quarta-feira, 13 de julho de 2016

Opinião: A Rapariga do Calendário - Janeiro, Fevereiro, Março (#1)

Título Original: Calendar Girl (2015)
Autor: Audrey Carlan
Tradução: Mário Dias Correia
ISBN: 9789896578008
Editora: Planeta (2016)

Sinopse: 

Mia Saunders precisa de dinheiro. De muito dinheiro. Tem um ano para pagar ao agiota que ameaça a vida do pai e exige o reembolso de uma enorme dívida de jogo. Um milhão de dólares para ser exacto. A sua missão é simples: trabalhar como acompanhante de luxo para a empresa da tia, com sede em Los Angeles, e pagar mensalmente uma parte da dívida. Passar um mês com um homem rico, com o qual não é obrigada a ir para a cama senão quiser. Dinheiro fácil. O Infeliz no amor e com um espírito que não verga, a curvilínea morena amante de motas tem um plano: entrar no jogo, conseguir o dinheiro e voltar a sair. Parte do plano é manter o coração fechado a sete chaves e os olhos no objectivo. Pelo menos é como espera que corra.

Opinião:

Sensual, divertido e cativante. Costumo começar a leitura de romances eróticos de pé atrás, mas gostei do primeiro volume de  A Rapariga do Calendário. Este livro é composto por três contos, cada um relacionado com os primeiros três meses do ano, e tem Mia Saunders como protagonista. A ideia de haver uma jovem em dificuldades que encontra homem poderoso continua presente, mas é explorada de uma forma original e inesperada.

Mia torna-se acompanhante de luxo por motivos familiares que, embora possam parecer um pouco exagerados, justificam esta opção. Simpatizei logo com ela por se tratar de alguém que tem um passado pouco convencional e devido à sua vontade de ajudar quem mais ama. A sua personalidade é a de uma mulher extrovertida e confiante, que vai à luta e que não procura facilitismos. Gosto que ela não se deixe encantar com facilidade e que siga os próprios instintos.

Nestes três contos assistimos a três encontros com três homens diferentes. A autora optou, e muito bem, por procurar explorar personalidades e realidades diferentes em cada história, o que faz com que o leitor sinta ligações distintas entre estas personagens. Gostei muito de Wes, Alec fez-me torcer o nariz e fiquei bem impressionada com a história à volta de Tony.

As diferentes tramas têm um encadeamento que apela a uma leitura fluída. As histórias curtas têm um desenvolvimento rápido. Todas exploram um lado diferente de Mia e percebe-se que, ao longo destes meses, a protagonista está a evoluir. Só gostava que esse facto fosse mais subtil e que a autora não colocasse Mia a explicar o que reteve de cada experiência, pois parece algo forçado.

Gostei que, apesar de se tratar de um livro erótico, não se foca unicamente nos momentos mais quentes. Estes existem, claro, mas em momentos que fazem sentido. Felizmente, a história não é esquecida e tem sempre um propósito que vai além da descrição de uma série de sessões sexuais.

O primeiro volume de A Rapariga do Calendário foi lido com rapidez. As histórias divertiram-me e agarraram-me, mesmo que uma mais que outras. Fiquei com vontade de acompanhar esta série. Tenho muita curiosidade sobre o que está reservado para Mia e quero muito conhecer os outros homens que a autora destinou para os restantes meses.

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