segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Opinião: As Garras da Águia (Série da Águia #3)


Autor: Simon Scarrow
Título Original: When The Eagle Hunts (2001)
Tradução: Tiago Rosa
ISBN: 9789896372804
Editora: Edições Saída de Emergência (2006)

Sinopse:

Na Britânia, à espera das ordens para retomarem a conquista da ilha juntamente com vinte mil legionários, Macro e Cato aproveitam o momento para se divertirem. Ao mesmo tempo, um navio romano que transportava a mulher e filhos do general Aulo Pláucio naufraga na costa da ilha, e esta família influente é capturada pelos temíveis druidas da Lua Negra.

Desesperado, o General pede a Vespasiano para escolher os dois homens de maior confiança para resgatar os prisioneiros. A escolha recai sobre o centurião Macro e o seu optio, Macro. Os dois juntam-se a dois nativos e tentam descobrir a melhor forma de salvar a família do general numa missão onde a esperança de regresso é praticamente inexistente.

Opinião:

Com um arrancar lento, “As Garras da Águia” parece ter uma história um pouco dispersa ao início. Contudo, quando o leitor chega a meio do livro sente que já não o consegue largar.

Macro e Cato parecem cada vez mais familiares e continuam a surpreender. Os diálogos insistem em fazer o leitor sorrir, muito graças ao temperamento volúvel do centurião que, apesar de sentir um grande orgulho nos seus homens, não hesita em os ameaçar com palavras ríspidas, duras e divertidos para o leitor. É bom continuar a ver como Cato continua a evoluir entre os legionários. O escravo do palácio sofreu muito no início da sua carreira e, no último livro, “O Voo da Águia”, existiram acontecimentos que o deixaram bastante abalado. Contudo, é um jovem em evolução, ainda imaturo, mas capaz de se colocar em situações muito perigosas para benefício dos outros, tal como acontece neste livro.

Simon Scarrow apresenta duas personagens cativantes de icenos que acompanham a dupla protagonista na missão principal, num clara referência à história de Boudica, a rainha celta que iniciou uma das revoltas mais violentas contra os romanos. O autor tomou ainda a liberdade de criar os druidas da Lua Negra, como forma de mostrar até onde pode ir o extremismo religioso. Contudo, este fator faz com que os celtas desta trama pareçam mais selvagens do que aquilo que realmente poderão ter sido, numa tentativa de justificar a conquista romana. Este fator pode não agradar a todos os leitores.

Este é um livro mais focado numa missão do que os anteriores, que tinham sempre uma componente de intriga imperial. O final é previsível, mas existe uma breve revelação que faz com que exista o desejo de pegar no próximo livro da série o mais rapidamente possível. Terminada a leitura de “As Garras da Águia”, percebe-se que existe uma evolução na construção de personagens assim como a nível de enredo. Uma leitura que não dececiona quem gostou dos dois livros anteriores da série.

Outros livros de Simon Scarrow:
A Águia do Império (Série da Águia #1)
O Voo da Águia (Série da Águia #2) 

4 comentários:

Fiacha disse...

Ois,

Eu gosto deste escritor, já li quase todos desta serie, talvez não tenha lido os últimos dois, gosto mas penso haver melhor e vou ficar por aqui, a não ser que surja oportunidade de ler os seguintes ;)

Mas é sempre engraçado assistir aos diálogos destes dois malandros, metem-se em cada uma :D

Mas para confusões não há como Flashman, nem sei como é possível o Scarow vender mais ;)

BJS

Cláudia disse...

Olá!
Até agora estou a gostar. Não considero os livros obras primas, mas proporcionam uma leitura agradável.
Quanto ao Flashman, ainda não li, mas esse livro não é do Fraser?
Bj

Fiacha disse...

Ois,

São sim senhor e embora estejam publicados apenas dois livros são ambos muito bons ;)

E já agora não me canso de recomendar a serie Azteca, para mim ainda superiores a ambos

BJ

Cláudia disse...

Já ouvi falar muito bem da série Azteca, e até costuma ser encontrada em promoção. Também quero apostar nela, mas ainda não houve oportunidade.
Já o Flahsman deixa-me mais reticente