thiller à volta de um político influente que segue um caminho pouco comum na sua classe política.

U.B.C. - E já há outro projeto em mãos?
V.R. - Tenho sempre. Desde há três anos para cá que desenvolvo ficções atrás de ficções e já jurei para mim mesmo iniciar a seguinte a 1 de Janeiro do próximo ano, assim que a divulgação de O Diplomata abrandar.

U.B.C. - Quais são as tuas referências literárias?
V.R. - Muitas. Leio livros algo variados e pertencentes a quase todos os géneros literários. Não gosto de nomear autores de eleição. Mas posso dizer que este ano, por exemplo, e consultando o meu goodreads, adorei livros que foram escritos por George Orwell, Donato Carrisi, Jonathan Coe, Frederic Foresyth e Simon Scarrow.

U.B.C. - Quais foram os últimos livros que te encantaram?
V.R. - Os últimos livros que me encantaram verdadeiramente foram ‘A Bofetada’, de Christos Tsiolkas, e ‘Os Anões da Morte’, de Jonathan Coe. De entre autores nacionais, foi ‘A Manhã do Mundo’, de Pedro Guilherme-Moreira.

U.B.C. - Tirando as leituras, o que gostas de fazer no tempo livre?
V.R. - Ultimamente, e devido à minha filha de dois anos e meio, a família tem ocupado a totalidade do meu tempo livre. E ainda bem que assim é.

U.B.C. - O que desejas para o teu futuro enquanto autor?
V.R. - Ser lido e que os leitores desejem sempre sentir o livro seguinte.

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