Título Original: How to Find Love in a Bookshop (2016)
Autor: Veronica Henry
Tradução: Dina Antunes
ISBN: 9789898869432
Editora: TopSeller (2017)
Sinopse:
No mundo da Nightingale Books serve-se romance e a cura para um coração partido. Este é o sítio onde as melhores histórias não se encontram apenas nas páginas dos livros, mas nas vidas dos que por lá passam.
Depois da morte do pai, Emilia regressa a Peasebrook para gerir a velha livraria da família, Nightingale Books - o sonho de qualquer bibliófilo e um refúgio para os moradores desta pequena vila. Mas agora que está responsável pelo seu futuro, Emilia terá de afastar potenciais compradores, ao mesmo tempo que tenta cumprir o último desejo do pai.
Uma livraria extraordinária com pessoas extraordinárias...
Desde a mulher que a visita há anos, ao recém-divorciado que tenta reaproximar-se do filho, e ainda a tímida chef de cozinha que se apaixona na secção de culinária... há algo de magnético neste sítio. Até Emilia sente as forças da livraria a conspirarem por si quando se cruza com um homem a quem não consegue ficar indiferente.
Com todos a depender dela, conseguirá Emilia encontrar um destino feliz para a livraria e os seus leitores? No mundo da Nightingale Books serve-se romance e a cura para um coração partido. Este é o sítio onde as melhores histórias não se encontram apenas nas páginas dos livros, mas nas vidas dos que por lá passam.
Opinião:
Uma carta de amor aos livros e aos leitores. A Livraria dos Destinos é um verdadeiro mimo para todos os que gostam de se perder numa boa história. Com referência a inúmeras obras, apresenta a história de uma livraria e mostra como esta está ligada a diversos dramas pessoais. Como tal, é praticamente impossível não sentir ligação com pelo menos uma destas personagens, tão diversificadas e com vivências tão distintas.
O enredo começa a desenrolar-se com a morte do dono de uma livraria regional e da passagem do estabelecimento para a sua filha. Emilia é o foco da trama por ser nela que todas as outras histórias se cruzam. Emilia não foi a personagem que mais me atraiu, mas o seu papel de unir todos as outras figuras está bem conseguido. Ela é uma jovem que aceita bem a sua responsabilidade apesar de ainda não se sentir preparada para tal. Ao vê-la a lidar com o negócio do pai, foi inevitável pensar no respeito pelos nos criaram e pelo que conseguiram construir. Além disso, fica também a ideia de que essas pessoas podem desaparecer fisicamente, mas a memória é forte e os sonhos dos outros podem vir a ser concretizados postumamente.
As histórias de todas as personagens são curtas, pois são várias e o livro não tem as páginas necessárias para se debruçar afincadamente em cada uma. Gostei muito da história de Julius, que vai sendo desvendada e que nos faz refletir sobre paixão e amor. Sarah prova ser uma mulher de grande força no que toca a ajudar os outros mas receosa de fazer o que é preciso pela própria felicidade. Jackson prova que as aparências iludem e que as novas oportunidades podem ser uma realidade se lutarmos por elas. Dillon representa as pessoas que pensam não serem merecedoras dos seus sonhos, mas cujo valor as leva a alcançá-los. Bea e Bill provam que quebrar esterótipos não faz mal, principalmente quando o que está em causa é a estabilidade e felicidade da família.
Interessei-me por estas pessoas e, no final, desejei conhecê-las ainda melhor e passar mais tempo com elas. Isso pode ser sinal de que o livro tinha mais potencial do que aquilo que apresentou, mas também significa que a leitura foi proveitosa e proporcionou bons momentos. O ritmo não teve quebras, motivado pelas personagens e suas peripécias. Não esperava tudo o que aconteceu para que cada uma destas figuras encontrasse o seu caminho, mas o final foi ao encontro daquilo que imaginava.
Uma narrativa leve e que aquece o coração. Com A Livraria dos Destinos, Veronica Henry deixa-nos encantados e com a ideia de que a esperança nunca dever ser perdida, pois um final feliz é possível para quem luta por ele. Ao longo destas páginas fica ainda provado que existe um livro para cada pessoa, tal é a diversidade de opções disponíveis. E quem diz que não gosta de ler apenas o faz por ainda não ter encontrado a sua história ou tema de eleição. Fica a vontade de ter uma livraria e de inspirar os outros com livros. Felizmente um blogue também serve para esse efeito.
1 comentário:
Fiquei com a pulga atrás da orelha. ;)
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