Autor: Kami Garcia e Margaret Stohl
Tradutor: Ana Beatriz Manso
ISBN: 9789895577576
Editora: Gailivro(2010)
Sinopse:
Lena Duchannes é diferente de qualquer pessoa que a pequena cidade sulista de Gatlin alguma vez conheceu. Ela luta para esconder o seu poder e uma maldição que assombra a família há gerações. Mas, mesmo entre os jardins demasiado crescidos, os pântanos lodosos e os cemitérios decrépitos do Sul esquecido, há um segredo que não pode ficar escondido para sempre.
Ethan Wate, que conta os meses para poder fugir de Gatlin, é assombrado por sonhos de uma bela rapariga que ele nunca conheceu. Quando Lena se muda para a mais infame plantação da cidade, Ethan é inexplicavelmente atraído por ela e sente-se determinado a descobrir a misteriosa ligação que existe entre eles. Numa cidade onde nada acontece, um segredo poderá mudar tudo.
Opinião:
Criaturas Maravilhosas
é o exemplo perfeito de um livro que surgiu após o sucesso da saga “Luz e
Escuridão” de Stephenie Meyer. A fórmula usada é a mesma que vimos no livro “Crepúsculo”:
um casal de adolescentes apaixona-se perdida e incondicionalmente mas tem de
enfrentar o obstáculo de um deles ser humano e o outro não. A diferença está em
que a história é narrada pelo rapaz e é a rapariga que é sobrenatural. Estes aspetos
são o suficiente para o livro ser considerado original? Obviamente que não.
Lena e Ethan, o casal principal vivem um amor à primeira
vista tão comum em romances demasiado exagerados e estereotipados. O rapaz,
antes de a conhecer, passa a vida a sonhar com ela e quando finalmente a
conhece tem de enfrentar uma série de obstáculos para a conquistar (acha ele). A
verdade é que Lena também está rendida aos encantos daquele humano
completamente comum, só que uma maldição a leva a não querer envolver-se com
ninguém. Mas claro que o amor acaba por ser mais forte e eles lá acabam por
viver um romance (aposto que ninguém estava à espera disto! Uma história previsível como podem ver).
A trama é desenvolvida de uma forma lenta e sem grandes
surpresas. A leitura é arrastada ao longo de mais de 400 páginas, sendo que os
principais aspetos focados são o quanto os protagonistas gostam um do outro. As
coisas só ficam interessantes quando a maldição e a família de Lena se tornam
os temas explorados, pois é aqui que o mistério e a intriga aparecem.
Tal como já foi referido, a trama é narrada por Ethan. Porém,
esta não é feita de forma persuasiva. Este rapaz adolescente criado por duas
autoras não convence por parecer demasiado “o que uma miúda quer”. Provas? Então
digam-me, acreditam que os rapazes comuns de 16 anos são capazes de descrever
pormenorizadamente as roupas das amadas, não pensam nem uma única vez em saltar
para cima delas e são fãs de poesia? E acreditam ainda no facto de eles saberem de cor todos os vestidos usados por Scarlett O’Hara? Pois eu não.
Já Lena, é a típica medida desajustada que tenta encontrar o
seu lugar no mundo. Não é aceite pelos seus pares por ser considerada
diferente. Estas características são mais do que comuns, o que resultam na
tentativa de os leitores do sexo feminino (público ao qual o livro é destinado)
se sentirem identificados. Um método muito usado neste tipo de tramas.
E se os protagonistas não pareceram ser estimulantes o
suficiente, existem outras personagens que, felizmente, agarram o leitor. Falo
de Macon, o misterioso tio de Lena que é tido por todos como louco por viver de
forma tão isolada e também as primas de Lena, que trazem uma lufada de ar
fresco à trama. É este núcleo que abre portas ao lado mais mágico do livro,
contudo, de uma forma pouco explorada.
Criaturas Maravilhosas
revelou-se um livro fraco, pouco imaginativo e com um desenvolvimento
aborrecido. Terminei esta leitura por teimosia e por não gostar de deixar
livros a meio. Não tenho qualquer intenção de continuar a acompanhar esta saga
que já conta com um outro volume publicado em Portugal, o Trevas Maravilhosas.
Nota: A adaptação cinematográfica de Criaturas Maravilhosas chega a Portugal já amanhã, dia 28 de fevereiro.
3 comentários:
Olá Cláudia!
Por acaso, tenho este livro e gostei bastante. É verdade que segue a mesma linha do Crepúsculo, porém, não acho que se possa compará-los, pois a Stephenie Meyer criou uma Bella Obcecada, não uma rapariga apaixonada.
Quanto ao Ethan, a verdade é que conheço rapazes que são parecidos com ele, embora não ache que os que conheço consigam dar tanta atenção à roupa das raparigas :P
Este podia ser um livro melhor, todavia, a mim não me desiludiu, pois os romances atraem-me e não consigo não gostar deles...
Boas leituras! Beijinhos*
Olá Alyra! Obrigada pelo teu comentário e felizmente existem opiniões diferentes sobre tudo :)
Boas leituras!*
É verdade. Se fossemos iguais, que graça teria o mundo? ;)
Bom fim-de-semana*
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